Esses 5 carros de outras marcas usam motor Volkswagen
O motor é o coração do carro, mas você você já pensou em comprar um carro de outra marca e encontrar um propulsor Volkswagen?
O motor é o coração do carro, mas você você já pensou em comprar um carro de outra marca e encontrar um propulsor Volkswagen?
O tipo sanguíneo O- é chamado de doador universal. Ou seja, pessoas com qualquer tipo sanguíneo podem recebê-lo. No mundo brasileiro dos carros preparados, o motor AP da Volkswagen pode ser chamado de doador universal também, pois existem vários relatos de carros recebendo ele no lugar da mecânica original.
E por incrível que pareça, isso não ocorre apenas com carros preparados. Os motores da Volkswagen já foram parar no cofre dos mais variados modelos na linha de montagem.
Isso ocorreu por parcerias, como foi o caso da Autolatina, ou apenas por necessidade de um outro fabricante que foi suprida pela VW.
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A Porsche sempre teve uma relação próxima com a Volkswagen. O Fusca foi creditado ao engenheiro Ferdinand Porsche, que mais tarde fundou seu fabricante de esportivos com o 356, que também tem motor boxer traseiro refrigerado a ar.
A primeira parceria oficial entre as marcas alemãs foi com o 914, um esportivo acessível de motor central. Ele era vendido como VW-Porsche 914 e trazia motor boxer refrigerado a ar da Volks. Seu sucessor foi o 924, que trazia motor dianteiro e tração traseira.
Nesse esportivo, o motor era um 2.0 refrigerado a água, também de origem Volkswagen. Apesar de muitos chamarem esse motor de AP, ele é na verdade o EA831. Ele tem origem mais antiga e foi usado no Audi 100 e no caminhão leve LT.
Para aumentar a salada, o projeto foi feito pela Audi e tem resquícios da Mercedes-Benz, da época que ela tinha vínculos com a Auto Union. Foi daí que apareceu a história do motor AP ter origem Mercedes – mas quem realmente teve foi o EA831.
O Porsche 924 não foi o único carro de tração traseira a usar o motor EA831. A American Motors Corporation (AMC) recorreu a esse propulsor em 1977 no compacto Gremlin. O carro que veio com a missão de combater o Fusca nos EUA acabou por usar um motor do fabricante do Fusca.
Antes o motor de entrada do carro era um seis cilindros em linha 3.8, e o 2.0 alemão veio para ser uma opção mais econômica. Só isso já reduziu em 250 kg o peso do carro.
O desempenho era pior que o do motor maior, com testes de época aferindo a aceleração de 0 a 96 km/h em 16 segundos.
O motor Volkswagen também foi usado no sucessor do Gremlin, o Spirit, e no Concord, que era um caro maior com versões sedã, cupê e perua. O desempenho era ainda pior que no Gremlin, na linha 1980 a AMC trocou o motor 2.0 pelo Iron Duke 2.5 da General Motors como motor de entrada.
A Chrysler foi outra empresa que usou motor Volkswagen em um carro feito para combater os alemães nos EUA. Dessa vez o alvo foi o Golf.
A origem desse carro vem da Chrysler europeia, mais precisamente da marca Talbot. Ela desenvolveu um hatch de motor transversal similar ao Golf para suceder o Simca 1100.
A versão norte-americana desse carro passou por várias mudanças, nascendo daí o Dodge Omni e seu irmão Plymouth Horizon.
Como os motores da Chrysler europeia eram pequenos demais para o gosto norte-americano, a solução foi usar o EA827 1.7 da Volkswagen. Esse motor é o que viria a ser o AP no Brasil.
O “APzão” foi usado como tapa-buracos no hatch até que um novo motor de 4 cilindros da Chrysler ficasse pronto. O objetivo de derrotar o Golf nunca foi alcançado.
A Dodge tentou brigar com a VW usando motor dela novamente mos anos 2000, dessa vez em território europeu. O Caliber, Avenger e o Journey foram exportados para a Europa com opção de motor 2.0 turbodiesel da Volks.
Essa incursão falhou de forma estrondosa, o interior simples e a qualidade de montagem duvidosa desses carros não agradaram aos europeus.
De todos os carros a Autolatina que podíamos escolher, vamos com o Del Rey por um motivo: esse Ford com motor VW é na verdade um Renault.
O Del Rey nasceu como sucessor do Landau no auge da crise do petróleo. A ideia era oferecer um sedã de luxo com a economia de um Corcel. No final ele acabou sendo apelidado de “Corsário“, o Corcel de otário.
Com a Autolatina a Ford passou a oferecer o AP 1.8 no Del Rey, resolvendo as criticas do desempenho fraco do antigo CHT.
Porém isso resolveu apenas o desempenho em linha reta, pois em curvas o Del Rey mantinha o comportamento dinâmico de um navio cargueiro.
A mistura de plataforma francesa, com motor alemão e emblemas norte-americanos foi uma das mais aleatórias da nossa indústria.
Na linha Ford também teve o Escort e seus derivados equipados com o motor AP, enquanto alguns modelos da família Gol receberam o CHT.
Não estamos falando do enorme sedã nacional Galaxie e sim de uma minivan da Ford europeia que tem esse nome bastante parecido. A Galaxy é fruto de uma parceria entre a Ford e a Volkswagen, sem relações com a Autolatina.
A minivan e suas irmãs VW Sharan e Seat Alhambra eram feitas em uma fábrica em Portugal, chamada de Autoeuropa. Apesar de serem praticamente idênticas, a Galaxy usava motores de quatro cilindros da Ford enquanto as outras duas usavam motores do grupo Volkswagen.
A exceção era na versão de seis cilindros. Como o cofre do motor era apertado, cabia apenas o VR6 da Volkswagen lá. Os alemães também forneceram o motor 1.9 turbodiesel para a minivan da Ford.
Esse vídeo é um clássico das comunidades automotivas do Orkut. O proprietário desse Ford Landau trocou o V8 302 por um motor AP por algum motivo que não foi descrito. Ele ainda comenta com orgulho “é um 1.8, nem é 2.0.”
Apesar do downsizing extremo, o serviço aparenta estar bem feito. No curto espaço de tempo do vídeo é citado alguns outros componentes da Volkswagen. Infelizmente não foi gravado o carro andando.
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Já tive Escort com motor AP, muito bom.
Aqui no Brasil tem muito Nova da Lada rodando com motor AP também.
Só carro velho kkkkkkk
Faltou dizer que muitas fábricas nacionais usaram motores emprestado. Do AP podemos citar a Gurgel em seu modelo Carajás.