Placa preta: confira os passos para certificar seu antigo
A moda dos veículos com mais de 30 anos exige certa originalidade e/ou certificação de inspeção do modelo para ser validada
A moda dos veículos com mais de 30 anos exige certa originalidade e/ou certificação de inspeção do modelo para ser validada
Carros antigos são a paixão de muitos fãs do segmento automobilístico e um grande sonho destes aficionados é a famigerada placa preta. Este item que pode parecer uma simples cor diferente no número de identificação na verdade é um símbolo do valor histórico do modelo e exige muitos trâmites e vistorias.
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Como dito, este emplacamento é um símbolo de valor histórico para os veículos que a portam.
É importante esclarecer também que este emplacamento é válido para todos os veículos que são normalmente emplacados no Brasil. É muito comum ouvir falar em carros de placa preta, mas motos, caminhões e outros também podem recebê-la.
Para colocar a placa preta, o veículo deve seguir as normas regidas pela Resolução Contran Nº 957, de 17 de maio de 2022. Nela são explicados todos os processos para tornar seu modelo um clássico.
A placa preta é destinada a veículos com, no mínimo, 30 anos de fabricação e alto grau de originalidade. O objetivo é preservar os carros antigos de intervenções que possam comprometer a originalidade e, consequentemente, o valor histórico.
A partir daí existem duas classificações para os antigos.
1º O veículo de coleção original deve preservar suas características de fabricação quanto à mecânica, carroceria, suspensão, aparência visual e estado de conservação, equipamentos de segurança, características de emissão de gases poluentes, ruído e demais itens condizentes com a tecnologia e cultura empregada à época de sua fabricação.
O regulamento do veículo placa preta original, está totalmente descrito no inciso primeiro do artigo segundo da resolução de 2022. Como dito no trecho que aponta as exigências do modelo, não existem preocupações quanto às novas leis de emissões poluentes, segurança e outros. O que os clássicos devem atender são todas as características que eram exigidas na época em que foram fabricados.
O mesmo artigo ainda define com precisão a classificação de um placa preta original
4º Os veículos de coleção são classificados em:
I – original: veículo que atingiu oitenta pontos ou mais das características originais de fabricação de um total de cem pontos, na avaliação das características originais de fabricação realizada nos termos do Anexo I;
Assim como o placa preta original, a categoria de modelos que não tem 80% ou mais de seus itens de série também podem ser classificados caso autorizados. O inciso quarto os define.
II – modificado: veículo que sofreu modificações, realizadas de acordo com regulamentação do CONTRAN e procedimentos estabelecidos pelo órgão máximo executivo de trânsito da União.
Caso o modelo cumpra os requisitos mínimos para se tornar um clássico oficial, o proprietário pode requisitar a placa preta para seu veículo.
O CVCOL é o documento que afirma o modelo como uma placa preta. Na prática basta que o veículo cumpra as exigências de modificação ou originalidade e, a partir daí, seja avaliado por uma entidade credenciada pelo órgão máximo executivo de trânsito da União. Estes credenciados muitas vezes são os clubes de antigos, associações de clássicos, ou vistoriadores.
Para os veículos modificados, é necessária inspeção para obtenção do Certificado de Segurança Veicular (CSV), antes da solicitação do CVCOL.
É importante lembrar que qualquer modificação destes veículos, durante inspeção ou após a licença para o novo emplacamento, deve ser autorizada, caso contrário o veículo se sujeita a perda do certificado.
Após toda a validação da documentação do carro que se tornará um clássico, basta se dirigir ao Detran com toda a documentação em mãos. Após a análise dos documentos, o órgão de trânsito emitirá a nova placa para o veículo.
A placa preta foi uma conquista importante para os colecionadores de carros antigos de todo o Brasil. Ela foi estabelecida em 1998, com a publicação da Resolução nº 56 do Contran.
Com o início da vigência do padrão Mercosul, os veículos de coleção perderam a placa preta: a chapa passou a usar caracteres cinzentos sobre um fundo branco. A mudança não agradou e ainda dificultou a identificação desses clássicos. Porém, o pedido dos antigomobilistas foi ouvido pelo Contran: carros antigos voltaram a ostentar a icônica placa preta desde 2022.
Vale esclarecer que a placa para carrtos antigos voltou a ser preta, mas passou a seguir o formato Mercosul. Desse modo, tem quatro letras, três números e tarja superior em azul, além das demais especificidades.
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