Eclipse Cross: visual ‘diferente’ quase ofusca motor turbo
Lançamento da Mitsubishi apresenta motor 1.5 turbo, muita tecnologia e design questionável; preços partem de R$ 150 mil
Lançamento da Mitsubishi apresenta motor 1.5 turbo, muita tecnologia e design questionável; preços partem de R$ 150 mil
O AutoPapo foi convidado para testar o Mitsubishi Eclipse Cross nas estradas do Rio Grande do Sul. Modelo chama atenção pelo bom desempenho e design “diferente”.
É a primeira vez que a fabricante adota o motor 1.5 turbo, de alumínio, mais leve e eficiente. Em entrevista, a equipe da Mitsubishi afirmou que estuda adotar o propulsor também nos SUVs ASX, que teve a linha 2019 apresentada recentemente, e Outlander. A opção 2.0 aspirada, oferecida em alguns países, não virá para o Brasil.
O 1.5 do Mitsubishi Eclipse Cross entrega 165 cavalos e 25,5 kgfm de torque a 1.800 rpm. Nos estradões de terra, essa força é bem aplicada e o carro responde com tranquilidade. Nas rodovias, a transmissão é bem ajustada, suave e mais rápida que as de outros câmbios CVT. A troca de marchas pode ser feita pelas alavancas das borboletas, mas elas são fixas, o que dificulta a passagem em curvas.
O Eclipse Cross 2019 vai de 0 a 100 km/h em 11 segundos e estabelece como velocidade máxima 195 km/h. As rodas do SUV são de liga leve e têm diâmetro de 18 polegadas.
Aproveito a deixa dos estradões para comentar a suspensão: independente, utiliza McPerson na frente e multi-link na traseira. É confortável e firme. Quase não transmite o impacto das ondulações do solo para os passageiros.
As configurações de altura e profundidade do volante, banco do motorista e as oito posições para os assentos traseiros garantem uma viagem confortável para os ocupantes do Eclipse Cross. Há também bastante espaço para as pernas.
Os bancos traseiros podem ser rebatidos e possuem trilhos (200 mm de deslizamento), aumentando a capacidade de carga de 473 para 1.197 litros.
O cinto para o terceiro ocupante, no entanto, é um problema. Ele é de três pontos e precisa ser fixado em dois encaixes pélvicos. A fivela do lado direito é muito próxima do lado esquerdo, fazendo com que o quinto passageiro fique com o corpo deslocado para a esquerda.
O interior do novo SUV da Mitsubishi tem bons encaixes e é forrado por materiais agradáveis ao toque. Nas portas traseiras, há presença de plástico.
O Multimídia de sete polegadas apresenta GPS offline, é interativo e bastante intuitivo. Apesar de suportar carregador no console central e na parte de trás, o Mitsubishi Eclipse Cross perde nesse quesito para o rival Jeep Compass, que possui tomadas.
Pela primeira vez a maca traz um modelo com tela auxiliar para o país, o head up display.
O ar-condicionado dual zone digital e os comandos elétricos e independentes das cortinas do teto solar são confortos a mais para os ocupantes.
O Eclipse Cross foi pensado para reavivar memórias do esportivo dos anos 80 com quem compartilha o nome. Para juntar linhas de cupê com a robustez dos SUVs, a marca resolveu inovar na traseira. O visual causa certa estranheza.
Confira, nas fotos, as linhas altas e os dois vidros traseiros.
A dianteira, por sua vez, carrega o DNA da fabricante e agrada os olhos. Como diferencial, a dianteira apresenta dois conjuntos ópticos. Todas as lanternas e faróis do Eclipse Cross são de LED.
O novo SUV da Mitsubishi conquistou cinco estrelas, a pontuação máxima, nos testes de impacto do Latin Ncap e do Euro Ncap. A sopa de letrinhas responsável pelos resultados está abaixo:
ABS; EBD; ESC; BAS; BOS (monitoramento dos pedais que privilegia o freio); HSA (assistente de partida em rampa); LDW (aviso de saída de faixa); FCM (sistema de frenagem autônoma); ACC (piloto automático); RCTA (aviso de tráfego traseiro) e BSW (aviso indicando obstáculos no ponto cego).
Os dispositivos funcionaram bem durantes os testes. Apenas uma motocicleta que estava próxima ao acostamento não foi identificada pelo Cruzeiro Adaptativo.
Ainda assim, existe um alerta para risco de capotagem no quebra sol do modelo.
O Programa Brasileiro de Etiquetagem do Inmetro está testando o Eclipse Cross. Os resultados devem ser apresentado nas primeiras semanas de outubro.
Durante os 300 km de testes rodamos em perímetro urbano, estradas de terra e rodovias. A média de gasolina consumida foi de 10.3 km/l.
O Mitsubishi Eclipse Cross apresenta duas configurações. A principal diferença entre elas é a tração, que pode ser 4×2 ou 4×4.
O sistema S-AWC, que dá nome à segunda versão, é uma tecnologia de controle dinâmico do veículo que lê instantaneamente os movimentos da carroceria, tanto na rolagem quanto numa frenagem e controla as acelerações, gerenciando a distribuição de força.
O modelo, posicionado entre ASX e Outlander, chegará às lojas em novembro, mas já está em pré-venda.
O Eclipse Cross 2019 possui, de comprimento, 4,4 metros. A largura é de 1,80 m e a altura 1,68 m. A distância entre-eixos é de 2,67 m. A altura do solo no novo SUV da Mitsubishi é de 20,2 centímetros e o tanque tem capacidade para 63 litros.
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