Dei uma volta no novo Volkswagen Constellation 32.360, projetado para operar fora da estrada, dentro de uma mineradora
No início deste mês, tive a oportunidade de dirigir um caminhão pela primeira vez. Ela surgiu durante o evento de lançamento de um novo modelo da Volkswagen, o Constellation 32.360, criado para operações fora de estrada. Eu não apenas pude descobrir como é comandar um veículo pesado, como o fiz em seu habitat natural, dentro da mineradora Santiago, nos arredores de Belo Horizonte.
Eu não me propus a avaliar o caminhão, já que eu não teria com o que compará-lo, mas, sim, tentar perceber as principais diferenças entre dirigir o meu carro – um hatch – e aquele veículo de 3 metros de altura e 7,5 m de comprimento. Para piorar, ele estava carregado com 15 toneladas de cascalho – para dar uma impressão mais fiel à realidade de seu uso cotidiano.
A distinção mais notável foi o câmbio automatizado, o que tornou a condução do gigante mais simples que a do meu compacto, que tem câmbio manual. A transmissão do Constellation 32.360 tem 16 velocidades, além de 2 marchas ré.
Assim, para dirigir esse caminhão, tive que aprender a operar a manopla da transmissão, muito macia e de uma lógica simples, baseada em movimentos para a esquerda e direita.
A segunda diferença que eu percebi foi como as manobras eram lentas, e eu parecia ter que girar o volante mais vezes até o veículo alcançar o ângulo que eu desejava.
Como comentou o assessor técnico da Volkswagen que me acompanhava e instruía, o diâmetro do volante, maior que o de um carro, era o culpado. Essa mudança, contudo, torna as curvas ao dirigir o caminhão mais fáceis de controlar. Isso parece auxiliar o motorista a manter controle sobre o veículo.
Por serem grandes e pesados, os caminhões devem ser manejados com mais cuidado que os carros. Eles vão demorar mais tempo para acelerar e, o mais perigoso, frear.
E essa foi outra grande diferença que percebi ao dirigir o caminhão. Ao pisar no acelerador, o veículo parecia demorar a responder. E isso acontecia mesmo considerando que o Constellation 32.360 tem 360 cavalos de potência e 169 kgfm de torque.
Pensei que poderia ser uma questão de controle da aceleração, mas o instrutor me informou que aquela era a resposta normal do veículo. Com isso, concluí que eu não teria coragem de andar muito rápido com aquele caminhão – especialmente carregado – e não chegaria nem perto dos 95 km/h de sua velocidade máxima.
Por fim, na hora de estacionar, puxei o freio de mão – uma pequena alavanca no painel, ao lado do volante, e ouvi o “espirro” característico do freio a ar.
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Como seria dirigir aqueles caminhoes de escavacoes de represa e mineracao? 50 toneladas acho que eh o peso dele sem carga… Imagina o consumo e metros por litro… E as pecas de reposição… Seria uma boa materia para o auto papo…
Que massa! Existe uma distância/folga grande entre as marchas? O mais próximo que passo disso é uma D-10, e o cambio é todo solto.
A diferença é como estar acostumado a levar um cãozinho para passear, e de repente colocar a coleira num touro. É duro, mas mais duro é lidar com o FNM D11000, é como colocar a coleira em um brontossauro.