Dieselgate: Nissan admite fraude em testes de emissões
Fabricante informou que descobriu falsificações nos índices de emissões enviados para o governo do Japão e promete tomar medidas cabíveis
Fabricante informou que descobriu falsificações nos índices de emissões enviados para o governo do Japão e promete tomar medidas cabíveis
A Nissan revelou, nesta segunda-feira (9), que os testes de emissões de poluentes da marca foram adulterados na grande maioria de suas fábricas no Japão. Sem anunciar o número de unidades com resultados comprometidos, a marca afirmou que 19 de seus modelos não estão em conformidade com as leis de emissão de gases e consumo de combustíveis do país.
O episódio é mais uma das revelações do dieselgate, processo que começou em setembro de 2015, quando a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) emitiu uma notificação de violação para o Grupo Volkswagen. O órgão havia descoberto, através de análises feitas pela Universidade de West Virginia, que a montadora vinha forjando os resultados de testes de emissão de veículos para mascarar os verdadeiros números.
Apenas uma linha de produção da Nissan no Japão, a Nissan Motor Kyushu, não está envolvida no escândalo. A fabricante, em comunicado, informou que está “proativamente fazendo uma checagem extensa de várias partes de sua operação”. Já que há algum tempo descobriu inconformidades no seu processo final de inspeção de veículos.
Em 2016, a japonesa já tinha sido multada pelo Ministério de Meio Ambiente da Coreia do Sul sob acusação de que teria manipulado dados dos testes de emissões de poluentes da versão a diesel do utilitário esportivo Qashqai.
Apenas o esportivo GT-R não se encaixa nos padrões falsificados. A Nissan anunciou, ainda, que tomará as medidas cabíveis para se posicionar em conformidade com as normas regentes e que continuará investigando os processos de sua organização.
Os resultados problemáticos enviados para o Ministério do Transporte do Japão são relacionados a “desempenhos dos testes de emissão de poluentes e economia de combustível” e “relatórios de inspeções”.
A fabricante explicou que o caso não afeta veículos exportados para países ocidentais, já que a distorção aconteceu apenas para os padrões aplicados para o mercado japonês.
A marca não e a primeira a se considerar culpada durante o escândalo do dieselgate. A Volkswagen já foi condenada culpada por fraudar os testes. Justiça francesa está investigando resultados entregues pela Renault.
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