Antigos do Brazil Classics Renault Show: 7 detalhes incríveis
Os modelos atuais não têm mais as minúcias do passado; o AutoPapo selecionou alguns ornamentos dos carros do evento de antigomobilismo de Araxá
Os modelos atuais não têm mais as minúcias do passado; o AutoPapo selecionou alguns ornamentos dos carros do evento de antigomobilismo de Araxá
Há quem diga que são os detalhes que fazem a diferença. Talvez essa frase não valha para todas as situações, mas certamente se aplica aos carros antigos. Eles têm ornamentos e características de construção que, por diferentes motivos, caíram em desuso ao longo do tempo. O Brazil Classics Renault Show, que acontece em Araxá (MG) até o dia 9 de setembro (domingo), é a oportunidade de ver várias raridades de perto. O AutoPapo selecionou 7 ornamentos que valem a atenção dos visitantes do evento. Confira:
Nenhum outro símbolo é tão direto e objetivo quanto o da fabricante de veículos Moon. Uma lua estilizada ocupa lugar de destaque sobre o radiador desse raríssimo modelo 6-66 Victory Touring, que data de 1919. Fundada em 1905, a marca permaneceu em atividade por apenas 25 anos. Assim como muitas outras, foi vítima da crise de 1929 e fechou as portas um ano depois. Pouquíssimos automóveis foram produzidos e menos ainda sobreviveram. Assim, é bem difícil ver um ao vivo.
A italiana Isotta Fraschini é sinônimo de sofisticação para carros antigos. Na década de 1920, seus modelos tinham fama de superar medalhões de marcas como Rolls Royce e Bugatti. O luxo era tanto que a empresa julgou que metal cromado seria vulgar demais para decorar a dianteira. Tanto que o ícone da tampa do radiador, uma águia, é esculpido em Cristal Lalic. O carro da foto é de 1927.
A alemã Daimler é, há muitas décadas, detentora da Mercedes-Benz, mas já colocou a própria marca em automóveis. O modelo Sedanca de Ville é um exemplar cheio de detalhes vistosos e interessantes: a própria moldura do radiador é trabalhada com estrias e relevos. A tampa traz um leão em posição de ataque.
Um veículo com 16 cilindros? Sim, existiram alguns (poucos) modelos com esse tipo de arquitetura mecânica ao longo da história. Nos Estados Unidos, o mais famoso motor de tal tipo foi fabricado durante a década de 1930, pela Cadillac. Em Araxá, havia um representante dessa linha de carros antigos: um Coupé 1939, que exibe orgulhosamente sete emblemas em referência ao seu enorme propulsor 7.1: nos paralamas dianteiros, na grade e nas quatro calotas.
Os automóveis do pós-guerra, a partir da década de 1940, passaram a abandonar gradativamente alguns tipos de ornamentos. Entre os motivos que começavam a cair de moda, estavam as figuras humanas e mitológicas. O extinto fabricante norte-americano Nash ainda adotava o enfeite de uma mulher estilizada em 1946, mas já sem tantos detalhes como no passado. O carro da foto é um modelo Ambassador.
Os ornamentos mudaram, mas não sumiram. As tendências para a década de 1950 incluíam motivos bélicos: elementos em forma de ogiva eram comuns principalmente em carros produzidos nos Estados Unidos, maiores vencedores da Segunda Guerra Mundial. Uma das primeiras marcas a aderir à nova moda foi a extinta Studebaker. O detalhe da foto é de um modelo Champion conversível 1951, que ganhou o apelido de Bullit Nose (nariz de bala).
É um pássaro? É um avião? Não, é o enfeite do capô do Chevrolet Bel Air 1956. Naquela década, não eram apenas mísseis e ogivas que inspiraram os designers. As aeronaves a jato, grande inovação da época, também serviram de referência para a indústria automotiva. Com asas bastante enflechadas, o ornamento do conversível exposto entre vários outros carros antigos Araxá transmite ideia de potência e velocidade. Será que era suficiente para fazer o proprietário se sentir um piloto de caça?
Fotos Alexandre Carneiro | AutoPapo
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