Brazil Classics Renault Show 2018: o paraíso dos carros
Um dos mais tradicionais eventos de antigomobilismo do país impressiona pela diversidade e pela qualidade dos veículos
Um dos mais tradicionais eventos de antigomobilismo do país impressiona pela diversidade e pela qualidade dos veículos
“Depois de ver isso aqui, bateu até um desânimo de participar dos encontros de carros antigos na minha cidade”. Essa frase, comentada por um visitante do Brazil Classics Renault Show 2018, enquanto admirava, com o celular em punho, um Mercedes 300 SL 1955, popularmente conhecido como “Asa de Gaivota”, ilustra bem o impacto que as máquinas, expostas em frente ao Tauá Grande Hotel em Araxá (MG), causam aos espectadores.
São cerca de 300 automóveis, total bem menor que o reunido em outros eventos de antigomobilismo, como o de Águas de Lindóia (SP). Todavia, o Instituto Cultural Veteran Car de Minas Gerais, que organiza o Brazil Classics Renault Show, gosta de salientar que não é a quantidade, e sim a qualidade dos veículos, o grande destaque. E não está mentindo: em que outra ocasião o entusiasta do ramo poderia ficar cara a cara com relíquias de marcas como Isotta Fraschini, Daimler, Moon, Packard e Facel Vega?
Extintos há décadas, esses fabricantes sequer são conhecidos por parte do público, o que dá uma ideia da raridade dos veículos em questão. Os modelos mais famosos – e cobiçados –, mas não menos incomuns, estão incluídos no evento. Só da Ferrari, há 30 exemplares, dos anos 60 até a atualidade, formando uma espécie de alameda. Entre as quais, destaque para uma F-40 e uma F-50. Dezenas de unidades de Rolls Royce, Mercedes-Benz e Cadillac também podem ser vistas juntas em Araxá.
O veículo mais antigo do evento data do ano de 1902. É um Schacht, de fabricação estadunidense. Da mesma década, chama a atenção um Modelo T de 1908. Trata-se do primeiro ano de produção do icônico automóvel da Ford, que mudaria a história ao motorizar as massas. Um raríssimo Stanley Steamer, de 1910, tem motor movido a vapor e chegou a circular pela exposição.
Os esportivos são um capítulo à parte. Porsche 911, Jaguar E-Type, Aston Martin DB6, Maseratis Vignale Spider e Sebring, Corvettes de diferentes gerações, Ford Thunderbird, MG-B e Alfa Romeo Spider são alguns exemplos. Há ainda dois icônicos Lamborghini: um Espada 1972 e um Miura 1969.
Os nacionais, claro, também têm seu lugar na mostra. Dodge, Opala, Maverick, Corcel, Fusca, Kombi, SP-2 e Fiat 147 são só alguns exemplos. A Renault, patrocinadora do evento em 2018, aproveitou para mostrar a primeira unidade da Scénic produzida no país. Ao lado dela, alguns carros fabricados pela Willys por aqui, sob licença da empresa francesa, como Interlagos e Gordini.
Há também a réplica do Voiturette, primeiro automóvel feito pela marca francesa, em 1898. O modelo celebrizou-se por ter sido o primeiro a subir a Rue Lépic, no Mont Martre, em Paris. Equipado com um motor de um cilindro, gerava menos de 2 cv de potência.
Um Renault R8 1965, premiado neste ano no Amelia Island Concours d’Elégance, nos EUA, no qual Emerson Fittipaldi venceu sua primeira corrida, tem lugar de destaque. O veículo foi rodando de São Paulo até Araxá, percurso de aproximadamente 600 km.
Vendedores de peças para veículos antigos agrupam-se em um dos pontos mais visitados pelos antigomobilistas. Itens hoje raros são cobiçados pelos colecionadores, interessados em restaurar ou consertar algum detalhe de suas paixões. A variedade de opções é grande, assim como os preços, que geralmente caem um pouco se o interessado pechinchar.
Quando o componente desejado é encontrado dentro de uma das inúmeras caixas expostas ao público, o comprador não esconde sua alegria. Se ele não está disponível, a decepção é atenuada por alguma indicação do vendedor: “procura na próxima tenda à direita, com o Fulano. Ele tem muita coisa para esse tipo de carro”.
Nem só de lanternas, emblemas e outras peças vive a feira montada no Brazil Classics Renault Show. Objetos antigos de decoração, miniaturas de veículos e roupas também procuram compradores entre os visitantes e os antigomobilistas.
Há espaço até para bicicletas elétricas, alinhadas à s novas tendências de mobilidade sustentável. O visual é inspirado em motos clássicas de corrida, mas o preço não é para qualquer um: o modelo mais barato custa R$ 9.500.
Veja a galeria de fotos:
Fotos Alexandre Carneiro | AutoPapo
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Cara, só carros maravilhosos.
É fantástico ter pelo menos um exemplar de uma Lamborghini Miura aqui no Brasil, o carro que fez a Lamborghini deslanchar como uma fabricante de esportivos.
As Ferrari’s F40 e F50 também habitam meus sonhos. E o que dizer desse belíssimo Puma GTB amarelo, então ? MARAVILHOSO, um Muscle Car BR.
Belo artigo sobre um grande momento ! Até 2020 🙂
Parabéns Boris vocês deveriam estar em rede nacional de tv.abs