Dia de Finados: 10 carros que já se foram e merecem homenagens
No Dia dos Mortos, vamos relembrar gerações e versões emblemáticas de automóveis que deixaram saudades eternas
No Dia dos Mortos, vamos relembrar gerações e versões emblemáticas de automóveis que deixaram saudades eternas
Hoje vamos nos inspirar um pouco no Dia de Los Muertos celebrado no México. Enquanto no Brasil o 2 de novembro é uma data mais de reclusão e orações, no país latino-americano os que já se foram são motivo de festa. Então, por que não homenagear com alegria os carros que deixaram saudade?
Selecionamos gerações de modelos consagrados para esta homenagem póstuma. Como também versões inesquecíveis de carros que nos deixaram. Tentamos fazer de diferentes carrocerias e propostas, e claro muitos ficaram de fora.
Confira nossa lista de automóveis para relembrar no Dia dos Mortos. Quer sugerir outros carros? Manda nos comentários. Quem sabe a gente não celebra um segundo Dia dos Mortos.
VEJA TAMBÉM:
O hatch da Volkswagen por si só é um carro que merece homenagens eternas, mesmo quando sair de linha – o que está previsto para até 2024. Além de ser um campeão de vendas, com mais de 8 milhões de unidades produzidas desde 1980, o compacto teve gerações e versões inesquecíveis, entre elas a GTS.
A variante esportiva foi lançada em 1987 já com o face-lift da família Gol, que adotou faróis mais largos e para-choque envolvente, porém, com os detalhes que embalavam a sigla de Gran Turismo Sport.
O Gol GTS tinha frente 5 cm mais baixa, luzes de neblina e de longo alcance (faróis de milha) e acabamento escurecido no para-choque com frisos vermelhos. Na traseira, spoiler na tampa do porta-malas e, nas laterais, molduras nos para-lamas e rodas de liga-leve exclusivas, batizadas de “pingo d’água”. Na cabine, volante “quatro bolas” do Santana e bancos Recaro.
Mas o grande barato estava sob o capô. O Gol GTS era equipado com motor 1.8 com comando variável de válvulas e 99 cv – com direito à chamada no VAR. É que a política tributária da época contemplava alíquotas mais baixas para modelos cuja potência ficasse em dois dígitos.
Comenta-se que a versão mais braba do hatch na época chegava perto de 110 cv, mas a Volks só declarava esses tais 99 cv. Tanto que foi o esportivo braasileiro mais rápido do país (0 a 100 km/h em 10,8 segundos) até a chegada de outro Gol inesquecível, o GTI, em 1989.
Ter uma Ranger dessas nos anos 1990 era tirar onda de picapeiro muito antes de existir… onda de picapeiro. A versão Splash era diferentona e estilosa e começou a ser importada de forma independente dos Estados Unidos. Depois, a Ford acabou colocando-a no catálogo por um breve tempo.
Entre os diferenciais, caçamba step side, caixas de rodas mais volumosas na traseira e grade na cor da carroceria. Por falar nisso, a Ranger Splash tinha tonalidades bem chamativas, como amarelo e vermelho.
Ainda trazia para-choques envolventes, faróis retangulares com setas integradas e adesivos nas laterais e na traseira, além de rodas de liga-leve. O motor era o mesmo 3.0 V6 que equipava as Ranger topo de linha da época.
Na nossa lista de homenagem aos mortos não poderia faltar uma reverência ao Corolla. A nona geração do sedã médio (a segunda brasileira) foi lançada aqui em 2002 e deixou saudades. Apelidada de Corolla Brad Pitt – o ator foi garoto-propaganda do carro -, foi a “era” que consolidou o modelo da marca japonesa no mercado brasileiro.
Desde então, o Corolla passou a ocupar a liderança do segmento com bastante frequência. O sedã era vendido aqui com motores 1.6 16V de 110 cv e 1.8 16V de 136 cv. Esta geração teve uma variante com visual mais “esportivo” – a SE-G – e deu origem à station-wagon Fielder, também produzida em Indaiatuba (SP).
Onde um vai, o outro tem de estar também para evitar briga. E entre as tantas gerações do modelo da Honda para homenagear, não poderíamos deixar de fora o New Civic. Lançado em abril de 2006, ele quebrou paradigmas e o estilo sóbrio que ditava a categoria de médios.
Este Civic estreou ainda painel de instrumentos em dois níveis, controle de estabilidade para a topo de linha EXS e câmbio automático de cinco marchas, que trabalhava com o elogiado motor 1.8 16V. Foi o modelo da Honda que mais rivalizou com o Corolla na briga pela liderança do segmento.
Se o Opala já é imortal, imagine a sua variante SS. Hoje um clássico, o modelo foi lançado em 1971 para dar uma cara mais esportiva ao sedãzão. Vendido na carroceria cupê duas portas, a variante estreou o motor 4.1 de seis cilindros com 140 cv de potência, 0 a 100 km/h em 12 segundos e máxima de quase 170 km/h.
O carro também se valia de mecânica avançada para a época. Era equipada com freios a disco na dianteira e barra estabilizadora traseira. Além disso, o Opala SS se sobressaía no desenho com as faixas laterais e as rodas mais largas.
Dentro, abandonou a configuração com banco dianteiro inteiriço e alavanca do câmbio na coluna de direção. O volante tinha acabamento que imitava madeira e o painel vinha com conta-giros de série. Saudades…
Apesar de querido, o Opala foi um clássico problemático. Boris Feldman comenta:
Vendida entre 2008 e 2015, a minivan gigante deixou saudades na turma que curte um modelo familiar, confortável e equipado. Com 5,15 metros de comprimento e 3,07 m de entre-eixos, levava sete passageiros com muitas folgas e tem muita gente que prefere o monovolume usado a um SUV 0 km.
Ate porque a lista de itens de série é tão generosa quanto o espaço. Ar-condicionado automático trizona e com saídas para todas as filas de bancos, tampa do porta-malas com acionamento elétrico e sistema multimídia avançado (para a época). O motor é o V6 Pentastar de 283 cv.
Um dos primeiros modelos importados pela marca francesa para o Brasil na reabertura das importações nos anos 1990, o ZX deixou saudades. Vendido entre 1992 e 1997, é lembrado até hoje por suas linhas assinadas pelo estúdio Bertone. Capô e para-brisa inclinados, traseira empinada, predomínio de traços retos e os faróis retangulares davam um ar de esportividade ao carro.
O modelo começou importado da França na versão esportiva Volcane, com faróis de milha amarelos, frisos vermelhos nos para-choques e nas laterais, spoiler traseiro e rodas de liga leve com aros de 14”. O motor era o 1.9 de 125 cv – depois veio o 2.0 de 155 cv. Ainda teve versões Furio, Paris e a mais nervosa de todas, a Dakar – todas inesquecíveis.
Como não homenagear, no Dia dos Mortos, um dos primeiros esportivos nacionais realmente acessíveis? Esse foi o Uno 1.5R, lançado em 1987 para brigar com uma dupla enjoada: Ford Escort XR3 e VW Gol GTS. Só que a versão nervosa da botinha ortopédica não deixava barato, não.
Para transformar o Uno em um quase hot hatch, a Fiat pegou o 1.5 do Prêmio e fez aquelas mexidas típicas. Elevou a taxa de compressão, mexeu na carburação, tascou um comando de válvulas “esportivo” e aumentou o coletor de admissão. Desta forma, a potência, que era de 71 cv no sedã, saltou para 85 cv.
Ao mesmo tempo, o Uno 1.5R ganhou acerto mais firme da suspensão (independente nas quatro rodas), com molas mais rígidas e baixas, barra estabilizadora redimensionada e maior carga nos amortecedores. Com isso, cumpria o 0 a 100 km/h em cerca de 12 segundos.
No design, estilo arrojado e sem excessos. Destaque para os frisos laterais com o nome da versão, tampa do porta-malas na cor preta, faróis de neblina quadrados no para-choque inferior em acabamento escurecido e rodas de liga-leve.
O 206 será para sempre lembrado como o carro que quebrou paradigmas no segmento de compactos. Com design arrojado desenvolvido pelo estúdio Pininfarina, cheio de linhas angulosas e arredondadas, além de acabamento caprichado, o hatch da Peugeot marcou época e deixou saudades.
No Brasil, começou importado da França em 1999 para depois ser o primeiro modelo da marca a ser produzido em Porto Real (RJ), a partir de 2001. Teve motores 1.0 (de origem Renault), além de unidades 1.4 e 1.6 de oito e 16 válvulas, e variadas versões e séries limitadas. O sucesso foi tanto que deu até origem a uma station-wagon. O hatch foi reproduzido até 2009, quando deu lugar ao equivocado 207 brasileiro.
Com a proibição das importações em 1976, o 2300 reinou por muitos anos como referência de sedã de luxo nacional e não podia ficar de fora das celebrações pelo Dia dos Mortos. Feito na antiga fábrica da FNM em Duque de Caxias (RJ) a partir de 1974 – e depois sob o comando da Fiat – , foi o primeiro e único modelo da Alfa feito aqui.
Destacava-se não só pelo espaço e conforto, mas por outras inovações. Tinha freios a disco nas quatro rodas, cintos de segurança de três pontos e câmbio de cinco marchas. O motor 2.3 de 140 cv ainda ostentava comando duplo de válvulas.
Em 1976, a Fiat lançou o Alfa 2300 B com um banho de loja no carro. Painel com revestimento acolchoado, volante com regulagem de altura, tecido aveludado nos painéis das portas, pedais elevados e freio de estacionamento entre os bancos melhoraram ainda mais o ambiente interno. Merece homenagens eternas.
👍 Curtiu? Apoie nosso trabalho seguindo nossas redes sociais e tenha acesso a conteúdos exclusivos. Não esqueça de comentar e compartilhar.
TikTok | YouTube | X |
Ah, e se você é fã dos áudios do Boris, acompanhe o AutoPapo no YouTube Podcasts:
Podcast - Ouviu na Rádio | AutoPapo Podcast |
Faltou falar do cinto de segurança colorido do Uno 1.5R
E o saudoso Maverick?
Faltou o clássico Passat gts pointer
pra mim faltou o omega autraliano 3.8 v6 isso q é maquina boa
Pra mim faltaram os Dodge Dart e o Maverick
Peugeot 206 vai ser sempre lembrado sim de tão ruim que foi
Ruim deve ter sido vc como um mal proprietário de 206. Ou não fazia a manutenção ou comprou 206 sambado Tive vários, só alegria. Teria outro tranquilamente. Anos luz a frente de gol e Palio à época.
Faltou o Alfa JK .
Os Motores das Rangers com importação oficial XL e XLT eram 4.0 V6, não os 3.0 Conforme citado na matéria.
A Splash tinha o motor de menor cilindrada.
Esqueceram do Ford Corcel, xodó da classe média dos anos 70 e 80.
O Gol GTS não possuia comando de válvulas variável, ao contrário da afirmação conforme consta no início da reportagem.
Exato, o primeiro carro que eu conheço com o vvt é o Corolla Brad Pitt se não me engano. Gol com vvt acho que nem na Alemanha tem.
Bem lembrado a geração picapeira dos anos 90. Os boyzinhos tinham Ranger e S10, já que não tinha tanto dinheiro, o sonho mesmo era ter uma Saveiro mexida ou até mesmo uma picape Corsa que era bem estilosa.
Para mim faltou o Fiat Tempra
De fato… Não falar de Tempra é esquecer a tecnologia automotiva no Brasil.
Ainda é tempo de Tempra…