Carros mais exóticos do Brasil: veja 5 nacionais fora-de-série
Eles foram fabricados entre as décadas de 70 e 90 e têm características técnicas muito distintas, mas todos são pouco convencionais
Eles foram fabricados entre as décadas de 70 e 90 e têm características técnicas muito distintas, mas todos são pouco convencionais
Pode chamar esses carros de exóticos, excêntricos, extravagantes e até de estranhos. Mas o fato é que todos conseguem se destacar na paisagem, graças ao design incomum. O listão de hoje é sobre eles: os automóveis mais esquisitões já feitos no Brasil. Em comum, os 5 modelos da lista são fora-de-série, fabricados em pequena escala por empresas legitimamente nacionais. Vamos a eles:
A história da Gurgel está repleta de carros exóticos! Veículos como o Carajás e o Itaipu são qualquer outra coisa, menos convencionais! O Motomachine, porém, talvez seja o mais original de todos. Como o próprio nome já diz, trata-se de uma mistura de carro com motocicleta, ideal para o trânsito das grandes cidades.
O Motomachine foi uma das experiências de João do Amaral Gurgel, fundador da marca, com minicarros. Para ele, fabricar veículos desse tipo era quase uma obsessão. No fim das contas, pouquíssimas unidades do modelo foram finalizadas, mas grande parte do projeto é compartilhado pelo Supermini, último produto comercializado pela empresa.
Faróis escamoteáveis, portas do tipo “asa de gaivota” e enormes janelas laterais com uma seção de abertura corrediça… Elementos de estilo não faltam para colocar o Hofstetter entre os carros mais exóticos do país. O esportivo de fabricação artesanal surgiu nos anos 80 e chamou a atenção com o design inspirado nos bólidos da Lamborghini.
O desempenho não chegava a tanto, mas se destacava para os padrões brasileiros dos anos 80. O motor era um 1.8 de origem Volkswagen, utilizado no Gol GT, mas sobrealimentado por um turbocompressor. O conjunto desenvolvia 140 cv, número espantoso para a época. Posteriormente foi adotado um 2.0, também turbinado. Hoje, os poucos veículos produzidos pela Hofstetter são disputados pelos colecionadores.
A Dacon fez outros minicarros, entre os quais o Nick, uma espécie de Gol encurtado com diversas alterações visuais. Porém, o 828 é o mais original, graças às linhas da carroceria, elaboradas pelo designer Anísio Campos. É tão ousado que nem parece ter sido criado cerca de 30 anos atrás. O estilo, o tamanho diminuto e as características técnicas tornam o modelo digno de figurar em qualquer lista de carros exóticos.
Por falar em soluções técnicas, o 828 tinha motor traseiro e porta-malas dianteiro. Quem já deduziu que a mecânica foi herdada do Fusca acertou,literalmente, em parte. É que a Dacon o equipou com um 1.600 a ar de origem Volkswagen, que podia vir inteiro ou cerrado ao meio! No caso da segunda opção, o resultado eram dois cilindros e cerca de 800 cm³ de cilindrada, suficientes para as dimensões do veículo.
O Emme Lotus é lembrado não apenas pelos traços exóticos, mas por ter sido um dos carros mais misteriosos já fabricados no país. Isso porque a história da Megastar, que o desenvolveu, é turbulenta e muito nebulosa. Sediada em Pindamonhangaba (SP), a empresa fabricava scooters sob licença. Porém, conseguiu espaço na mídia ao expor o sedã no Salão do Automóvel de São Paulo, em 1997.
O nome Lotus provinha do motor, que supostamente seria fornecido pela empresa britânica. Na verdade, havia três opções: 2.0 aspirado ou turbo e 2.2 turbo, esse último com alegados 262 cv. Mas a Megastar logo fechou as portas, após ter fabricado menos de 10 unidades do sedã. Misterioso e com aspecto até um tanto bizarro, o modelo é um dos veículos mais curiosos da indústria nacional.
Réplicas de automóveis antigos não são tão incomuns. Algumas empresas, como a Lafer e a Chamonix, inclusive, tornaram-se quase sinônimo de genéricos da MG e da Porsche, respectivamente. Ao contrário deles, porém, o Concorde não era uma réplica. Trata-se de um veículo com estilo dos anos 30, mas sem evocar nenhum modelo em particular. Essa solução única garantiu a ele lugar na lista de carros exóticos nacionais.
As particularidades não estão restritas ao visual retrô. Em vez de motor Volkswagen, quase onipresente nos fora de série nacionais, o Concorde adotava um Ford V8 4.8 proveniente do Galaxie. O desempenho era bom, mas nem tanto como a cilindrada faz supor, pois o extravagante veículo tinha mais de 5 metros de comprimento. Cerca de 15 unidades foram fabricadas artesanalmente na década de 70.
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Essa informação do motor do Dacon “cerrado” ao meio não procede. Seria conveniente que o autor do artigo corrigisse esse artigo ou se explicasse melhor.
O Concorde não era um desenho original e sim réplica de um carro clássico americano muito famoso do final dos anos 1920, o Cord L29 do qual ele evocou inclusive o nome.
Faltou o magnífico Bianco, O Miura, a Rage, Santa Matilde entre outras.
Olá, Edson!
São modelos que poderiam ter entrado na lista… Quem sabe fazemos mais uma?!
Obrigado pela colaboração e abraço!
Andei uma vez no Motomachine lá em Rio Claro, adorei foi uma pena as grandes motadoras acabar com a Gurgel o culpado também foi o governo que permitiu que isto acontecesse. Pois a Gurgel era a unica fabrica de carros que o país possuiu, a Gurgel ia acabar com as outras montadoras, carros super econômicos o Motomachine e o Gurgel Br, carros que faziam mais de 22km com 01 litro de gasolina. Se eu tivesse grana iria reviver esses dois veículos da Gurgem foi uma judiação a Gurgel ter falido. Quem sabe algum milionário compra a patente da Gurgel e volta fabricar veículos super econômicos.
Tenho a maior saudade da Gurgel também, Antônio. O br800 foi genial, precursor dos carrinhos “mil”, com o espírito de inovação do velho Gurgel. Esse cara merecia umas estátuas por aí. E o mencionado Itaipu era elétrico, o homem era um animal de rodas, não brincava em serviço. Viva seu Gurgel!
Só li a primeira, fazer lista com um carregamento por item já tá bem ultrapassado, não?