GNV: confira 10 dúvidas sobre instalação, vistorias, preço e mais!
Para fugir da alta da gasolina, a procura por instalação do kit disparou no país. Mas você sabe o que é preciso para rodar com gás natural veicular?
Para fugir da alta da gasolina, a procura por instalação do kit disparou no país. Mas você sabe o que é preciso para rodar com gás natural veicular?
A alta constante no preço da gasolina e do etanol tem feito muita gente apelar para o famoso kit gás. O Gás Natural Veicular (GNV) é geralmente bem mais em conta, de modo que a mudança para esse combustível tem crescido em vários estados. Só em São Paulo, nesses 10 primeiros meses de 2021, o número de pedidos de alteração para GNV, segundo o Detran/SP, aumentou 102% na comparação com o mesmo período do ano passado.
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Mas o uso do Gás Natural Veicular ainda desperta muitas dúvidas. Vale a pena? Pode explodir? O seguro fica mais caro? O carro perde potência? O AutoPapo reuniu respostas para as principais questões sobre carro com GNV. Confira.
O Gás Natural Veicular é um combustível alternativo para automóveis de passeio e alguns comerciais leves: proveniente da extração de petróleo e de certos minerais, é feito, grosso modo, por por metano. Além de ser ecologicamente correto – emite 65% menos de monóxido de carbono que a gasolina -, geralmente ele é mais barato que a gasosa.
Para se ter uma ideia, levantamento de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP), na semana de 7/11/2021 a 13/11/2021, revelou que o preço médio nacional do GNV estava em R$ 4,27 por m³, enquanto o litro da gasolina registrava R$ 6,75, o litro.
Ou seja, o gás estava, em média, 36% mais barato que o outro combustível fóssil. Fora o fato de que a autonomia do carro com GNV costuma ser, também em média, 30% maior que a do mesmo modelo rodando apenas na gasolina.
Tecnicamente, todo automóvel ou comercial leve com motor a combustão pode ser convertido para rodar com GNV. Porém, é preciso levar em consideração que o kit gás ocupa espaço, adiciona peso ao veículo e tira um pouco da potência do propulsor – como veremos a seguir.
Então, o ideal seria ter um carro com motor potente – para ter sobras – e com porta-malas grande. Importante lembrar que os kits da chamada quinta geração, com injeção eletrônica de gás natural, só são instalados em veículos fabricados depois de 2007.
Os preços variam de acordo com o modelo de kit. Os cilindros de 15 m³ da quinta geração – que prometem roubar menos potência do motor -, por exemplo, custam, em média, entre R$ 3,5 mil e R$ 5 mil no eixo Rio-São Paulo.
Já os sistemas de terceira geração são mais em conta. Com a mesma capacidade de 15 m³, os preços destes cilindros variam de R$ 2,5 mil a R$ 3 mil. Lembre-se que é preciso que a oficina credenciada junto ao Inmetro para fazer a conversão.
Sim, há todo um processo relativamente burocrático para fazer a instalação do kit – e depois Afinal, foi colocado um tipo de combustível que foge ao projeto original do carro. Ou seja, é preciso seguir o mesmo protocolo de alteração nas características do automóvel (como mudança de cor e blindagem), que demanda a emissão de novo Certificado de Registro de Veículo (CRV).
Em alguns estados, como São Paulo, deve-se solicitar autorização prévia junto ao Detran regional, por e-mail ou pelo próprio site do órgão. Nestes casos, os seguintes documentos deverão ser digitalizados e encaminhados:
Importante: se houver multas ou pendências de taxas e tributos elas terão de ser quitadas
Depois do kit instalado e com a conferência dos documentos na autorização prévia de alguns Detrans é preciso se encaminhar a um Organismo de Inspeção Acreditado (OIA) – ou Instituição Técnica Licenciada (ITL) – para validar o equipamento que foi colocado no automóvel. O serviço custa de R$ 180 a R$ 300, conforme a empresa.
Atenção, pois essas empresas precisam ter cadastro no Inmetro – a lista de OIAs credenciadas está disponível no site do instituto. Para fazer a vistoria e obter o Certificado de Segurança Veicular (CSV) junto a esses organismos, é necessário levar outros documentos:
Com o CSV em mãos basta solicitar ao Detran regional a alteração de características do seu veículo, que constará no novo CRV. Em boa parte dos Detrans, o serviço pode ser agendado pela internet, mas cada órgão estadual de trânsito tem seus requisitos e preços.
Em São Paulo, por exemplo, custa R$ 223,99 (se o licenciamento do ano em curso já tenha sido feito) ou R$ 322,90 (caso o licenciamento do ano em curso não tenha sido realizado). No Rio, a taxa (chamada de Duda) custa R$ 156,69.
A alteração no contrato do seguro auto também é necessária. Ao colocar o kit você agrega valor ao bem, assim como muda as características originais do veículo – que também pode ficar mais visado para roubos ou furtos. As apólices de carros com GNV costumam ficar de 5% a até 40% mais caras – varia de acordo com o modelo, ano, perfil do cliente, cobertura e seguradora.
Mas só dá para fazer isso com o kit já instalado em órgão credenciado junto ao Inmetro e já com o documento do carro alterado em mãos. O segurado que não fizer a regularização do automóvel junto à seguradora pode perder direito à cobertura em um eventual sinistro.
Sem dúvida, o kit GNV só vale para quem roda muito. Por exemplo, para quem instalou um kit GNV por R$ 4 mil e roda 5 mil km por mês, o retorno do investimento se dá em apenas dois meses – no caso de um hatch compacto. Já para quem roda mil quilômetros mensais com o mesmo veículo, esse prazo pode levar até 20 meses.
Lembre-se que o metro cúbico do gás natural veicular custa, geralmente, entre 30% e 50% menos que o litro da gasolina comum. E o combustível costuma render mais – principalmente se comparado ao etanol.
O Gás Natural Veicular é uma adaptação a um motor que não foi projetado para este combustível. Dependendo do tipo de kit GNV, o carro perde de 5% a 10% de potência. Além disso, o(s) cilindro(s) aumentam o peso do veículo, o que também compromete o desempenho do automóvel.
Alguns estados dão descontos para carros com GNV. O exemplo mais emblemático é o do Rio de Janeiro, onde a alíquota cai de 4% para 1,5% em cima do valor que consta na Tabela Fipe, quando o veículo for equipado com o kit gás. Isso pode representar 70% de economia na hora de pagar o tributo anual.
Antes de mais nada, é preciso manter as revisões preventivas do automóvel, de preferência a cada 10 mil km. Além disso, sempre mantenha um pouco de combustível (perto de ¼) no tanque – inclusive no tanquinho auxiliar de gasolina para partidas a frio.
Os sistemas mais modernos de GNV mantêm uma pequena injeção de combustível líquido contínua no conjunto, mesmo operando apenas no gás. Isso ajuda a manter o sistema de alimentação lubrificado e as válvulas limpas.
Para quem tem um kit mais “vellho”, sugere-se uma vez por semana rodar com gasolina ou etanol. A dica para ambos os casos é usar gasolina aditivada.
De qualquer forma, a recomendação é fazer a troca de algumas peças em intervalos menores. A substituição do filtro de ar, por exemplo, deve ser feita a cada 10 mil km rodados. Já as velas devem ser limpas a cada 5 mil km e trocadas a cada 15 mil/20 mil km.
Sim. Antes da renovação anual do documento do veículo, o dono do carro com GNV tem de fazer uma vistoria do kit instalado. Estas inspeções são feitas nos mesmos OIAs/ITLs que emitem o CSV.
O serviço faz a checagem dos cilindros e de outros componentes do carro com GNV, como suspensão, direção, freio, sistema de emissão de poluentes e parte elétrica. O custo da vistoria varia entre R$ 80 e R$ 150 nas cidades de São Paulo e do Rio, e o serviço leva de 1h a 1h30m.
Além disso, para a vistoria anual do GNV é preciso levar alguns documentos:
Fique atento porque os Detrans não aceitam laudos de empresas não autorizadas pelo Inmetro. Então, não esqueça de consultar a lista atualizada do órgão.
O que devo observar na instalação e manutenção do kit GNV?
Primeiramente, certificar- se de que a empresa responsável pela instalação tem boa reputação (dê aquela checada no site Reclame Aqui) e está cadastrada no site do Inmetro. Além disso, é preciso observar alguns detalhes do kit:
O Gás Natural Veicular é o único combustível que não pode ser adulterado. Isso porque a venda do combustível exige que o posto tenha um compressor, equipamento de alto custo que não permite – como diria o Bóris – picaretagens.
Entretanto, é comum ouvir de donos de carros com GNV que tal posto tem melhor pressão, ou que percebem que a quantidade máxima de gás injetado no cilindro varia de estabelecimento para estabelecimento.
Importante ressaltar que a quantidade maior ou menor de GNV injetado varia conforme a pressão com que trabalha o compressor. Por segurança, a ANP limitou tal pressão a 220 bar, número que pode ser observado pelo manômetro colocado no circuito do gás no momento do abastecimento.
O que alguns donos de postos fazem é aumentar essa pressão para faturar mais, o que põe em risco seus funcionários, clientes e o próprio estabelecimento, já que a pressão muito acima da permitida pode ocasionar explosões.
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Estou com um veículo que deu perda total por colisão, o GNV está vencido e deu restrição no documento, preciso tirar essa restrição para receber da seguradora e não tem como.o fazer a vistoria pq o carro não está andando. Alguém consegue me orientar?
Quando você instala o GNV no seu veículo o cilindro tem que ser novo? Pois coloquei um no meu carro e ele já vai vencer no ano que vem ,a imprensa ágil dentro da lei? Desde já eu agradeço a sua resposta.
O preço do Gnv no Paraná está muito alto entre 5,59 e 5,99 , o governo do Paraná disse que custa 3,80 , quem está mentindo ????? Mas mesmo assim continua um dos mais caros do Brasil . G1 Paraná foi questionado várias vezes da reportagem , mas não obtive nenhuma resposta .
Caro?vem pra Brasília tá 6,82 se não rodasse mais km no gás já era,e ngm instala mais também novos tá difícil esse gás
Eu tenho siena 2008 original GNV já veio de fábrica com esse kit quando vem de fábrica é bem diferente porque o motor já sai reparado para rodar com tal combustível,nunca caiu potência, desempenho nunca caiu e anda subestimado bem meu irmão foi com o carro BH de onde eu moro até lá da mais de 680 km inda e volta 1.360 km o carro foi tranquilo nao tem nenhum problema e nao caiu desempenho,agora quando o carro é passado para um combustível q ele não está preparado aí os problemas realmente acontece complicado,fora q carro original a GNV o meu ela faz 16km com litro muita economia agora carro passado para GNV eu já não vou de falar porq já não é original e sim transformado muda a história.eu gosto do carro com GNV.
Você sabe que a 3000 RPM (90 km/h) o siena tetrafuel passa para a gasolina, certo?
Essa viagem quase toda o carro fez na gasolina…
Eu tenho um 2015 tretafull ele faz 22 km com metro cúbicos de gás e passa dos 3000 rpm e não gasta uma gota de combustível líquido o sistema original não e igual do adaptado pois meu carro tem 9 bicos injetores 4 GNV mais 4 do combustível líquido mais 1 da partida a frio
Vistorias taxas reprovacoes manutençao etc etc nao compensa
Verdade. O combustível até que vale a pena, mas a burocracia é fora da realidade.
A única inspeção que deveria ser feita nos carros era uma checagem simples de vazamentos. A verdadeira inspeção deveria ser feita nos postos, que trabalham com 250 bar de pressão e chips de adulteração de volume nas bombas.
Não compensa mesmo.
Fora todas estas taxas , só vende se tira, e depois não passa no laudo cautelar porque furam a longarina. Desvaloriza o carro.
Olá tudo bem, ainda neste assunto gostaria de saber qual marca , modelo de veículos, já sai com motor de fabrica preparado para receber o kit gás,se o motor ao usar gás se diminuí a vida útil do motor.
Saíam de fábrica com GNV o astra multipower e o siena tetrafuel, ambos com GNV. Posteriormente também foi fabricado o grand siena com predisposição para GNV, que consistia em um cabeçote com assentos e guias mais robustos, além de outros detalhes. A princípio, qualquer carro preparado para usar etanol pode usar o GNV sem problemas, mas a qualidade do acerto feito no carro é de vital importância.
A Fiat lançou o grande Siena em 2021 preparado para receber o kit gás mas infelizmente pararam a fabricação do grande Siena e dos motores preparado porém tem os tretafull que já saiu com kit gás
Em quanto tempo eu morro a hora que essa coisa explodir?
Morre instantaneamente.
Para morre basta está vivo.
Muito mias fácil morrer de acidente, do que explosão de um kit gás devidamente regulamentado e vistoriado.
Trabalho com aplicativo, instalei gnv a 2,5 anos, na osasgás em São Paulo, na minha opinião a melhor, o carro nunca deu problema, já fiz 2 inspeções anuais e o carro foi aprovado sem problema.
Então é só instalar num lugar confiável que será só lucro.gasto menos da metade do que se estivesse rodando no álcool ou gasolina.
Eu não coloco GNV no meu veículo mas nem que a vaca tussa! Nem me pagando!!!
1º – custo: meu carango só paga taxa de lixo. Colocando GNV vou ter que pagar mais (pelo menos) R$200,00 de vistoria anual do GNV, fora reteste de cilindro a cada 5 anos. Sem contar que as peças compradas nas lojas custam um absurdo! Quando meu sogro tinha um CrossFox, precisou trocar a válcula do cilindro. Foram R$280,00 na época (5 anos atrás!)
2º – riscos: hoje em dia qualquer fundo de quintal está instalando GNV e, por mais que sejam credenciados, eu já vi como a maioria instala um kit. Já vi nego dando marretada com ponteira pra abrir um furo ao invés de utilizar uma simples broca de aço rápido + furadeira. Um absurdo. Então a confiabilidade da instalação vai por água abaixo
3º – riscos de danos ao motor: esse mesmo CrossFox que citei acima foi adquirido 0km em 2008. 1 ano depois foi realizada a instalação do GNV. Pelo fato de o GNV não realizar a queima total quando no ciclo (por isso acontecem backfires e a necessidade de utilização de variador de avanço), o veículo acaba trabalhando “fora de ponto”, que faz com que o motor trabalhe mais quente. Resultado do CrossFox acima: queimou junta de cabeçote e consequentemente avaria no mesmo, tendo que trocar o cabeçote completo do veículo. Um prejuízo à época de R$3.000,00.
4º – peso extra: como citado na matéria, o cilindro possui um peso considerável a se levar na mala. Somando-se os 5 passageiros + bagagem + cilindro, corre-se constantemente em uma viagem exceder o limite de peso para o qual o veículo foi originalmente projetado. Não adianta trocar somente as molas traseiras (quando o veículo as possui), o correto seria trocar todo o conjunto dianteiro também para reequilibrar a distribuição de peso entre os eixos. Imagina a carga extra que a suspensão dianteira está recebendo durante uma frenagem com veículo cheio e bagagem! E os pneus, que nem entram na conta, que também têm suas especificações e limites e que todos ignoram?
Sinceramente? Eu não coloco em meus veículos. É só atraso de vida ter GNV
Uso kit GNV a maís de 15 anos, nunca tive nenhum problema que vc relatou aí em cima. Nunca fiquei na mão por causa do GNV.
É só saber usar. E terá o mínimo de problemas. Concordo com vc. As pessoas querem milagre.
Eu também nunca tive problemas com o gás,pelo contrário só economia.
Teu medo é do teu carro desmontar com as marretadas kkkkkkkk
Concordo com voce Andre Rocha
Atestou o cuidado que seu suposto sogro tem com o carro referente a manutenção, pois no meu caso que rodo muito com o carro, foi muito bem vindo e nunca tive problemas, desde que faça as manutenções corretas.
Dicas bem completas e instrutivas!
No final pode-se concluir que tal “via sacra” só compensa mesmo pra quem trabalha dirigindo (não a toa que os taxistas são os clientes mais tradicionais do kit gás).
Inclusive porque, neste caso, é importante que o investimento se recupere em pouco tempo. Afinal, num país em que o etanol acompanha a gasolina dolarizada, todo cuidado é pouco.