Fiat Uno, a história: Mille, era Palio e fim de produção
"Com nada menos que 3,7 milhões de carros fabricados nesse período de 29 anos, o Uno “botinha ortopédica” é um carro pra lá de respeitado"
"Com nada menos que 3,7 milhões de carros fabricados nesse período de 29 anos, o Uno “botinha ortopédica” é um carro pra lá de respeitado"
No começo da década de 90, o Uno passou por importantes alterações em sua motorização, fundamentais para sucesso no mercado nacional. Primeiro foi a chegada do Uno CSL 1.6 argentino, que já falamos na primeira parte da história do modelo, e mostrava ao mercado que, definitivamente, a versão quatro portas do popular da Fiat funcionava muito bem para o uso familiar, e abria o leque de consumidores para o então moderno e atual carrinho.
Além disso, depois da chegada do CSL 1.6, logo em seguida a versão esportiva 1.5R ganhou também o motor 1.6. Agora, o Uno esportivo bom de briga se tornava 1.6R com 84 cv com gasolina e 88 cv com álcool e quase 14 kgfm de torque, além, é claro de um reescalonamento do seu câmbio curto de 5 marchas. Era um carro mais ágil, bonito e refinado que seu antecessor, recebendo mais equipamentos e visual externo diferenciado.
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Mas, das grandes novidades do Uno para 1990, a maior, sem sombra de dúvidas, foi o lançamento do Uno Mille, que com o passar do tempo passou a ser chamado simplesmente de Mille, uma clara referência à capacidade cúbica do seu motor 1.0.
Foi nessa época, no governo Collor, que o país teve liberada a importação de carros e, ao mesmo tempo, uma redução de impostos federal e estadual para os carros que tivessem cilindrada de motor até 1000 cm³, ou 1.0 litro.
Esse incentivo governamental teve como principal objetivo o incremento das vendas da indústria automotiva brasileira, e o Uno Mille foi o primeiro carro nacional que gozava desse benefício fiscal.
Na época, o preço do carro dito popular era de até US$ 7 mil, o que corresponderia a cerca de R$ 36,5 mil atuais. Nem é preciso falar que o Mille vendeu como pão quente na padaria. O que a fábrica produzia, já saía dos seus pátios praticamente vendido
Se o Fiat já vendia bem com seus preços regulares de antes, naquele momento, ele se popularizou por completo. Além do preço acessível, o recém-lançado Uno 1.0 oferecia ao seu consumidor muita robustez e economia de combustível.
Seu motor, na realidade, era o antigo Fiasa 1.050 cm³ com cilindrada reduzida para os 994 cm³ do projeto original europeu, que havia sido aumentado para o lançamento no Brasil em 1984.
Como utilizava todo o conjunto mecânico dos modelos mais potentes, quando aplicados no motor 1.0, tornava o conjunto muito mais durável e resistente, mas pouco potente: eram contidos 48 cv e 7,4 mkgf de torque, apenas suficientes para a proposta do carrinho. Lembrando que ele também era totalmente simplificado em equipamentos, perdendo até mesmo itens como o retrovisor do lado direito e sistema de ventilação forçada, por exemplo.
Ainda nos primeiros anos da década de 90, as leis brasileiras se tornaram mais rígidas quanto à emissão de poluentes. Por isso, a partir daquele período, todos os carros nacionais passaram a utilizar catalisadores no sistema de escapamento, visando a redução da poluição e seguindo as normas da época.
O problema dos catalisadores é que, além de caros, eles reduziam a potência dos motores em virtude da restrição que causavam no sistema de escape. O Fiat Uno não fugiu à regra, e perdia potência em toda a sua linha, incluindo o fraco Mille, que era reduzido para 47 cv e cerca de 7 mkgf de torque.
As demais versões, S e CS, que utilizavam o 1.5 Fiasa, receberam injeção eletrônica monoponto para driblar o uso do catalisador, o que permitiu um ganho razoável em potência e torque.
E mais: o ano de 1991 não tinha só a adoção dos catalisadores no Uno, já que ele recebia sua primeira reestilização visual. Deixando de lado a frente popularmente conhecida como “alta”, ele adotava linhas mais delicadas e modernas com os faróis e grade estreitos, além de um novo para-choque dianteiro e capô.
A parte interna também tinha novidades, já que trocava os comandos do tipo satélite pelas tradicionais chaves de seta, além de receber mudanças no desenho geral do painel e novas padronagens de tecido dos bancos.
As mudanças foram pontuais, e tinham como único objetivo deixar o Uninho mais atraente e atual perante a concorrência.
Buscando os tais cavalos perdidos com o catalisador, a engenharia da Fiat trabalhou duro para ressuscitar a força que havia sido morta na busca pelas menores emissões de poluentes.
Ainda em 1992, já como modelo 1993, chegava o Mille Eletronic, que utilizava o que, na época, era um sofisticado sistema de ignição eletronicamente comandado com duas bobinas de alta potência.
Com acertos mais apurados no sistema carburado de alimentação e a novidade dessa sofisticada ignição eletrônica, o Mille Eletronic transformou-se no carro 1.0 mais potente em produção mundial, chegando a respeitados 56 cv de potência máxima e 8,2 mkgf de torque na variante movida a álcool. Para a época, eram resultados excepcionais mesmo que mundialmente.
E, claro, esse investimento em engenharia transformou-se em números positivíssimos de venda do Mille Eletronic, afinal o carro batia fácil todos os seus concorrentes brasileiros de motor 1000.
Em seguida, o sucesso era tão grande que a busca pela liderança de mercado motivou várias melhorias no Mille, que, nessa altura do campeonato, já havia abandonado o nome Uno. A Fiat buscava consumidores que queriam carros mais requintados, com direito a vidros dianteiros elétricos, ar-condicionado e quatro portas, por exemplo.
E tudo isso foi implementado como opcional no popular Mille, já que seu motor mais potente conseguia dar conta do recado de carregar um carro mais pesado. Alguns anos depois, esse Mille mais completo recebia o nome de ELX e se tornava uma versão definitiva, sendo um sucesso de vendas à parte na metade dos anos 90.
O esportivo 1.6R ainda era oferecido, apesar das suas vendas tímidas e focadas em um público consumidor de nicho. Em junho de 1993 era a vez dele receber injeção eletrônica de combustível multiponto (batizada de MPI), já um tanto atrasado com relação a seus rivais.
Compensando a demora, ele passava a ser o Uno mais potente já fabricado no Brasil até então, com 92 cv. Além disso, existiam também as versões com motor 1.5 Fiasa, que estavam posicionadas entre o Mille e o 1.6R, mesmo que a preferência do mercado recaísse quase que por completo sobre o popular 1000.
Mas, além do 1.6R, outro Uno esportivo estava para chegar, e assim foi, com o lendário Uno Turbo, lançado em meados de 1994. A nova versão esportiva do pequeno Fiat tinha como grande destaque o motor 1.4 superalimentado por uma turbina Garrett T2, que assim como o câmbio de 5 marchas, eram importados da Itália.
Na Europa, o Uno Turbo já existia desde 1983, na estreia do modelo por lá, e no GP do Brasil de Fórmula 1 de 1985, ocorrido no Rio de Janeiro, foram trazidas 80 unidades desse modelo italiano pela Fiat, para que fossem disponibilizados para as equipes de F1 e jornalistas de todo o mundo, que estavam em terras tupiniquins para cobrir as corridas do GP.
O curioso é que todos esses carros vieram já emplacados da Itália, mas 0 km, e assim trafegavam pelo Brasil até serem devolvidos ao seu país de origem quando o evento acabou.
Quase 10 anos depois, tínhamos o lançamento do nosso Uno Turbo, agora sim feito e destinado ao consumidor brasileiro, mas mantendo a consagrada mecânica europeia dos tais carros trazidos em 1985.
O esportivo nacional tinha, por aqui, 118 cv e pouco mais de 17 mkgf de torque, o que proporcionava uma aceleração de 0 a 100 km/h em 9,2 segundos e chegando aos 195 km/h de velocidade máxima.
Certamente, o Uno mais rápido e veloz em seus quase 30 anos de trajetória, e também o único que levava o estepe no porta-malas, por falta de espaço no cofre do motor.
No ano seguinte, em 1995, com o lançamento do Uno Turbo, a versão esportiva 1.6R ficou sem eira e nem beira, já que convivia com um “substituto” bem melhor.
Por isso, ele cedeu sua mecânica para uma versão mais sofisticada e luxuosa chamada apenas de 1.6 MPI, que, ao invés da esportividade, primava mais pelo bom conteúdo de série e requinte construtivo.
No mesmo ano, mais mudanças: o sucesso Mille recebia, pela primeira vez, injeção eletrônica de combustível (ainda monoponto, bem simples), aposentando o velho carburador em seu motor de 994 cm³. Além disso, houve alterações no nome de suas versões, que mudaram de Eletronic e ELX para I.E. (de Injeção Eletrônica) e EP (Extra Power, ou Potência Extra, por conta do novo sistema de alimentação), respectivamente.
O ano de 1996 foi marcante para o Uno e sua história no mercado nacional. Nesta data, mais precisamente em abril, marcou a chegada do Palio, o novo projeto de hatch popular da Fiat que vinha com a missão de substituir e melhorar o velho guerreiro Uninho, que já estava há praticamente 12 anos sem muitas mudanças.
O Palio chegou com pinta de quem ia dominar fácil o Uno, mas não foi bem assim: a “botinha ortopédica”, com suas inegáveis qualidades de espaço interno, bom desempenho, baixo custo de manutenção e, principalmente, economia de combustível, continuava a dar muito trabalho ao seu sucessor. Ambos também compartilhavam alguns componentes mecânicos.
Mas o guerreiro da Fiat nadava de braçada sobre o Palio quando se tratava da versão 1.0 e, principalmente, por seu preço muito mais atraente quando comparado com o irmão que acabava de chegar. Para quem pensou que o Uno estava com os dias contados, um grande engano: ele ainda ficaria no mercado por mais 17 anos, em que pese até o lançamento de uma nova geração em 2010 (que vale um outro texto para o futuro).
A chegada do Palio afetou bastante a linha de versões do Uno: saíam de cena as configurações mais caras, equipadas com motor 1.5 e 1.6, deixando esse espaço ao Palio. O Uno Turbo também se despediu aí, já com a queda do sucesso dos esportivos pequenos.
Na linha de frente, ficou apenas o valente Mille SX (Standart eXtra), que no ano seguinte viraria EX (Economic eXtra), equipado com o durável 1.0 Fiasa de 57 cv e bastante simplório nos itens de série, além da versão Furgão 1.5 Fiasa, destinada exclusivamente a empresas e vendas por CNPJ.
O uso do motor 1.5 no Furgão era para suprir o peso extra da carga que ele carregava como veículo de trabalho. Então, quando estava vazio, era conhecido pelo ótimo desempenho (a redução de peso interno era o principal motivo, já que ele não trazia bancos ou vidros traseiros).
Um ponto de destaque do Uno era, sem dúvidas, sua destacável robustez mecânica: o carrinho não sabia o que era visita ao mecânico, e quando necessitava de algum reparo, era rápido e barato de ser feito. Por essa fórmula de sucesso, percebe-se por que ele ficou em produção por mais quase duas décadas.
De 1998 até o final de 2000, o Uno continuou sua trajetória, sempre como um dos carros mais vendidos do mercado nacional, em que pese o fato do Palio já ter mostrado suas qualidades ao mercado, disputando palmo a palmo as vendas e as linhas de produção com seu irmão menor e mais antigo. O visual tanto interno quanto externo ainda era o mesmo de 1991, com mudanças em detalhes como calotas e emblemas.
Na linha 2001, a “botinha ortopédica” deu outro grande passo rumo à fidelização ainda maior do seu público consumidor. Estamos falando da chegada do então moderno motor Fire, que, para a surpresa de muitos, não tem seu significado do inglês fogo: é a sigla de Fully Integrated Robotized Engine (algo como Motor Totalmente Integrado Roboticamente, em referência ao processo de produção completamente automatizado e muito mais moderno).
Essa família Fire aposentou por completo os antigos e valentes Fiasa, que já estavam em produção desde os anos 70 com o lançamento do 147. Com o novo motor moderno, o Mille passou a ter 55 cv e 8,5 mkgf de torque, contra os 57 cv e 8,2 mkgf do Fiasa.
Em que pese a perda de 2 cv na potência máxima, o que poderia induzir a uma redução do desempenho do carrinho, um engano: o ganho de 0,3 mkgf no torque, principalmente nas médias e baixas rotações, deu ao Mille Fire uma boa dose de agilidade, e até mesmo uma considerável redução do consumo de combustível.
Com maior torque disponível nas menores rotações, o motorista exigia menos do acelerador, o que resultava em uma condução mais agradável e mais econômica. Esse era o resultado prático da adoção de um propulsor de concepção mais recente.
Para acompanhar as novidades sob o capô, o Mille recebia a primeira atualização estética em anos: a antiga grade aletada dava lugar a uma com abertura maior e visual mais arredondado, acompanhada do também novo emblema da Fiat. Além disso, a versão EX dava lugar à Smart (Inteligente em inglês, novamente aproveitando a onda do motor de produção automatizada).
Para quem está se perguntando, o Furgão continuava em linha e era o único que mantinha o 1.5 Fiasa. Isso só foi mudar em 2003, quando ele recebeu a variação 1.3 do Fire, com 65 cv e 11 mkgf de torque, ainda mais adequada à proposta do Uninho de trabalho.
Percebendo que a estratégia de fazer do Palio um sucessor do Uno não iria dar certo, a Fiat decidiu então aprimorar a “botinha ortopédica”. Em fevereiro de 2004, o modelo passou por uma reestilização completa da carroceria, que incluía novos faróis, grade dianteira, parachoques (com estranhos borrachões pretos para passar a impressão de robustez), retrovisores, tampa do porta-malas, lanternas, calotas e por aí vai.
O guerreiro Mille estava mais diferente do que nunca: enquanto a frente ganhava um aspecto mais atual (ou menos antiquado), a traseira inaugurava o novo lugar da placa de licença, que descia para o parachoque. E tudo isso era realçado com um interior revisto, agora adotando diversos componentes do próprio Palio.
Outra mudança estava na extinção da gama de versões do carrinho: agora existia apenas o Fiat Mille, nas carrocerias de duas ou quatro portas, sem níveis de acabamento como antes. A interessante oferta de equipamentos, como ar-condicionado, direção hidráulica e vidros dianteiros elétricos, por exemplo, permanecia, só que todos esses itens eram vendidos como opcionais separadamente. Uma estratégia de mercado simples para um carro simples.
Só que esse visual renovado não agradou muito ao fiel público consumidor do Mille, que provavelmente estava acostumado com aquelas linhas tradicionais de 1990. Para resolver isso, a Fiat providenciou mais algumas mudanças pontuais para a linha 2006, adotando nova grade dianteira e mexendo novamente nos parachoques (as partes mais criticadas após a reestilização de 2004).
Além disso, também na linha 2006 chegava outro enorme avanço para o modelo: a tecnologia flexfuel no motor 1.0 Fire, até então inédita na história do Uno. Agora, esse propulsor entregava bons 65 cv/66 cv de potência e 9,1 kgfm /9,2 kgfm de torque (gasolina/etanol), dando um fôlego extra ao carrinho.
Mas para quem pensa que esse seria o fim derradeiro do guerreiro da Fiat, um engano. Em meados de 2006, estreava a versão Way, com suspensão elevada em 4 cm, acabamentos plásticos espalhados pela carroceria e proposta aventureira. Na realidade, o Mille Way seria uma resposta ao então Novo VW Gol G4, que havia sido lançado há alguns meses e estava crescendo no ranking de vendas.
Lembrando que o know-how da Fiat com carros aventureiros já vinha desde a década de 90, com Fiorino Trekking e a pioneira Palio Weekend Adventure, dois precursores da onda dos fora-de-estrada “de mentirinha” que tanto cativou o consumidor brasileiro na década de 2000. Foi uma receita de sucesso, e essa versão passou a vender muito bem desde seu lançamento.
Nessa época, o Mille se gabava por ser o carro mais barato do Brasil, posto que foi tirado dele pelo chinês Effa M-100 em 2007. Mesmo assim, a briga pela pechincha era parelha entre os dois, já que, em algumas promoções e ofertas, o veterano Fiat voltava ao pódio. O baixo preço era mais do que justificado: com os custos de desenvolvimento totalmente pagos, ele ainda era bem despojado de equipamentos e tinha uma construção simples: não tinha mesmo como custar caro.
Em 2009 era hora de mais mudanças. Como a economia de combustível era um dos principais chamarizes do Mille, explorar melhor esse argumento era uma ótima forma de fazer as vendas crescerem ainda mais. Seguindo esses passos, tínhamos o novo Mille Economy, que passava a ser a versão de entrada do modelo, ficando abaixo da Way.
Com nova grade dianteira, calotas inéditas e um útil econômetro no painel de instrumentos, esse Mille Economy foi lançado com um propósito: se tornar o carro a combustão mais econômico do Brasil, ou o mais próximo disso que fosse possível. E ele tinha tudo para tal, já que o baixo consumo, peso contido e bom coeficiente aerodinâmico eram méritos que o Uno trazia de berço.
Mesmo depois de 25 anos, o bom e velho Uninho ainda batia recordes, superando vários rivais mais modernos e tecnológicos. Mas, mantendo-se inalterado pelos próximos quatro anos, a hora do merecido descanso do guerreiro da Fiat estava próxima.
A legislação brasileira determinava que, a partir de 1º de janeiro de 2014, todos os automóveis nacionais deveriam sair de fábrica com airbag duplo frontal e freios ABS. Esse era o pesadelo do Mille, que nunca havia recebido tais equipamentos. Para a Fiat, a adaptação desses itens no Uninho não valia a pena, já que seriam necessárias grandes alterações no projeto básico do carro, datado de 1983.
Mesmo assim, ele definitivamente não desapontava nas vendas: Em 2013, mais da metade dos Uno vendidos no Brasil eram Mille, então, se não fosse a lei da obrigatoriedade de airbag duplo e ABS, provavelmente o veterano da Fiat iria continuar figurando entre os mais vendidos ainda por um bom tempo (quem sabe, até hoje).
A despedida, em dezembro de 2013, foi pomposa e merecida, com direito até a uma série especial chamada de Grazie Mille (algo como “muito obrigado” em italiano), que foi limitada em 2 mil unidades e trazia todos os itens opcionais no modelo na época, como rodas de liga-leve, rádio AM/FM, direção hidráulica, ar-condicionado, vidros/travas elétricas e por aí vai.
A última unidade do Mille que deixou a linha de produção foi pintada na cor Verde Saquarema, exclusiva da versão dessa versão final, e hoje pertence ao acervo histórico da Fiat do Brasil.
Com nada menos que 3,7 milhões de carros fabricados nesse período de 29 anos, o Uno “botinha ortopédica” é um carro pra lá de respeitado e consagrado no mercado nacional, e seu sucesso e carisma nunca foram atingidos por nenhum outro modelo da Fiat, pelo menos por enquanto. Um carrinho lendário, que marcou de maneira estrondosa o mercado automotivo nacional.
Atual geração do Fiat Uno também vai sair de linha? Confira a análise de Boris Feldman!
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Tenho um Uno Mille 2012/2013 completo. Amo demais esse carrinho, não me dá nenhuma dor de cabeça. Amo meu guerreirinho!
Tenho um Mille ano 2004, modelo 2005, com 52.000km originais. Nunca me deixou na mão!Como não pretendo vendê -lo, Mandei pintá-lo na cor cinza mais escura. Era Cinza Scandium. É o carro mais barato que já tive, porém o melhor dos demais! (Tive Monza, Chevette, Brasília, Alpha Romeo, Kombi Corujinha, Fusca (muito bom, também!) e Escort (Uma bomba! O pior carro que já tive!). Este Uno jamais venderia. Com certeza, será o meu último carro!
…”e seu sucesso e carisma nunca foram atingidos por nenhum outro modelo da Fiat”… E nem será, por um único motivo: os modelos hoje são todos genéricos e sem personalidade! Não fazem mais carros para você amar, se apaixonar e se “relacionar” com eles; fazem modelos apenas para você usar e logo, logo trocar por uma outra novidade.
Tem um erro na matéria, na conversão para o valor que o mille teria atualmente. Na verdade, se considerar a inflação do dólar, ele custaria hoje 15,000 USD, o que equivaleira a 84,000 Reais
PASSEM NO NOSSO CANAL DO YOUTUBE, DICAS UNO MILLE.
Parabéns pela publicação, aprendi muito.
Realmente o Uno era muito robusto. Eu tive um Mille i.e. 96, tirado zero pelo meu pai e rodei 80 mil km sem precisar fazer nada, somente troca de correia dentada. Posição de dirigir era muito boa, excelente visibilidade e bom espaço interno e andava relativamente bem, pois era muito leve. O ponto fraco era o acabamento, bem inferior aos concorrentes, principalmente o Corsa da época.
tenho um uno prata 2012 2porta ar condicionado meu xodó 06anos comigo não me dá trabalho ????
Eu sei só acredito vendo se é sério isso
Tive um Uno Way Economy 2010 e fui muito feliz por quase 5 anos com ele antes de passar pra frente. Se um dia houver necessidade de ter um carro mais barato, não hesitaria em pegar um do mesmo modelo. Em economia de combustível e robustez não tem melhor.
Fabricantes da Fiat empliqui-me uma coisa qual o motivo de parar esse modelo quadrado da fiat, inclusive o way economy, amigos peço por vários adquirentes da marca fiat que volte para o mercado com um novo modelo para agradar nós que adoramos e amamos voces fabricantes pensem nessa possibilidade obrigado por estar feliz com essa grande marca abraço.
Tive um uno fire 2004 modelo 2005 gasolina. Muito econômico, a fiat e como o gol da volks nao podia parar.
Tenho um uno 2007 meu xodó!???
Eu também!!!
Um carro excelente custo beneficio, tive 1 e não me arrendi,hoje possuo um Siena Celebration, e estou muito feliz com a linha FIAT.
eu tenho 2009 acho que to de carro 0km mais quem. quer
Tive um entre 2007 e 2012, tirado zero e com 98.500 rodados. Carro simplesmente inquebrável. Nesse período só manutenção de rotina (conforme manual), 1 troca completa de pneus, 2 trocas de pastilhas (uma vez com disco junto). Esse carro é realmente guerreiro, pode bater que não abre o bico.
Há um erro na matéria. A versão Smart, de meados de 2000 a meados de 2001 possuía motor Fiasa e não o motor Fire. Ela precedeu o Mille Fire. Este lançado a partir de meados de 2001 já como linha 2002.
Esse uno é guerreiro kkk e por cima de tudo econômico