Novo motor 1.3 turbo da Fiat/Jeep tem potência confirmada

Propulsor irá substituir os atuais 1.8 e 2.0 flex que equipam as linhas da Fiat e da Jeep; Compass será o primeiro modelo a recebê-lo

Motor GSE 1.3 Turbo
Motor 1.3 turbo tem quatro cilindros e sistema MultiAir (Foto: Leo Lara | Studio Cerri | Divulgação)
Por AutoPapo
Publicado em 10/03/2021 às 18h16
Atualizado em 11/08/2022 às 16h02

A Stellantis (grupo que controla a Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën) confirmou, nesta terça-feira (10), o início da produção de seu novo GSE Turbo na planta de Betim (MG).

Inicialmente, sairá da linha de produção o 1.3 turbo de quatro cilindros e injeção direta com potência confirmada de 180 cv e 27,5 kgfm de torque para a versão movida exclusivamente a gasolina. Ele também terá configuração flex, mas os números de desempenho não foram revelados.

VEJA TAMBÉM:

O primeiro carro do grupo que será lançado no Brasil com o novo motor turbo será o Jeep Compass reestilizado. Em breve, ele também irá equipar a Toro, que também passará por face lift. O novo motor 1.3  turbo substituirá o 2.0 flex no SUV e o 1.8 na picape.

Ainda em 2021, a fábrica terá expansão com novos investimentos adicionais da ordem de R$ 100 milhões e o início da produção do propulsor de três cilindros turbo.

Família de motores GSE Turbo

A nova família de motores GSE Turbo que começa a ser produzida na planta de Betim é composta pelos motores T3 (1.0l) e T4 (1.3l). O motor turbo da Fiat/Jeep tem a tecnologia MultiAir, um sistema eletro-hidráulico permite o controle totalmente flexível da duração e da elevação das válvulas de admissão, além do controle de carga do motor sem gerar perdas de bombeamento.

Ainda segundo a montadora, os motores da família GSE possuem tecnologias para reduzir o tempo de aquecimento do motor, diminuindo as emissões de gases e o consumo de combustível, especialmente em uso urbano (trajetos curtos).

O bloco de alumínio, além de reduzir o peso do propulsor, esquenta mais rápido pela menor resistência à condução de calor. Já o trocador de calor do óleo colabora para diminuir o tempo de aquecimento do motor, transferindo calor da água – que esquenta mais rápido – para o óleo, que, atingindo a temperatura ideal, reduz o atrito do motor. Por outro lado, o trocador também evita que o óleo esquente demais, o que, de acordo com a Fiat, traz confiabilidade ao conjunto.

Detalhes técnicos do novo motor turbo

A Stellantis informou que o novo motor turbo traz o sistema MultiAir III, com o controle das válvulas mais flexível. O novo perfil de came com pré-levantamento permite a abertura das válvulas de aspiração durante a fase de escapamento, visando à realização do EGR interno, com redução dos óxidos de nitrogênio e aumento da eficiência do motor na carga parcial.

Além disso, o perfil de levantamento da válvula de admissão do MultiAir III é mais extenso e possibilita gerenciar a taxa de compressão efetiva do motor, mantendo a tendência à detonação sob controle (independentemente do combustível utilizado).

Isso ocorre com o controle do atraso do fechamento da válvula de aspiração, o que reduz a pressão e a temperatura na câmera de combustão, controlando a detonação sem comprometer o avanço de ignição.

Assim, segundo comunicado do grupo, consegue-se mais eficiência de combustível nas condições de alta carga, quando se deseja desempenho do veículo.

Boris Feldman explica o que é detonação. Confira:

Sem correia dentada

O novo motor turbo da Fiat e Jeep tem turbocompressor de baixa inércia e volume de ar reduzido entre o compressor e o coletor de admissão para  uma resposta mais rápida do propulsor. O coletor de escapamento integrado reduz o turbo lag (tempo para que a turbina “entre em ação) e o tempo de aquecimento do motor e do catalisador.

Outros itens técnicos do motor 1.3 turbo: válvula wastegate eletrônica, termostato elétrico, comandado pela centralina, e corrente de distribuição silenciosa e for life (dispensa substituição).

Fotos: Leo Lara | Studio Cerri | Divulgação

Newsletter
Receba semanalmente notícias, dicas e conteúdos exclusivos que foram destaque no AutoPapo.

👍  Curtiu? Apoie nosso trabalho seguindo nossas redes sociais e tenha acesso a conteúdos exclusivos. Não esqueça de comentar e compartilhar.

TikTok TikTok YouTube YouTube Facebook Facebook X X Instagram Instagram

Ah, e se você é fã dos áudios do Boris, acompanhe o AutoPapo no YouTube Podcasts:

Podcast - Ouviu na Rádio Podcast - Ouviu na Rádio AutoPapo Podcast AutoPapo Podcast
11 Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Comentários com palavrões e ofensas não serão publicados. Se identificar algo que viole os termos de uso, denuncie.
Avatar
Rodrigo 30 de abril de 2021

Quem surpreenderá nesse ano? GSE 1.3(Fiat, jeep) ou TCE 1.3(nissan, merceds, Renault)?

Avatar
Luiz 23 de abril de 2021

Tenho um Virtus Highline 2019, que já está com mais de 60.000 km, e continua a rodar como quando era novo (forte e razoavelmente econômico), nunca me deu qualquer dor de cabeça. E, olha que não ando devagar!!! O que tenho visto a respeito dos motores turbo é que, por ter essa tecnologia (turbo), os dono “esmerilham” o motor, forçando-o o tempo todo com giros altos. Assim, não motor que aguente.

Avatar
Rodolfo 11 de março de 2021

Tomara que tenha a versão esportiva do Argo com esse motor 1.3-L – 4 cilindros – 180 CV.

Avatar
Sir.Alves 17 de abril de 2021

Poderia ate vir… mas aí o Argo iria custar absurdos… na casa dos 130mil, assim como o polo GTS…

Avatar
Samarone 11 de março de 2021

Se é exclusivamente a gasolina, me faz pensar que não seja para o nosso mercado.

Avatar
João 10 de março de 2021

Com o preço da gasolina melhor jogar isso fora e colocar um elétrico.

Avatar
Eduardo Olienick 10 de março de 2021

Realmente, o motor é impressionante. O que tem acontecido com os motores TSI da VW espero que não aconteça com esse motor Fiat. A inadequação dos motores com injeção direta tem marcado os motores da VW, com problemas na bomba de alta pressão e nos bicos injetores, devido ao uso do alcool. Como será lançado exclusivamente à gasolina, parece que desse mal ele não deve perecer, pelo menos no começo. E espero que treinem bem os mecânicos das concessionárias para que também não ocorra o problema que afetou os primeiros Fiat no Brasil, cujos motores eram mais avançados que a concorrencia, mas padeciam da falta de capacidade dos mecânicos acostumados com a simplória mecânica dos motores refrigerados a ar da VW na época.

Avatar
Lincoln 19 de março de 2021

O causador
De
Danos na bomba de alta e injetor. Não se da pelo uso de etanol. E sim excesso de água no combustível. Uso o meu TSI DESDE DE ZERO COM ETANOL DE
PROCEDÊNCIA E NADA DE PROBLEMA.

Avatar
Eduardo Olienick 19 de março de 2021

Pois é justamente a água que existe no alcool, a aparente causa dos problemas em motores TSI. Mas já ouvi falar de casos desses motores terem chegado a altas quilometragens. Mas é como a covid, você nunca sabe em quem e quando vai pegar com força. Dai surgiu a fama de motores (carros) de um único dono: não duram muito ou o custo depois de uns 60000 km os tornam proibitivos de serem mantidos. Uma andorinha não faz uma revoada de andorinhas, Lincoln.

Avatar
Ney Verdandi 10 de março de 2021

Tratam-se motores com tecnologias de ponta, que foram muito elogiados pela mídia automotiva da Europa e EUA. Além da alta eficiência energética, possui excelente desempenho, baixo consumo, robustez, baixa emissão de gases e foram projetados para receberem sistemas híbridos em um futuro próximo.
Pelo visto, a mídia que só sabe falar bem de VW, deve lançar as falácias de que o motor pega fogo, assim como fizeram com o Fiat Tipo e por último com o Novo Onix Turbo. Mas terão de se contentar em serem vistos apenas pelos retrovisores.

Avatar
Bruno 15 de março de 2021

Atualmente não ouço falar tanto sobre o TSI, mas sim sobre os da GM e o fato de ter pego fogo já foi superado, é um motor muito eficiente e que soube trabalhar bem a questão de não vir com injeção direta, o que vejo com bons olhos por reduzir o preço da manutenção futura. O THP já vejo como atrás dos demais pelos preços das peças de reposição, levantei alguns preços dos itens que mais apresentam problema, comparado ao TSI, e os valores foram praticamente 4x mais caros, por isso desisti da compra de C4 Lounge, que acho muito bonito. O TGDI da Hyundai que foi pouco falado, provavelmente vai ter os mesmos problemas do TSI, mas acho que irão aparecer em uma quilometragem maior. Acredito que o maior problema do TSI seja a queima das bobinas, algo que não é comum apenas aos motores turbo, já tive um Voyage e meu irmão um UP aspirado que precisamos trocar.

Avatar
Deixe um comentário