De olho no Brasil, Lifan planeja novos carros e aumento de qualidade
Executivo da marca no Brasil assume que os automóveis produzidos na China estão atrás de europeus e japoneses, mas projeta rápida evolução
Executivo da marca no Brasil assume que os automóveis produzidos na China estão atrás de europeus e japoneses, mas projeta rápida evolução
O plano traçado pela Lifan, marca chinesa presente no Brasil desde 2013, é chegar ao patamar dos carros coreanos até 2024. Em entrevista a jornalistas brasileiros na sede da empresa em Chongqing, na China, o executivo da marca no Brasil, Fang Yinqi, assume que os automóveis produzidos na Alemanha estão bem à frente – seguidos por japoneses, norte-americanos, franceses e coreanos. “Eu admito que estamos atrás”, afirma.
A estratégia agora é aumentar a qualidade e tentar buscar uma identidade maior dos veículos. Deixando – mas sem muita pressa – as cópias descaradas do design dos produtos ocidentais. Enquanto não atinge a excelência, a Lifan tenta ganhar espaço no mercado brasileiro, um dos mais importantes para a marca, assim como Rússia e Irã.
A estrela por aqui é o SUV X60. Depois de adiar os planos de iniciar as vendas do modelo reestilzado equipado com câmbio CVT, a marca promete começar a, enfim, vender o novo utilitário em julho. Como mudança é possível notar a nova frente com o nome da marca escrito por extenso. Um sinal de que, aos poucos, a Lifan vai deixando de lado o pudor de ser chinesa.
Os faróis e lanternas também foram modificados, ganharam LEDs e estão com uma pegada mais moderna. A qualidade do acabamento interno mudou para melhor (pior era impossível, né?), com revestimento emborrachado e costuras vermelhas.
Porém, o modelo que é montado na fábrica do Uruguai, com as peças importadas da China, chega ao mercado com data de validade. De acordo com Yinqi, a segunda geração do SUV, que será apresentada na China no meio deste ano, está prevista para aportar no Brasil em 2018.
Irmão maior do X60, o X80 está previsto para começar a ser vendido por aqui no primeiro semestre do ano que vem. Equipado com motor 2.0 turbo, que rende 183cv e câmbio automático de seis marchas, quase tem porte para brigar com grandões como Toyota SW4, Chevrolet Trailblazer e Hyundai Grand Santa Fe. Quase.
No entanto, nem só nos SUVs estão os planos da marca. A Lifan cogita (mas fará clinicas antes de bater o martelo) importar novos carros, entre os quais o M7, um monovolume de sete lugares que pode brigar com Chevrolet Spin e JAC J6.
O visual usa o péssimo truque chinês de inspiração em outros modelos. É a cara do Ford S-Max europeu. O entre-eixos é de 2,78 m, maior que o dos possíveis concorrentes (2,62 m do Spin e 2,71 m do J6). Vale destacar, entretanto, que na última fileira de bancos somente crianças conseguem viajar com conforto.
Equipado com motor 1.5 turbo e transmissão automática de oito velocidades, o veículo estreou bem no mercado chinês. Segundo o fabricante, o número de pedidos está maior do que a capacidade de produção.
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