Carro 0 km: melhor comprar ou assinar?
Preço da assinatura de um carro assusta inicialmente, até motorista perceber que não se preocupa nem com pneu furado
Preço da assinatura de um carro assusta inicialmente, até motorista perceber que não se preocupa nem com pneu furado
Não bastasse a dúvida na cabeça ao decidir qual será o próximo carro, surgiu agora uma outra ainda mais complicada: posse ou uso? Comprar ou alugar?
Fábricas, locadoras e concessionárias estão todas empenhadas em emplacar uma nova maneira de entregar o carro zero km para o cliente, um aluguel por longo período. Chamado, mais sofisticadamente, de “assinatura”. Você não compra e nem aluga, você adere ao sistema de “assinatura”.
Que, a rigor, é um aluguel por um período pré-fixado, geralmente de 12 a 48 meses. O valor do aluguel varia: quanto maior o período e menor a franquia de quilometragem mensal, menor o custo mensal. Cerca de R$ 1.700 para uma franquia de 500 km de um modelo barato, na faixa de R$ 80 mil, chegando a R$ 3.000 para um médio de R$ 150 mil por 48 meses com franquia de 1.000 km mensais. Para um carro importado de luxo que custa no entorno de R$ 300 mil, o custo sobe para R$ 6.000 mensais.
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O interessado faz as contas: vou pagar quase R$ 150 mil (R$ 3.000 por mês durante 48 meses) e devolver o carro? Não seria melhor contratar um financiamento e ser seu proprietário ao final do contrato?
A resposta é: não!
Quase todos se esquecem de colocar na ponta do lápis todos os prós e contras do sistema de assinatura. E as despesas necessárias para ter sua posse. Item por item num carro de cerca de R$ 150 mil.
Se o dono deixa de compra-lo, o valor poderia ser aplicado e renderia próximo a 0,8% mensalmente. Ou seja, R$ 1.200 a deduzir dos R$ 3.000 de aluguel;
Então, o cliente roda sempre com um carro novo sem pagar por isso. Cabe a ele exclusivamente o combustível, estacionamento e pedágios. Nem pneu furado entra na conta…
Claro que devem ser feitas as contas para o caso específico de cada um. Em geral, os planos mais interessantes são para períodos de no mínimo 36 meses. E quanto menor a franquia de quilometragem, mais barato.
A assinatura, comparada com outros planos de financiamento, leva vantagem na maioria dos itens analisados e com o adicional da comodidade: nenhuma preocupação nem tempo perdido com a burocracia no emplacamento, seguro, revisões e manutenção.
Diversas fábricas estabeleceram seu próprio esquema de venda por assinatura, Fiat, Ford, Jeep, Mitsubishi, Toyota, VW e até a Audi, entre elas. E também dezenas de concessionárias e grandes locadoras como Localiza e Movida.
Não é posse, é uso. O carro não pode ser vendido nem trocado durante o contrato. Se o cliente desistir por qualquer motivo antes de seu final, terá que arcar com uma multa contratual.
Prós e contras na balança, as assinaturas estão caindo no gosto do brasileiro. E aumentando o volume de interessados neste sistema e, por isso, de empresas que o oferecem.
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Pra quem já tem o dinheiro investido e sabe investir bem o dinheiro vale a pena. Uma pena que a educação financeira no Brasil é nula e gera comentários como alguns aqui. Mas é vantajoso para um minoria no Brasil que tem capacidade de juntar R$150.000. È a mesma conta do aluguel, vale a pena pra quem tem o dinheiro aplicado que é 5% da população? ou menos?. Mas a verdade é, ninguém nunca ficou rico comprando carro ou casa mas sim vendendo.
Se a pessoa estiver disposta a pagar pra não ter apurrinhação, ótimo! Mas concordo totalmente com a análise do Fernando, o cara paga em aluguel o equivalente ao carro, mas após 1 ano ele continua pagando o mesmo por um seminovo e ao final não tem a posse. Não acho vantajoso, alias se fosse já não se venderia mais carros, só haveria aluguel….
Gente, que conta sem pé nem cabeça. Pagar 48 parcelas 3000 totaliza 144 mil. Vc pagou pelo carro e não tem o carro. É igual quem passa a vida pagando fortunas de aluguel de casa ao invés de financiar uma moradia pra si.
Não considero a comparação válida. Um aluguel de R$ 3 mil corresponde a um imóvel de uns R$ 750 mil.
Deve- se levar em conta que a mensalidade já inclui o seguro, as taxas e impostos, além da manutenção e eventuais reparos do veículo.
Daí valer a pena especialnente para quem usa muito o automóvel no dia-a-dia.
Exatamente.
Basta saber fazer as 4 operações matemáticas ( maís, menos, vezes e dividir) que até um criança de 12 anos chega a mesma conclusão.
Pagou e não tem nada, mas mesmo assim o sujeito se acha um gênio e quem não concorda é analfabeto.
Vai muito da rotina de quem se propõe a “assinar”. Se o cliente utilizar o veículo com muita frequência, principalmente a trabalho, e dependendo da quilometragem mensal, pode ser vantajoso.
Não é o meu caso. Faço parte daquela multidão pra quem é mais vantajoso comprar e manter.
Melhor comprar um usado.
Exatamente