‘Derrapadas’ das montadoras ultrapassam a zona cinzenta da ética
Não é só no Brasil: no mundo inteiro os marqueteiros das fábricas de automóveis exageram ao exaltar as virtudes de seus carros
Não é só no Brasil: no mundo inteiro os marqueteiros das fábricas de automóveis exageram ao exaltar as virtudes de seus carros
O marketing das montadoras costuma abusar ao destacar vantagens e qualidades do automóvel e chega àquela perigosa zona cinzenta pouco ética. Às vezes, é mentira mesmo!
Quanto maior o haras, maior o entusiasmo do cliente. A Volkswagen, para colocar seu Golf GTI como o mais potente do Brasil e à frente do Honda Civic Si, não hesitou em declarar que produz 193 cv de potência. Mas se “esqueceu” de que obtida abastecendo com gasolina Podium, disponível em poucas regiões. Os 192 cavalos do Honda eram verdadeiros, e relinchavam mesmo com a gasolina comum.
O Grupo CAOA também não deixou por menos: anunciava 140 cv no Vagarost… (desculpe, Veloster), potência do modelo europeu. O motor do carro importado para o Brasil tinha apenas 128 cv.
Importante para quem viaja com bagagem. Como definir sua capacidade? Existe o padrão alemão (VDA) para medir seu volume,utilizado globalmente. Mas existe a “esperteza” da PSA (Peugeot-Citroën)de avaliar quantos litros de água ele comporta. Pode?
Capacidade de carga é importante numa picape. A Ford anunciava 700 kg na Pampa. Correto, só que ela se “esquecia” de descontar do total admissível o peso do motorista ao volante. Ou ela já era autônoma?
A BMW do Brasil poderia obter vantagens fiscais ao anunciar que a série 3 era flex. Só se “esqueceu” de avisar que o sistema Start/Stop não funcionava com etanol no tanque.
Todos os carros na pista tinham exatamente a mesma mecânica, assinada pela oficina do Giaffone, especializada em competições e usando componentes importados.
A Peugeot foi a única com suficiente cara-de-pau para declarar que “graças ao seu desempenho e resistência, o Peugeot 307 foi o campeão da etapa disputada domingo em Brasília”. Da marca francesa, nada além do logotipo afixado na grade. Sem comentários!
A GM queria completar a linha de seu caretíssimo sedã Vectra com um modelo esportivo. Não relutou em trazer um Astra hatch da Alemanha, equipado com motor e linhas mais esportivas e chamá-lo de Vectra GT. Uma bela escorregada ética pois não era nem Vectra e nem GT.
A recém-lançada picape Nissan Frontier se destaca por sua mecânica, resistência e suspensão. Não se entende, por isso, a necessidade de a marca japonesa aplicar uma enorme mentira e declarar ser sua suspensão traseira do tipo multibraços, ou “multi-link”.
Ela não tem braço nenhum nas rodas, sequer tem a suspensão independente, mas um baita eixo rígido ligando as rodas. E o pior: ela tem uma das melhores suspensões traseiras entre as picapes. Precisava?
A Fiat foi flagrada, no Brasil, enganando o Cetesb ao aferir emissões do Uno. A Volkswagen amargou repercussão internacional como escândalo do “Dieselgate”, também trambicando emissões durante os testes nos EUA.
A Mitsubishi colocou, nos EUA, várias picapes juntinhas, em paralelo. E botou um enorme big foot, uma daquelas monstruosas picapes passando por cima de todas. A única que não se achatou foi a Mitsubishi, uma super prova de resistência. Também pudera: era a única a ter um super-resistente santantônio (estrutura tubular) em seu interior…
Firestone e Ford romperam parceria centenária quando o SUV Explorer começou a capotar. A Ford acusou o pneu, a Firestone acusou a suspensão… E ninguém sabe até hoje quem mentia(mais…).
A FCA (Fiat-Chrysler) foi flagrada (e multada em U$ 10 milhões)no ano passado pela justiça norte-americana por divulgar dados inflados de suas vendas entre 2012 e 2016, enganando acionistas.
Grandes marcas da indústria automobilística foram flagradas negando necessidade de recall para fugir à responsabilidade de reparo em seus veículos que efetivamente colocavam vidas em risco e chegaram a provocar diversas vítimas fatais: o acelerador da Toyota, a trava de ignição da GM, os incêndios do Ford Pinto, fora diversos outros mundo afora.
Fotos Divulgação
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Outra mentira frequente é o consumo medido pelo computador de bordo. Tenho um Mobi drive e o consumo real é 10% maior q o indicado pelo sistema do carro.
Q tal uma matéria sobre isso? E talvez outros indicadores errados dos computadores de bordo?
Vocês toda razão comprei um ka free style automático quando peguei ele não tinha nada a ver considero uma compra enganosa. Comprei numa concessionária de Bauru. Quando você está comprando esse pessoal lhe trata como um xeique. Depois que lhe o veículo nossa: nunca lhe viram. Então pessoal você que pretende comprar carro;muito cuidado com as cortesias que lhe oferecem
Não tinha nada a ver o quê? Tu comprou pelo Avon? Veio outro carro? Ninguém entendeu…