Carros antigos com motor V8: listamos 7 modelos nacionais
No Brasil, poucos automóveis fabricados em série foram equipados com esse tipo de motor: saiba quais foram eles
No Brasil, poucos automóveis fabricados em série foram equipados com esse tipo de motor: saiba quais foram eles
Você aprecia os carros antigos com motor V8? Pois esse tipo de propulsor está sob o capô de alguns modelos nacionais. Não muitos, na verdade: contando apenas os que foram produzidos em série, o total sequer chega a 10 veículos.
O AutoPapo listou todos eles aqui. A maioria foi fabricada nos anos 60 e 70, antes que a crise do petróleo tornasse a economia de combustível algo primordial para os consumidores. Então, esqueça o frentista, aperte os cintos e dê a partida! Quase dá para escutar o ronco borbulhante do motor V8 desses carros antigos!
Eis aqui os primeiros (e, portanto, o mais antigos) carros nacionais equipados com motor V8. Os modelos da Simca utilizavam a unidade Flathead de origem Ford (inicialmente com 2.351 cm³, mas a cilindrada logo foi ampliada para 2.414 cm³). Era um propulsor um tanto antiquado já em 1959, quando o fabricante se instalou no país, mas isso não impediu que ele rapidamente se destacasse em desempenho.
A linha nacional da marca era baseada no sedã francês Vedette. Desse projeto, surgiram os modelos Chambord, Rallye, Présidence, Alvorada e Tufão, além da perua Jangada. Em 1967, a Chrysler adquiriu as operações brasileiras da Simca. O sedã foi reeestilizado e rebatizado: o mais simples passou a se chamar Regenente, e o mais luxuoso, Esplanada. Havia ainda o esportivo GTX. Em 1969, todos saíram de linha, pois a marca americana introduziu uma nova gama, com um V8 próprio.
Se você quer um Galaxie ou um Landau, não precisará ficar atento ao tipo de motorização. Isso porque esses carros, hoje cobiçados antigos, vinham sempre equipados com um V8. Até 1976, eles utilizavam propulsores 272 (4.458 cm³ de cilindrada) e 292 (4.786 cm³) da linha Y-Block. Daí até 1983, quando a produção chegou ao fim, entrou em cena a unidade Windsor 302 (4.949 cm³). Esse último teve opções a gasolina e a álcool.
Galaxie e Landau são, basicamente, o mesmo veículo. O primeiro é mais despojado – ou seria menos luxuoso? -, ao passo que o segundo traz mais equipamentos, além de capricho redobrado no acabamento interno e no visual externo.
A F-100 foi o primeiro veículo da Ford fabricado no Brasil. Antes dela, a empresa norte-americana apenas montava produtos por aqui, com peças majoritariamente importadas. A picape já chegou com V8 Y-Block, que agradou quem precisava transportar cargas com agilidade, como entregadores de produtos perecíveis.
A segunda geração chegou a substituir os antigos motores V8 Y-Block pelo Windsor, até então restrito aos carros de passeio da marca. E passou a contar também com a opção do 2.3 OHC de quatro cilindros. Porém, o lançamento da F-1000, em 1979, acabou decretando o fim dos grandes propulsores a gasolina nas picapes da marca.
O Ford Maverick tornou-se um carro antigo bastante valorizado justamente por causa do motor V8. Todavia, essa motorização é minoritária dentro da gama: a maioria dos exemplares do modelo traz o 2.3 OHC de quatro cilindros ou o 3.0 de seis cilindros Hurricane de origem Willys.
A raridade, aliás, é um dos fatores que tornam o Maverick V8 tão desejado. Isso, claro, além do desempenho: ele é um dos automóveis nacionais mais rápidos da década de 70. E também um dos mais belos, principalmente os representantes da versão esportiva GT. O modelo foi produzido de 1973 a 1978.
Qualquer lista de carros antigos com motor V8 que se preze precisa incluir a linha nacional da Dodge. Todos os modelos equipados com essa mecânica são, na verdade, variações sobre a mesma carroceria, estilizada pelo designer Virgil Exner sobre o chassi “A-Body”, o menor utilizado pela Chrysler nos EUA. Desse modo, Dart, Charger, Magnum e Le Baron são produtos desenvolvidos a partir de um único projeto: entre um e outro, mudam apenas dianteira, traseira e detalhes de acabamento.
Além disso, todos compartilham, claro, a mesma unidade V8. O LA 318 é o maior motor automotivo a gasolina já fabricado no Brasil, com 5.212 cm³ de cilindrada. A diferença era apenas a taxa de compressão, mais alta no Charger R/T, mas somente até 1976, quando o esportivo da gama deixou de ter esse diferencial. Esse propulsor equipou os carros da marca entre 1969 e 1981.
Famoso sob o capô dos sedãs e cupês da Chrysler no Brasil, o V8 318 moveu também utilitários. Entre os quais, a D100,rival direta da Ford F-100 e da Chevrolet C10. Das três, a picape Dodge é a mais rara atualmente, muito em função da produção menor que a das concorrentes.
A D100 foi fiel ao V8 enquanto permaneceu em produção: nunca teve outra opção de motor, o que faz com que os poucos exemplares sobreviventes sejam bastante procurados no mercado de carros antigos. Com o encerramento das atividades da Chrysler no Brasil, os consumidores locais ficaram quase duas décadas sem poder comprar uma picape nacional da marca. Ao menos até a chegada do próximo veículo da lista!
Devido ao fato de ainda não terem completado 30 anos de história, os exemplares nacionais da Dakota V8 ainda não podem ser considerados, a rigor, carros antigos. A picape foi fabricada no Brasil de 1998 a 2001, sendo que o motor de oito cilindros só chegou no ano 2000. Mesmo assim, o modelo entrou para a lista devido à história inusitada.
O motor V8 de 5.212 cm³, acredite se quiser, é, grosso modo, o mesmo que equipou os Dodges nacionais dos anos 70. É claro, contudo, que a unidade foi modernizada, com direito a injeção eletrônica, de modo que a potência saltou para 232 cv. A boa notícia é que, justamente por não ter chegado ao patamar de antiga, a Dakota ainda pode ser comprada por preços razoáveis. Desse modo, talvez este seja o momento de comprar uma.
Fotos: Divulgação
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O Wagner escreveu aí que os Simcas tinham motores V-6 ! vamos corrigir isso aí; eu tive praticamente todos os modelos dos simca Brasileiros ,e nenhum c tinha motorização V_6 . naturalmente o Wagner está se referindo a algum Simca importado . OLD CAT
muito boa a abordagem sôbre os saudosos V-8, que faziam nossos corações pulsaram mais rápido; fui o feliz proprietário de um Charger RT que desenvolvia exatos 217 hp ! uma fera como vinha standard. agora é necessário corrigir a informação: o maior motor V8 fabricado no Brasil foi o NV 184 que equipqva os caminhões International, e seria oportuno complementar suas informações com a descrição do referido motor, cilindrada, potência etc. Saudações em “V” OLD CAT
O Sinca e toda a linha tinha motor V6.
Faltou comentar sobre o V8 utilizado nos caminhões International Harvester NV-184. Sds..
Confesso que fiquei até um pouco emocionado ao ler este artigo e ver toda essas fotos desses incríveis carros maravilhosos, sem palavras. Acredito que não se fazem mais carros como antigamente mesmo *
*EDITADO
Carros antigos são maravilhosos e muitos dizem que não gosta mas é sensacional viver no passado e principalmente acompanhar a evolução dos tempos é gratificante ….
