Carros do povo: conheça 5 ‘populares’ que vieram antes do Fusca
Antes do primogênito da Volkswagen, outros modelos já haviam sido desenvolvidos com o objetivo de motorizar as massas
Antes do primogênito da Volkswagen, outros modelos já haviam sido desenvolvidos com o objetivo de motorizar as massas
Fuscas são sinônimos de carros do povo, certo? E não é para menos: afinal, esse é o significado do nome da marca Volkswagen, que nasceu junto com o modelo. O objetivo do projeto, desenvolvido por Ferdinand Porsche e financiado pelo regime nazista, era motorizar a Alemanha.
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O Fusca acabou sim se tornando praticamente um sinônimo de carro popular, mas só depois da Segunda Guerra Mundial, com a Alemanha já livre do fascismo. E foi além: acabou motorizando não só o país de origem, mas diversos outros. Tornou-se ícone da indústria automobilística e até da cultura pop.
Porém, engana-se quem pensa que ele foi o primeiro veículo com esse tipo de proposta. Antes do Fusca, outros já haviam surgido com o objetivo de motorizar as massas. E o listão de hoje é sobre eles: conheça 5 carros do povo anteriores ao Volkswagen!
Automóveis já circulavam pelas ruas desde o fim do Século XIX. Mas em pouquíssima quantidade: afinal, só pessoas muito abastadas tinham condições para comprá-los. O primeiro fabricante a apostar em um produto mais acessível foi a estadunidense Oldsmobile, que lançou, em 1901, o Model R, mais conhecido por “Curved Dash”, em alusão à dianteira abaulada.
Para entender o impacto que ele causou no mercado, é preciso ter atenção ao contexto da época. A indústria automobilística ainda engatinhava e não havia um método de manufatura consolidado. Em 1900, toda a produção de carros dos Estados Unidos era de apenas 4.200 unidades.
Para conseguir entregar um automóvel mais acessível, Ransom Eli Olds, fundador da Oldsmobile, criou o embrião da produção em série: as carrocerias eram montadas em pontos fixos dentro da fábrica, por operários especializados em funções únicas. Em 1903, a produção só do Model R superou a marca de 4.000 unidades.
Ao todo, 19 mil exemplares do modelo saíram das linhas de montagem entre 1901 e 1907, então um recorde absoluto. A Oldsmobile cresceu vertiginosamente durante esse período: tanto que despertou a atenção da General Motors, que a comprou em 1908. A marca permaneceu ativa até 2004, quando acabou sendo extinta.
A Oldsmobile pode até ter sido a primeira a criar carros para o povo, mas foi a Ford que realmente conseguiu motorizar as massas. Isso, graças ao Modelo T, que revolucionou a indústria automobilística.
Enquanto Ransom Eli Olds criou o embrião da produção em série, Henry Ford a aperfeiçoou e viabilizou: os veículos em processo de manufatura rolavam pela fábrica por mecanismos móveis; por sua vez, os operários permaneciam em pontos fixos. Pronto, eis o princípio que rege o processo industrial do setor até hoje.
O Ford T chegou ao mercado em 1909: uma década depois, a produção anual já havia superado a marca de 1 milhão de unidades. O veículo permaneceu no mercado até 1927. Ao todo, 15.007.033 exemplares foram produzidos, número impressionante ainda nos dias de hoje.
A receita de produzir carros acessíveis, para o povo, já estava consolidada pela Ford quando a Austin decidiu disputar esse mercado no Reino Unido. Para tal missão, projetou o Seven, um automóvel que deveria custar tanto quanto uma motocicleta acoplada a um sidecar.
Em 1922, o Austin Seven chegou ao mercado e causou espanto, devido às linhas utilitárias da carroceria e ao porte diminuto. Inicialmente, o projeto não era unanimidade: alguns consumidores o comparavam a um carro de brinquedo ou até a uma banheira sobre rodas. Mas o preço baixo e as qualidades técnicas acabaram ecoando mais do que as críticas.
A produção do Seven prosseguiu até 1939 e contabilizou cerca de 290 mil unidades. O projeto foi fabricado sob licença na Alemanha (pela BMW), na França, no Japão e até na Austrália.
O início das operações da Fiat data de 1899, mas foi apenas em 1936 que a empresa adentrou no segmento no qual se especializaria: o de carros compactos e acessíveis, para o povo. Naquele ano, a marca lançou o primeiro modelo da linhagem 500, popularmente conhecido como “Topolino” (ratinho, em italiano).
Pequeno, mecanicamente simples e mais acessível que qualquer outro carro na Itália, o Topolino logo se tornou um sucesso comercial. A produção, interrompida em 1940, foi retomada em 1946 e se alongou até 1954, totalizando cerca de 520 mil veículos. Pode parecer pouco, mas era uma enormidade para um país pequeno e ainda incipiente no processo de industrialização
Depois do Topolino, a Fiat nunca mais deixou de fazer carros compactos de populares. A década de 1950 marcou a chegada do 600 e de um 500 totalmente reprojetado, que sucederam o caíram ainda mais no gosto dos italianos.
Ok, o Citroën 2 CV (Deux Chevaux) não veio antes: chegou ao mercado um pouquinho depois do Fusca. Mas o caso é que ambos foram desenvolvidos paralelamente e têm trajetórias com muitos aspectos em comum. Os projetos, contudo, têm pontos de partida e características bem distintas.
Ferdinand Porsche já trabalhava em projetos de carros para o povo alemão desde 1931. Porém, foi apenas em 1934, após fechar um contrato com o governo, que todas as diretrizes foram definidas. Os primeiros protótipos ficaram prontos em 1936, e a fábrica começou a operar dois anos depois, mas ainda em esquema pré-série. Apenas 210 exemplares foram produzidos antes do início da Segunda Guerra Mundial.
A origem do 2 CV também remonta a 1934, quando a Michelin assumiu o controle acionário da Citroën. A direção queria um novo veículo, de preço acessível, capaz de rodar sem problemas pelas áreas rurais da França. Os primeiros protótipos ficaram prontos em 1937, mas o projeto final só foi definido em 1939. O fabricante já se preparava para iniciar o fornercimento quando a Alemanha invadiu o país.
No fim das contas, a produção em série do Fusca só começou em 1947, após o fim da guerra. Bem como a do Citroën 2 CV, iniciada em 1949. O modelo alemão foi um verdadeiro fenômeno comercial, com mais de 21,5 milhões de unidades produzidas em diversos países. Mas o francês também foi um inegável sucesso, com 3,8 milhões de exemplares fabricados até 1990.
Boris Feldman dirige o Benz Patent-Motorwagen: assista ao vídeo!
Fotos: Divulgação
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A Volkswagen deveria produzir o fusquinha eletrico,seria uma maravilha.
Nenhum fabricante de carros no Mundo de hoje e do passado fabricava carros 100% Nacionais. Nada e 100% Nacional. Criticar o que se fabrica em casa sem ter conhecimento e muito mau.
O projeto do Fusca foi baseado no carro tcheco Tatra 77 e 87, com motor V8 a ar, projetados pelo engenheiro Austríaco Hans Ledwinka, carros que o próprio Hitler considerava ideais para as novas Autobahns, que estavam sendo projetadas nós anos 30.
Sou apaixonado pelo Fusca. Espero ganhar um agora dia 17 no meu aniversário.
Do povo que só classe alta tinha hehehe
Mas no Brasil em 1970 se trabalhasse poderia comprar lógico não novo,eu comprei o 1° em 1973 com 23 anos de idade.mas já estava trabalhando 9 anos.
E o Brasil hein? Não temos uma empresa que fábrica automóveis 100% nacionais. Vergonha!!!
Tinhamos a Gurgel, aliás com propostas bem a frente de seu tempo!! Mas …. brasileiro só dá valor ao que vem de fora!! E a Gurgel faliu!!!
Fechem os os olhos e não vimos fomos enganado paramos de fabricar o carro mais guerreiro e querido do país para fazer carros de brinquedos frágeis cheios de tecnologia porque não colocaram no velho guerreiro a ambição foi maior que a honra corrompeu se mais graças a Deus que os fusqueiros existem o gloria
O fusqueba é o fusqueba e isso não muda ,um fuscão vale mais que qquer carro de hoje
Vocês se esqueceram do DECAV um dos populares no Brasil antes do fusca
Amigo,o Decav,veio,veio pós Fusca,foi lançado o Fusca 4 portas,onde operou como táxi,na época
Ei, vamos esclarecer um assunto que muitos não conhecem, Ferdinand Porsche não é o pai do fusca não, este projeto é de um engenheiro mecânico judeu JOSEF GANZ, antes da guerra, os nazista confiscaram o projeto do Josef Ganz, é passaram pro Ferdinand Porsche, o projeto do fusca foi desenvolvido por Josef Ganz, quem quiser saber mais sobre o verdadeiro pai do fusca, pesquisem aí no Google,”JOSEF GANZ” porque quem está levando a fama é o Ferdinand Porsche, ele não é o pai do fusquinha, ele só é o padastro que termino de cria o filho do JOSEF GANZ.
Eu já tive 5 atualmente estou com um 1974 no qual todo adaptado,e onde chego com ele a galera de todas as idades ficam babando.
Eu tenho a dizer enterro de mecânica Não entendi muito bem mas lataria eu entendo até porque minha área né só não tem nele faço restauração de carro ferrugem e batido ou virado faz alinhamento tá deixa ele todo restaurado meu nome é elimario
Fusca, ou você ama ou odeia. No meu caso sou apaixonado pelo Besouro. Tenho uma história que poderia ter acabado muito mal mas que demonstra as qualidades do carrinho. Meu pai tinha um fusquinha 72 e durante uma viagem a Bahia caímos dentro de uma boca de lobo. Felizmente ninguém se feriu e um caminhoneiro amigo nos retirou do buraco. O carro estava todo amassado. Meu pai colocou todos dentro e voltamos dirigindo até a cidade mais próxima. Esse é o Fusca. Um carro que não te deixa na mão. Agora se você quer conforto compre outro carro.
Meu primeiro carro foi um Fuscão 1970, que coisa gostosa. Viajava todo final de semana para Volta Redonda. Depois tive outros modelos marcas. Hoje já aposentado, possuo um Fuscão 74, ótimo estado de conservação, Pois foi o primeiro e será o último.
Já tive vários fuscas, 64, 65,66, 1972-1300, 1972-1500 e, atualmente tenho guardado na garagem,um Fusca 1966-1200 original.
É um veículo que me faz voltar votar ao passado.
Muito bom…
Foi meu primeiro carro em 1980!mas me lembro da falta de conforto,potencia,segurança,economia de gasolina,espaço,pouca comodidade e praticidade,em compensação, era forte que nem um tanque do guerra!
Meu genitor já teve 3 fuscas e eu tive em parceria outro, de ano 1964, original. Até hoje está rodando no Estado do Rio Grande do Sul.
Sempre fui um apaixonado pelo fusca e consegui comprar um 74, que é minha paixão e único veículo em casa, com ele vou trabalhar e buscar minha esposa no trabalho, um carro que roda muitíssimo bem e gostoso de guiar viva o fusca.
Gostoso de guiar? Fusca? Tá brincando com a gente.
É o pior carro que já dirigi na minha vida kkkk muito ruim
Gasta mais que um opala
Se estiver com o motor bom e o carburador correto faz dez Km por litro na cidade.
Nunca escutei falar de Opala fazer 15 quilômetros com um litro de gasolina. Mas o Fusca 1.3 com certeza faz
Se você dirigir um Fusca em ótimo estado vai gostar. Tive Fusca durante onze anos. O volante tem que estar correto também.
Apaixonado pelo CITROEN 2 CV e o “TOPOLINO”
O motor a combustão existe há mais de 130 anos e já era pra ter virado peça de museu há tempos mas ainda continua resistindo. O futuro é o carro elétrico. Muito melhor e mais fácil de fazer a manutenção, não faz barulho, não polui, é mais eficiente, é melhor para dirigir etc. etc. etc….
Veículo elétrico não é carro é meio de locomoção! Quando vier o teletransporte ele desaparece mas um Fusca, um Maverick, um pontiac gto ou meu sonho de consumo: um Mustang Boss 302 1970 trans am serão lembrados como arte sobre rodas inspirado por Deus!!
Eu já tive oito fuscas, sendo que dois deles adquiri novo. Um 1300 (simples) 81 a álcool e problemático e um 1600 ano 85 bom, mas que ficou pouco tempo em minhas mãos.
Minha paixão é o Citroën 2 CV, que é o carro mais lindo do mundo!
Tirando a guerra, a história do Fusca é linda!!!
Sou fã do modelo desde sempre, cresci andando nos fuscas de meu Pai e tios, não sai do sangue nunca essa paixão no modelo.
Eu quero muito ter um Fusca.
Albertino Goulart
O fusca foi uma paixão nacional meu pai comprou 2 novos e teve mais de 15 no total,aprendi a dirigir no fusca na época era muito carro
Tive um por não ter dinheiro pra comprar um carro, quando tive condições adeus, já faz uns 35 anos.