Dia nacional do Fusca: confira 10 fatos históricos sobre o Volkswagen
O AutoPapo listou 10 fatos que marcaram a história do modelo no Brasil; é a nossa homenagem ao automóvel mais icônico da indústria nacional
O AutoPapo listou 10 fatos que marcaram a história do modelo no Brasil; é a nossa homenagem ao automóvel mais icônico da indústria nacional
O Volkswagen Fusca é um carro tão icônico que tem até dia nacional! A data, comemorada em 20 de janeiro, reflete a importância do modelo para o consumidor brasileiro. Afinal, até hoje ele coleciona admiradores e fãs, que conservam incontáveis exemplares pelo país afora. Ele também é um dos símbolos da implantação da indústria automobilística no país, durante a década de 1950.
VEJA TAMBÉM:
Para comemorar tanta história, o AutoPapo enumerou 10 fatos que marcaram a trajetória do veículo no país. Todos eles referem-se ao Fusca propriamente dito, raiz, e não às releituras que surgiram nas últimas duas décadas. Nesses casos, o design remete ao modelo original, mas o projeto é completamente diferente em termos de conceito. Confira:
Em 3 de janeiro de 1959, o primeiro Fusca legitimamente brasileiro saída das linhas de produção da unidade industrial de Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP). O modelo já era montado no país anteriormente, mas com componentes majoritariamente importados. O índice de nacionalização chegou a 54% justamente naquele dia, 60 anos atrás.
O Fusca pertence aos primórdios da indústria automobilística brasileira. Porém, não foi o primeiro veículo que a Volkswagen nacionalizou: em setembro de 1957, a empresa já montava a Kombi com a maioria dos componentes fabricados no país. Os dois modelos compartilhavam o motor e uma série de peças.
Esta foto logo acima é, muitas vezes, associada ao início da produção do Fusca no Brasil. Porém, Alexander Gromow, historiador especializado no modelo, explica que ela é anterior à nacionalização. O estudioso chama a atenção para um detalhe: os veículos que aparecem na imagem ainda têm a janela traseira oval. Em 1959, a vigia já havia sido aumentada, para melhorar a visibilidade, adotando um formato mais retangular.
Ele também pondera que a cor preta, que tinge os exemplares retratados no registro, não estava disponível durante os primeiros anos de fabricação no país. Ele esclarece que esses automóveis, que aparecem saindo da planta de Anchieta, provavelmente faziam parte de um lote que foi destinado às forças policiais, em 1957.
Vale lembrar que, antes da nacionalização, o modelo já era montado localmente. “Pesquisei durante anos, mas nunca consegui localizar uma foto do início da produção no Brasil”, comenta Gromow.
O Fusca ganhou a opção de teto solar em 1965: foi o primeiro nacional a oferecer esse item. A escotilha era feita de chapa, e não de vidro como atualmente, e tinha acionamento manual. A Volkswagen estava confiante nesse equipamento, que julgava ter tudo a ver com clima tropical do Brasil.
Mas o tiro saiu pela culatra, pois o modelo passou a ser conhecido como Cornowagen. Segundo o Best Cars, o apelido teria sido convenientemente criado pelo então gerente de marketing da Ford, John Garner, que rapidamente conseguiu espalhá-lo. Foi o bastante para fazer as vendas minguarem.
O título de carro mais vendido do Brasil pertenceu ao Fusca por longos 23 anos. O modelo assumiu essa posição já em 1959, quando foi nacionalizado, e por lá permaneceu até 1982.
No ano seguinte, o Fusca foi ultrapassado pelo Chevette, que, porém, seguiu no topo por pouco tempo. É que, entre 1984 e 1986, quem liderou o mercado nacional foi o Monza. Trata-se do único modelo sem proposta popular a realizar tal façanha até os dias de hoje. Após o tetracampeonato da Chevrolet, a Volkswagen voltaria a ter um ponteiro de vendas a partir de 1987: o Gol.
O sucesso de vendas, claro, teve reflexos na produção. O Volkswagen Fusca foi o primeiro veículo brasileiro a alcançar a marca de 1 milhão de unidades produzidas, já em 1969. Até hoje, é o quarto automóvel mais fabricado do país, como mostra um levantamento publicado pela revista AutoEsporte: cerca de 3,1 milhões de unidades saíram da planta de São Bernardo do Campo (SP).
Apenas Gol, Uno e Palio, na ordem, ultrapassaram essa marca. Todavia, vale lembrar que esses modelos tiveram diferentes gerações ao longo do tempo, enquanto o Fusca nacional sempre foi fiel ao mesmo projeto, recebendo apenas alterações pontuais.
O nome oficial, durante vários anos, foi Volkswagen Sedan. A palavra Fusca surgiu de maneira informal: a versão mais aceita é a de ela é uma corruptela de Volks. O fabricante só passou a adotá-lo de maneira oficial, com direito até a emblema na tampa traseira, só em 1984.
Em outros países, o veículo, do mesmo modo, recebeu diferentes apelidos. Alguns deles também passaram a ser utilizados pela marca alemã, como Beetle, que significa besouro.
Na década de 80, as vendas do Fusca começaram a declinar. Já bastante ultrapassado, ele passou a perder espaço para concorrentes mais atuais. A Volkswagen, então, optou por encerrar a produção e manter seu foco na linha Gol. A produção chegou ao fim em 1986. Para marcar a despedida, foi lançada uma edição especial, batizada de Última Série.
Entretanto, em 1993, algo que parecia ser impossível aconteceu: o Fusca voltou a ser produzido. Fato raríssimo na indústria mundial, ressurgiu exatamente como era antes, com o mesmo projeto.
A decisão da Volkswagen de recolocar o veículo do mercado atendeu a um pedido do então presidente Itamar Franco, que apostava nos modelos populares para alavancar o setor automotivo. Permaneceu no mercado, porém, por pouco tempo, e já em 1996 voltava a sair de linha. Naquele ano, foi lançada outra edição comemorativa: a Série Ouro.
Na virada do século, o Fusca já havia saído de linha duas vezes, mas ainda era produzido em um único país: o México. Por lá, a fabricação só foi encerrada em 2003, com a série especial Última Edición, limitada a 3.000 unidades. Dessas, algumas foram importadas oficialmente pela Volkswagen. Porém, em quantidade bastante reduzida: segundo Gromow, somente 15 veículos vieram para o Brasil.
Não que o Volkswagen Fusca tenha tido vida curta, mas um de seus derivados sobreviveu por ainda mais tempo. O veículo em questão é a Kombi, que só saiu de linha em 2013. Àquela altura, o Brasil era o único país que ainda a fabricava. O monovolume mantinha várias características comuns ao carro que lhe deu origem, entre as quais a distância entre-eixos (2,4 metros) e o motor traseiro.
Porém, é verdade que, no fim de 2005, um grande elo entre os dois modelos se rompeu: o motor boxer a ar foi substituído por um de quatro cilindros em linha, com refrigeração líquida.
Vídeo mostra a produção do Fusca na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP): assista!
Fotos: Volkswagen | Divulgação
👍 Curtiu? Apoie nosso trabalho seguindo nossas redes sociais e tenha acesso a conteúdos exclusivos. Não esqueça de comentar e compartilhar.
TikTok | YouTube | X |
Ah, e se você é fã dos áudios do Boris, acompanhe o AutoPapo no YouTube Podcasts:
Podcast - Ouviu na Rádio | AutoPapo Podcast |
Comprei um
.nao sabia ele tem ar quente . ta lindao.
.
Comum
em 1965 a fábrica aumentou as janelas, todas, coisa que nunca chegou aqui. suspensão, até o fim continuou sendo a de um jipe, para nós. fomos sempre um mercado de carroças e foi erro das montadoras não pensar que o que se fazia em nossas terras pudesse ser exportado, mais além do Iraque. ademais, ao contrário dos chineses, sucesso que ninguém contesta, não fizemos/fazemos joint venture como eles, que recebem pesados incentivos DO ESTADO! (até nas terras do capitalismo, em 2008, a GM foi “comprada” pelo estado yanque, voltando ao mercado, passada a crise.) FATOS.
Tenho o prazer de ser um pioneiro da Volkswagen no Brasil onde trabalhei de 1954 no Ipiranga até 1983 em São Bernardo do campo.
Sou apaixonado pelo fusquinha!!! E um sonho meu ter um, de preferencia vermelhinho!!!!!!!
Eu não tive o prazer de ter um Fusca ?
Mas e um sonho que tenho deis de pequena .
Quase comprei um tava todo ferrado mas eu não era habilitada .
Hoje eu queria que meu primeiro carro fosse um Fusca ?
Mas vou ficar na torcida quem sabe um dia vou conseguir
desculpe, não podia deixar passar, achei criativo: “deis de”
Prezados (as), leitores.
E
Esse sim podemos chamar de “MiTO”… por que até os dias de hoje. Podesse ver e encontrar essas raridades que circulam até hoje.
Tenho enorme prazer de sair com meu fuscmquinha 1964, pelas ruas do Rio de Janeiro. Onde sempre sou parado até mesmo pelas crianças que querem, tirar fotos e mexer.
Líder é lider…