Ex-CEO da Volkswagen é acusado de fraude das emissões
Martin Winterkorn e outros quatro executivos foram indiciados por envolvimento direto na fraude global do Dieselgate protagonizada pela marca alemã
Martin Winterkorn e outros quatro executivos foram indiciados por envolvimento direto na fraude global do Dieselgate protagonizada pela marca alemã
Martin Winterkorn foi indiciado pela justiça alemã, hoje (15), por envolvimento direto com a fraude das emissões conhecida como Dieselgate. As autoridades também acusaram outros quatro executivos da companhia, segundo reportou a agência Reuters.
Winterkorn exerceu o cargo de CEO do Grupo Volkswagen por oito anos. O conjunto inclui as marcas Volkswagen, Porsche e Audi. Em 2015, ele renunciou ao cargo depois que o escândalo das fraudes veio a público.
Anteriormente, a justiça dos Estados Unidos já havia acusado o executivo de encobrir os crimes da companhia. Oficialmente, o Grupo Volkswagen já se declarou culpado pela fraude das emissões. Até agora, a companhia já pagou US$ 33 bilhões em multas, recalls, e outros.
Ainda não se sabe quem são os outros quatro executivos indiciados. O atual CEO da companhia, que assumiu o cargo depois de Winterkorn, negou envolvimentos com o esquema em entrevista à Reuters. “Eu não estou entre os acusados. Eu não espero ser indiciado”, declarou Herbert Diess.
“O ex-chefe executivo Martin Winterkorn está sendo indiciado por um caso particularmente sério de fraude, uma violação da lei contra competição desleal e quebra de confiança fiduciária”, declarou a procuradoria em uma divulgação.
Se ele for condenado, pode enfrentar até 10 anos de prisão.
Diversas figuras poderosas já foram diretamente acusadas pelo Dieselgate, como o presidente da Audi e um chefão da Porsche. Além disso, investigações de autoridades europeias, ainda em andamento, já apontaram para o envolvimento de outras fabricantes no esquema.
Entre elas, estão BMW, Mercedes-Benz junto ao grupo Daimler, Nissan e Renault, além da fornecedora Bosch, considerada responsável pelo desenvolvimento do software que permitiu a fraude das emissões. Estima-se que cerca de 11 milhões de veículos com motores a diesel tenham sido afetados no mundo.
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