‘Separados pelo nascimento’: 10 carros diferentes, mas iguais
Seja a forma completa, só a dianteira, ou apenas as luzes traseiras, muitos carros guardam similaridades no estilo, enquanto outras são cópias descaradas
Seja a forma completa, só a dianteira, ou apenas as luzes traseiras, muitos carros guardam similaridades no estilo, enquanto outras são cópias descaradas
Tem muito modelo de automóvel por aí que dá aquela sensação de dejá-vu. “Já vi aquela lanterna em algum lugar”, “Nossa, aquela grade não me é estranha” e “Conheço esse farol!” são algumas das frases que você já deve ter dito por aí ao confundir um carro com outro. Pois é, muitos modelos são bem parecidos entre si.
Seja a forma completa, ou só a dianteira, ou apenas as luzes traseiras, muitos veículos guardam similaridades no estilo, enquanto outras são cópias descaradas – prática que era comum entre as marcas chinesas. Alguns cabem, inclusive, naquele meme: “Pode copiar, só não faz igual”.
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Apesar de lançado em 2001, a segunda geração do CR-V tinha ainda aquele ranço de design típico de modelos asiáticos dos anos 1990. Faróis quase quadrados em meio a uma grade estreita e o estilo caixotinho eram os traços mais evidentes do modelo da Honda. Quatro anos depois surgia o Tiggo, a primeira geração do SUV da chinesa Chery, que guardava muitas semelhanças com o rival. Repare principalmente no conjunto ótico e na traseira após a terceira coluna.
O Indica é um compacto da indiana Tata que, de perfil, lembra até o Corsa. Mas a posição da grade e o capô remetem diretamente à última reestilização do Palio de terceira geração aqui no Brasil. Mas nada de preconceitos e culpar os indianos de cópia. O de lá foi lançado em 1998 e durou até 2008, ano em que o veterano compacto da Fiat recebia esta terceira remodelação.
Calma, aqui a semelhança está no efeito dos faróis e, obviamente, não na carroceria. O filete de LEDs na extremidade do para-choque, subindo pela beirada do capô, é bem parecido tanto no hatch metido a SUV da Citroën, como na picape meio média, meio compacta, da Fiat. Além das entradas de ar bem distintas, na Toro a diferença é que o conjunto ótico é mais prolongado, enquanto o capô do Cactus tem linhas limpas e é mais curto. Para completar, os dois recebem as luzes auxiliares posicionadas justamente nas extremidades do para-choques.
Esse rendeu até processo. Em 2000, a marca britânica resolveu dar uma nova leitura ao seu subcompacto e o transformou em um carrinho mais requintado e potente, sem perder o estilo charmoso e inconfundível. Quase uma década depois, em 2009, eis que surge o Lifan 320, chinês muito – mas muito mesmo – parecido com o Cooper, com direito a faixas esportivas no teto e no capô. Era tão idêntico que a BMW, dona da Mini, abriu processo contra a marca chinesa, em 2012. A sentença foi até favorável aos alemães, porém, só foi proferida em junho passado. O Lifan em questão deixou de ser vendido no Brasil em 2014…
Outra dupla parecida apenas em uma parte da carroceria, neste caso, a traseira. A recente remodelação do hatch da Renault, em julho, apostou nas lanternas invadindo a nova tampa do porta-malas. O aspecto meio “asa” ficou bem parecido com o estilo adotado pelo Argo, o compacto premium da Fiat lançado em 2017. Mas vamos combinar que os dois também têm um quê de Hyundai HB20, que estreou em 2013.
Esse é um daqueles casos de cópia descarada dos chineses. O modelo da Land Rover quebrou paradigmas no segmento de SUVs em 2010, com seu visual bastante arrojado e fora dos padrões dos utilitários esportivos à época. A Landwind não se fez de rogada e, em 2016, apresentou o X7. Faróis e grade dianteiros parecem que são dos mesmos fornecedores. Veja que até o nome da marca asiática imita a tipologia dos britânicos.
Uma das “tretas” mais antigas da indústria automobilística. O Matiz nasceu na Coreia do Sul sob as asas da Daewoo, marca pertencente à General Motors. Foi projetado originalmente por Giorgetto Giugiaro, como o carro-conceito Lucciola. O QQ surgiu cinco anos depois, mas a similaridade com o rival era descarada: não só pelo estilo da carroceria, como também pelos faróis redondinhos, capô e estilo da grade. A GM logo abriu processo contra a Chery e, como prova na ação, chegou a pegar a porta de um QQ e instalar em um Matiz – sem qualquer dificuldade.
A recente reestilização na linha 2020 do sedã médio da GM o deixou ainda mais parecido com a atual geração do modelo sul-coreano, lançada em 2018. Preste atenção no “calombo” que parece se formar no caimento do capô. Mesmo a grade do Azera se confunde um pouco com a entrada de ar inferior do Cruze. De perfil, os modelos também são parecidos. Em especial, o caimento da terceira coluna.
Outra “coincidência” das antigas. Os faróis redondos duplos que o sedã da marca inglesa trouxe em 1999 nem eram tão originais assim: três anos antes, a segunda geração do Mercedes-Benz Classe E já se valia de tal “assinatura”. Mas o conjunto dianteiro com a grade mais verticalizada e proeminente do Jaguar parece ter inspirado o visual do carro da Kia. O caimento abaulado do capô e a tampa do porta-malas mais retilínea também são bem parecidas.
Esse até parece daqueles jogos para achar sete erros em revistas de passatempo, de tão descarada que é a cópia. Em uma feira de elétricos na China em 2017, a pequena Weikerui causou escândalo ao mostrar o V7. O carrinho é praticamente um clone do Up! – mais perfeito que o da ovelha Dolly. Frente, laterais e traseiras são iguais ao Volkswagen lançado mundialmente em 2011. Nem na cabine os chineses tiveram algum pudor para disfarçar, já que o painel é idêntico e pintado na cor da carroceria. Até a logo redondinha dos chineses lembra o símbolo da marca alemã.
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Quando vc faz uma reportagem comparando algo, obrigatoriamente tem que colocar os objetos lado-a-lado. Se o objetivo era conparar, pecou nesse sentido.
Interessante a reportagem! Parabéns
Acho que o Tiggo imitou muito mais o Toyota RAV da primeira geração, é idêntico!
E porque chamar o C4 Cactus de metido a Hatch? Se as medidas de ângulos é de SUV . E também poderíam comentar que a Fiat que “copiou” a Citroën, pois essa frente de três níveis desde 2014 se fez no Cactus.
Interessante a reportagem! Parabéns
Acho que o Tiggo imitou muito mais o Toyota RAV da primeira geração, é idêntico!
E porque chamar o C4 Cactus de metido a Hatch? Se as medidas de ângulos é de SUV .