Etilenoglicol, utilizado em aditivos, é diferente do dietilenoglicol

Substância utilizada em radiadores de automóveis é um composto químico distinto daquele que envenenou consumidores de Minas Gerais

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Por AutoPapo
Publicado em 16/01/2020 às 13h07
Atualizado em 16/01/2020 às 13h18

Morreu nesta quinta-feira, 16, a terceira vítima de envenenamento por dietilenoglicol em Minas Gerais. Muitos podem imaginar que a substância encontrada em cervejas Belorizontina, da marca Backer, é a mesma utilizada nos aditivos para radiador, o que não é verdade. Explicamos as semelhanças e diferenças entre o dietilenoglicol e o etilenoglicol.

De acordo com o químico e engenheiro químico Arnaldo Borges, o monoetilenoglicol (MOG), como pode ser chamado o etilenoglicol, e o dietilenoglicol (DEG) são polialcoóis tóxicos aos seres humanos.

Acontece que, pelas características das moléculas, a toxicidade do dietilenoglicol é maior que a do etilenoglicol, carecendo então de doses mínimas (mililitros) do produto para intoxicar seriamente o ser humano. “O dietilenoglicol é mais reativo que o mono”, explica o especialista.

“Ambos têm propriedade anticongelante, diminuindo o ponto de congelamento (ou fusão) da água, por isso são adicionados em sistemas de refrigeração em circuitos fechados, como os de carros e processos industriais”, acrescenta o químico.

A função do etilenoglicol nos carros

O aditivo para radiador reduz a temperatura de congelamento e eleva o ponto de ebulição da água. Assim, ela passa a ferver em temperatura mais alta. Além disso, o aditivo para radiador tem como função impedir que as galerias do motor sofram corrosão em decorrência do contato com a água.

Explicamos as semelhanças e diferenças entre etilenoglicol e dietilenoglicol. Substância de aditivos não é a mesma que envenenou mineiros.


Antônio Alexandre Ferreira Correia, engenheiro de produtos da Petrobras Distribuidora, explica que a água, mesmo tratada, tem cloro ou flúor, além de outros minerais. Esses elementos, quando entram em contato com as paredes metálicas do motor, sofrem reações químicas. O resultado é a formação de uma espécie de crosta ferruginosa, que dificulta a troca de calor entre o bloco e o fluido.

Outra finalidade do aditivo para radiador é lubrificar a bomba d’água do veículo. “A água é um bom refrigerante, mas um mau lubrificante”, diz Correia. Ao trabalhar por longos períodos sem lubrificação adequada, essa bomba costuma apresentar defeito e precisar de substituição. Se o fluido estiver contaminado por ferrugem, o desgaste é ainda maior.

O aditivo para radiador é etilenoglicol. Porém, os produtos têm fórmulas e propriedades distintas. Há, por exemplo, os orgânicos e os inorgânicos, que também se subdividem. Saber qual aditivo para radiador é o mais adequado ao seu carro é simples: basta consultar o manual.

“O proprietário deve sempre seguir a recomendação do fabricante do veículo”, afirma o engenheiro da Petrobras. Isso porque o motor é projetado para funcionar com um aditivo para radiador que tem determinadas características. Se o motorista altera a especificação, o desempenho do sistema de refrigeração também muda.

Foto Shuttertock | Reprodução

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1 Comentário
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amiga 12 de fevereiro de 2020

nao entendi

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