Importações da Geely acabam oficialmente no Brasil
Fim do Inovar-Auto levou Grupo Gandini a preferir investir na marca sul-coreana Kia, abandonando operações da chinesa Geely
Fim do Inovar-Auto levou Grupo Gandini a preferir investir na marca sul-coreana Kia, abandonando operações da chinesa Geely
O Grupo Gandini finalizou oficialmente, na última quarta-feira (28), as importações da Geely. A empresa foi responsável pela venda dos veículos no Brasil entre 2014 e 2016. Segundo o grupo, a decisão foi de investir na Kia, marca sul-coreana que representa no país há 26 anos. Há possibilidades de que a chinesa passe a controlar as vendas diretamente.
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A Geely chegou ao Brasil em 2014 e vendeu 1.282 unidades até 2016, quando as operações foram suspensas. Agora, o Grupo Gandini anunciou que não retomará as importações da marca, que incluíam o sedã EC7 e o compacto GC2.
A decisão foi tomada em um momento propício para as importações, o fim do programa Inovar-Auto.
O conjunto de determinações do governo impunha a veículos importados uma taxa extra de 30 pontos percentuais no Imposto sobre Produto Industrializado (IPI). O encerramento do programa, no fim do ano passado, já levou a um aumento de 48% na importação de veículos.
Ainda assim, o Grupo Gandini avaliou que a Kia seria um investimento mais seguro, por ser uma “marca já consolidada no mercado brasileiro”. Também segundo os representantes da Geely, a interrupção da parceria é definitiva.
Enquanto isso, a Kia deverá receber um investimento de R$165 milhões neste ano, e tem uma meta de vendas de 20 mil unidades para o período, número que também tem em vista o fim do programa Inovar Auto.
Questionada pelo AutoPapo sobre a possibilidade de que venha a coordenar as vendas no mercado brasileiro de forma direta, a Geely informou que “muito provavelmente” o fará.
A última vez que a marca vendeu um veículo no país foi em abril de 2016. Tudo indica que o Grupo Gandini não alcançou suas expectativas com a Geely, marca da qual chegou a ter 26 concessionárias, apesar do baixo volume nas vendas e o curto período de atividade.
A possibilidade, entretanto, não é confirmada pela marca.
As importações da Geely foram iniciadas em janeiro de 2014, um ano após o Inovar-Auto ser implementado, tendo sido anunciado pelo governo em 2012. Segundo a marca, as regras do programa foram determinantes para o desempenho.
De acordo com a própria, “não havia mais possibilidade de sustentar uma operação deficitária”.
Apesar de as vendas da marca Geely nunca terem sido numerosas no Brasil, a corporação chinesa tem crescido nos últimos anos. Em 2010, a empresa adquiriu a sueca Volvo.
Em 2017, investiu na inglesa Lotus, da qual controla 51%. Já em fevereiro passado, Li Shufu, CEO da companhia, adquiriu 9.69% das ações da Daimler, se tornando o maior investidor da fabricante alemã.
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os ling ling estão tomando conta do mercado!!!