ONU quer que frenagem automática seja obrigatória a partir 2020
Um grupo de 40 países fechou acordo para adotar o equipamento em todos os veículos produzidos; Brasil ainda não se pronunciou a respeito
Um grupo de 40 países fechou acordo para adotar o equipamento em todos os veículos produzidos; Brasil ainda não se pronunciou a respeito
A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou, na última terça-feira (12), que 40 países – incluindo a União Europeia e o Japão – chegaram a um acordo e estipularam que todos os carros fabricados em seus territórios sejam equipados com frenagem automática de emergência.
O projeto inicial foi aprovado pelos especialistas da organização e será submetido ao Fórum Mundial, em junho. A ideia é que a exigência comece a valer no ano que vem, 2020. O objetivo da adoção da frenagem automática de emergência em todos os automóveis é diminuir o índice de acidentes e mortes no trânsito.
“(A obrigatoriedade) irá melhorar significativamente a segurança nas vias, especialmente nas cidades, onde apenas na União Europeia, mais de 9.500 fatalidades foram registradas em 2016”, disse a Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa, em comunicado. As informações foram publicadas pelo portal G1.
Segundo dados oficiais, estima-se que o Brasil gaste R$ 50 bilhões por ano com acidentes, e que ocorra uma média de 45 mil mortes no trânsito anualmente por aqui, o equivalente a 130 fatalidades por dia.
O Ministério da Infraestrutura ainda não se posicionou sobre a participação do Brasil no acordo sobre a exigência da frenagem automática de emergência, mas o país tem como característica negligenciar as questões relacionadas à segurança no trânsito.
“O Brasil, infelizmente, demorou um tempo bem mais moroso para se integrar a um compromisso junto à ONU e Organização Mundial da Saúde para reduzir pela metade as mortes no trânsito” declarou o ex-ministro das Cidades, Alexandre Baldy, em setembro de 2018.
Desde 2016, 20 montadoras chegaram a um acordo com o governo dos EUA para colocar a frenagem de emergência automática em todos os veículos novos até setembro de 2022.
Há tempos o AutoPapo chama atenção para o problema da segurança veicular no Brasil e da omissão do governo. Um exemplo de falha das autoridades noticiada é a questão dos recalls. No Brasil, o governo sabe do baixo índice de comparecimento às concessionárias mas não conseguiu, até hoje, se organizar sequer para fazer constar no prontuário do automóvel que ele não foi levado para recall.
Outra questão a ser lembrada: foram os uruguaios os responsáveis pelos carros brasileiros serem submetidos a testes de impacto lateral. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) só publicou uma portaria exigindo os testes laterais depois que o Latin NCAP testou os modelos mais vendidos no Brasil e os modelos receberam nota zero de segurança. Entenda melhor o caso.
Em novembro de 2017, o Contran publicou a Resolução nº 717, que previa um cronograma de estudos técnicos e regulamentação dos itens de segurança veicular. A frenagem automática de emergência está entre eles. De acordo com o documento, 18 meses é o tempo necessário para que o órgão estude e possivelmente proponha a obrigatoriedade do sistema de segurança.
O sistema de frenagem automática faz com que o automóvel interprete uma possível colisão – ou atropelamento – e avise o motorista. Caso o condutor não diminua a velocidade ou pare o carro, o veículo aplica uma frenagem pontual e abrupta, impedindo que o choque ocorra.
Isso só é possível porque sensores monitoram a proximidade de um pedestre ou objeto e acionam os freios automaticamente se houver riscos de uma colisão eminente.
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Interessante isso de freio automático… assim os lunáticos vão para de colar na minha traseira na estrada… na Europa quem cola na traseira é punido, já aqui…
*os lunáticos vão parar de colar…