Como funciona o consórcio de carros? Principais dúvidas respondidas
Modalidade cresce, atrai pela praticidade e pelos baixos juros, mas é preciso ponderar se é adequado ao seu perfil
Modalidade cresce, atrai pela praticidade e pelos baixos juros, mas é preciso ponderar se é adequado ao seu perfil
O consórcio sempre foi visto como uma poupança forçada e um caminho mais tranquilo para se obter um veículo 0 km. A modalidade, inclusive, cresceu 13,5% no primeiro semestre de 2023, na comparação com o mesmo período de 2022, segundo a Abac, entidade que reúne as administradoras. Mas você sabe como funciona o consórcio de carros?
AutoPapo vai destrinchar um pouco deste modelo de compra. Além de explicar o que é e como funciona o consórcio de carros, vamos detalhar as vantagens e desvantagens ao optar por esta modalidade para aquisição do seu automóvel.
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O o consórcio de carros é uma modalidade de aquisição de automóveis 0 km a longo prazo. No consórcio de carros, o consumidor é quem define o valor do veículo que está disposto a pagar e a quantidade de parcelas. Por exemplo, ele pode escolher um Volkswagen T-Cross Sense de R$ 122 mil e optar por 48 mensalidades.
A administradora do consórcio de carros reúne um grupo mínimo de pessoas interessadas na compra de um carro da mesma faixa de valor e inicia uma carteira. Cada integrante paga mensalmente a quantia determinada para o plano de consórcio daquele determinado veículo.
A empresa, então, realiza sorteios mensais de uma carta de crédito dentro de cada grupo de participantes. O cliente pode ser contemplado no começo, no meio ou ao fim do contrato. Ou seja, em um plano de 72 meses, você pode ser o último a ser sorteado, seis anos depois da adesão.
Além disso, a administradora promove leilões nos quais os participantes do consórcio de carros podem dar lances. Os lances são por números de cotas que ele está disposto a antecipar para ter a carta de crédito naquele momento. Quem oferecer o maior número de parcelas, leva o bem e terá aquela quantidade de mensalidades abatida, obviamente.
O consórcio de carros funciona de forma bem mais simples. As restrições de perfil e de crédito são bem menores do que se comparadas aos modelos mais comuns de financiamento de veículos.
Outra vantagem dos consórcios de carros em relação aos financiamentos são os juros. As parcelas geralmente são fixas e quase não mudam em termos de valores. Porém, as administradoras cobram uma taxa administrativa e de adesão que variam conforme o plano e a carteira.
Outro aspecto interessante do consórcio de carros é que, se você for contemplado, não recebe o veículo, mas sim uma carta de crédito. Ou seja: você pode ter feito um plano de olho naquele T-Cross de R$ 120 mil, mas pode usar o valor do bem para comprar outro modelo.
A carta de crédito ainda pode ser usada em outras situações. É possível usá-la para dar de sinal para compra de um veículo mais caro. Ou mesmo para quitar um financiamento de automóvel que você já tenha.
Você ainda pode optar por receber grana. Ao solicitar o valor da carta, você recebe aquela quantia em sua conta corrente após 180 dias da contemplação – mas o saldo do contrato do consórcio do carro precisa estar quitado.
Inclusive, o contemplado pode comprar um veículo de menor valor do que o da carta e solicitar o crédito da diferença também em depósito em conta corrente.
A carta de crédito acompanha os reajustes do carro do seu grupo de consórcio. Por exemplo, se o T-Cross usado como exemplo aumentar para R$ 130 mil, a próxima carta de crédito sorteada ou leiloada será do valor atualizado. Obviamente, a mensalidade também sofrerá reajuste.
Muita gente vê no consórcio de carros uma oportunidade de fazer uma espécie de “poupança forçada”. Porém, especialistas em finanças são quase unânimes em dizer que é muito mais vantajoso se o usuário aplicar aquele dinheiro todo mês, mesmo em fundos de renda fixa mais conservadores.
Dependendo do plano do consórcio de carros e do próprio contrato, as parcelas podem sofrer aumento por algumas razões. Como mudanças nos índices do governo ou mesmo se muitos cotistas do seu grupo ficarem inadimplentes.
A propósito, fique atento ao contrato da sua carteira de consórcio. Conforme o plano ou a administradora, clientes podem perder todo o valor investido caso atrasem as mensalidades.
Para quem não tem urgência em pegar o carro do consórcio pode optar por não ser incluído nos sorteios mensais da administradora. Aí, o cliente receberá a carta de crédito só no fim do plano, após a quitação de todas as parcelas. A vantagem é que o participante pegará o modelo de carro mais atualizado.
Se o cliente desiste ou está impossibilitado de continuar pagando o consórcio de carro, geralmente tem o dinheiro depositado anteriormente bloqueado. A administradora só libera aquele valor ao fim do contrato.
Basicamente, se você optou por um plano de 48 cotas mas só pagou 12 e comunicou sua desistência, terá de esperar os 36 meses restantes para obter o dinheiro já investido no consórcio de carros.
O que mais tem por aí são quadrilhas que criam consórcios de carros falsos e roubam dinheiro dos “clientes”. Só faça planos com administradoras autorizadas a operarem pelo Banco Central. No site da instituição financeira é possível ver as empresas cadastradas e até um ranking com o índice de satisfação de cada operadora.
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