[Vídeo] Antigo com lataria grossa: mais inseguro que os carros atuais
Há quem pense que um carrão antigo proteja melhor os ocupantes em um acidente que um aparentemente frágil hatch atual, mas ocorre justo o contrário
Há quem pense que um carrão antigo proteja melhor os ocupantes em um acidente que um aparentemente frágil hatch atual, mas ocorre justo o contrário
Imagine um hipotético acidente na estrada: o Buickão 1948 do vovô batendo de frente no Fiat Uno do neto. Em qual deles os passageiros estariam mais protegidos?
Há quem ainda aposte no Buick. Aqueles que, ao vê-lo no museu, batem no para-lamas e soltam um “Isso sim era automóvel! Olha a espessura da chapa: nada a ver com essas latas de sardinha nos carros modernos!” Mas perdem a aposta, pois nem imaginam que um Fiat Uno ou VW Gol, mesmo pesando a metade do Buickão, seja muitas vezes mais seguro. Quantas vezes um compacto se envolve num grave acidente mas os ocupantes saem ilesos?
No Buickão, coitado do motorista. Não escapava vivo nem de uma pancadinha frontal, pois o volante era empurrado com vontade contra seu peito. Hoje, evita-se o acidente com dispositivos de segurança ativa: freios ABS, controle de estabilidade, sensores de distância e vários outros.
Mas, se mesmo assim ele acontece, entram em ação os equipamentos de segurança passiva: cintos, airbags, barras laterais, coluna de direção articulada, apoios de cabeça, carrocerias com deformação programada (frágeis na frente e atrás, sólidas no centro) e várias outras tecnologias que protegem os passageiros. Aliás, até os pedestres são lembrados e já tem automóvel com airbag externo para protegê-los no caso de um acidente.
Crash tests já comprovaram a maior eficiência dos carros atuais em relação aos mais antigos.
Este mostra um Chevrolet Bel Air 1959 colidindo contra um Impala cinco décadas mais novo:
Ou este que coloca duas diferentes gerações do Corolla, uma de 1998 e a outra de 2017, em uma prova de choque frontal:
E como será o carro dos nossos netos? Ainda mais seguro, leve, eficiente e utilizando outras fontes de energia. A redução de peso não significa encolher o automóvel: um luxuoso Mercedes ou Cadillac, do mesmo tamanho que o Buickão, pesa a metade pois a maioria de seus componentes de aço foi substituída por alumínio e plástico. Um Fórmula 1 bate a 200 km/h e o piloto sai ileso pois sua carroceria é de fibra de carbono, que não pesa quase nada, mas resiste dez vezes mais a impactos que a chapa de aço.
Os automóveis ainda vão queimar combustíveis fósseis por dezenas de anos, mas a guinada para os elétricos é inevitável. E contam com duas possibilidades de serem energizados. Primeira opção: a energia elétrica vir de baterias que não param de evoluir e proporcionam autonomia cada vez maior. Segunda: células a combustível (fuel cell) que geram eletricidade no próprio automóvel, a partir de uma reação química do hidrogênio, disponível no posto.
Decretado então o fim do motor a combustão interna? Sim, mas ainda vai evoluir muito antes de se tornar peça de museu. Ele já é muito mais eficiente que o do Buickão 48, principalmente em função da eletrônica. Mas ainda joga fora a maior parte da energia contida num litro de combustível. Desperdícios em atrito interno, geração de calor e outras perdas.
Além disso, da potência que entrega, metade se perde para movimentar a transmissão, atrito dos pneus, resistência do ar e o próprio peso do veículo. Acredite se quiser: se o motorista vai sozinho no carro, seus 75 kg (em média) representam apenas cerca de 5% do peso total. Feitas as contas, só 2% da energia contida num litro de gasolina é utilizada para transportá-lo.
Finalmente, o próprio motorista não ajuda, pois não respeita regras básicas de segurança nem dirige buscando eficiência energética. A rigor, se comporta ao volante como o seu avô no Buickão 48. Problema também contornado pela eletrônica,
pois o carro do nosso neto será dirigido por computadores…
Foto Buick | Divulgação
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O novo uno pode até ter um segurançasinha em relação a outros antigos,mas aquele uno mille já matou muita gente e continua matando com estrutura frágil e projeto ruim para segurança
Mil vezes o “buickão” pesado do vovô a essas porcarias de plástico que enfeiam as ruas nos dias de hoje.