Douglas Mendonça 5.0: o primeiro 1.0 nacional que andava mais que 1.8

Douglas Mendonça testou de tudo, inclusive o primeiro carro popular nacional que chegou com tanto veneno que quase foi preciso tomar antídoto

uno mille 1990
Cavalheiro, o veterano jornalista "preservou a identidade" do carro, mas a gente colocou o retrato falado dele aqui (Fotos: Fiat | Divulgação)
Por Douglas Mendonça
Publicado em 26/10/2024 às 13h00

Foi no segundo semestre de 1990 que a indústria nacional recebeu uma verdadeira revolução: foi liberada a importação de carros, e os “populares” com motores de até 1.0 litro teriam uma sensível redução nos impostos, tudo para agitar o mercado automotivo brasileiro. Nesse contexto, todas as fábricas do país queriam sair bem na foto, com produtos modernos, econômicos e de ótimo desempenho. Esse era o objetivo: fazer com que o consumidor comprasse carros de performance limitada pensando que estavam sentados em uma verdadeira Ferrari.

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Nesse ponto, a primeira marca a lançar um modelo “mil” foi uma italiana, instalada em nosso parque industrial há pouco mais de uma década. O novo 1.0, lançado com alarde de ser o carro nacional mais barato da época (18% a menos que o segundo colocado), fazia com que o consumidor olhasse com carinho para aquele novo segmento de populares que estava surgindo.

uno mille 1990 divulg fiat
Com cerca de 800 kg e menos de 50 cv, o Uno Mille foi o primeiro 1.0 nacional devido ao fato de Fiat produzir o motor para exportação

A tal marca italiana já produzia o motor 1.0 para exportação e contava com o projeto do câmbio de quatro marchas (inclusive escalonamento), por isso, foi só juntar lé com cré, e o tal hatch “mil” já estaria pronto para ser vendido nas concessionárias. Mas, o tal motor não era “nenhuma Brastemp”: apesar da concepção moderna, com comando de válvulas no cabeçote, era alimentado por um carburador de corpo simples, o que lhe garantia potência inferior aos 50 cv, com torque que não ia além dos 7,5 kgfm.

Mesmo que o carrinho fosse bastante leve, menos de 800 kg, afinal era “pelado”, sabíamos que o desempenho não era seu forte. Ainda assim, além do preço, o foco estava no baixo consumo de combustível, já que ele se tornou o carro mais econômico do país logo que foi lançado.

Na época, eu era repórter da revista Quatro Rodas. Viajei até o local da fábrica da tal marca, fora do estado de São Paulo, onde o hatch popular me foi apresentado. Lá, ouvi um comentário interessante do então CEO da fábrica italiana: “faço um desafio a você: pode castigar esse carrinho o quanto quiser! Duvido que consiga quebrar alguma peça mecânica dele, é muito robusto. Só não vale bater em guias ou colidir com um poste!”, finalizou, rindo.

O primeiro 1.0 era “cianeto” puro

Avaliei na época o nosso primeiro 1.0 da “nova era”. Me pareceu bastante ágil para sua baixa potência, o que achei interessante. Cerca de um mês depois da tal viagem para conhecê-lo, recebemos uma unidade para teste completo. Logo levamos o “milzinho” para a pista, a fim de medir consumo, desempenho, frenagem, velocidade máxima e por aí vai. E esse carro que nos mandaram era um foguete! Como era possível, um 1.0 com menos de 50 cv, propiciar números de performance tão marcantes!

A partir dali, meu “desconfiômetro” passou a apitar no nível mais alto. Colhi os números de desempenho na pista, utilizando equipamentos eletrônicos caríssimos, de última geração na época. A Quatro Rodas tinha um “aparato” de testes tão bom quanto o das próprias fabricantes. De qualquer forma, na pista de testes em Limeira (SP), onde fazíamos todas as avaliações, o popular 1.0 conseguiu alcançar a velocidade máxima de um Ford Del Rey Ghia 1.6 e, na retomada de velocidade de 40 a 100 km/h, em última marcha, superou o resultado do Chevrolet Kaddet SL/E 1.8!

uno mille 1990 propaganda divulg fiat
Publicidade da época explicava porque o Mille custava quase 20% a menos que as demais versões do Uno

Alguma coisa não cheirava bem. E nessa altura do campeonato, eu sabia que a italianada tinha exagerado na dose do veneno naquele 1.0: ao invés de um “pequeno agrado” para que o carro mostrasse bons resultados nos nossos testes, passaram da conta, e quase o transformaram em um 1.6 ou 1.8, sem nada de popular.

Nesses casos, tínhamos como norma, dentro da revista, que, sem consultar a fábrica, desmontávamos motor, câmbio, seja lá o que fosse, para realizarmos uma inspeção técnica. E, de todos os carros testados, tínhamos o manual de manutenção completo, o mesmo utilizado nas concessionárias, com todas as informações para os mecânicos (como montar ou desmontar cada componente, número das peças, ilustrações e assim por diante).

Logo que voltamos da pista de testes, levamos aquele popular para a oficina que desmontava os carros de Longa Duração. Os técnicos foram minuciosos, seguindo todas as instruções do tal manual que tínhamos. No comando de válvulas, tudo de acordo, seja nas folgas ou número da peça. Os ressaltos dos cames, também. Fomos então medir a taxa de compressão daquele motor, para compará-la ao número oficial divulgado: 8,5:1, com tolerância de 0,2 para mais ou para menos.

Ou seja, eram toleráveis motores com até 8,7:1, ou com, pelo menos, 8,3:1. Algo totalmente normal nas mais diferentes marcas pelo mundo, vale falar, por conta das diferenças no processo de fundição e usinagem do cabeçote de cada motor. Mas, naquele carro do teste, encontramos…9,5:1!

Claro, essa taxa de compressão bem acima do normal, além de outras artimanhas encontradas (equalização do peso do conjunto pistões/biela, balanceamento dinâmico do virabrequim e volante do motor, vedação das válvulas de admissão e escape, equalização de câmaras de combustão e por aí vai) fizeram com que os 48 cv originais do motor de linha se transformassem facilmente em cerca de 60 cv. Número bastante “especial”, bem distante daqueles obtidos pelos carros normais de produção em série. O motivo era claro: iludir o leitor da revista, para que ele pensasse que o 1.0 popular era tão rápido quanto um 1.6 ou 1.8 das outras marcas.

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Uninho cedido à Quatro Rodas voava baixo e ainda era mais econômico graças a maior taxa de compressão, descoberta com a medição das peças móveis do motor

Também notamos diferenças positivas para o carro “envenenado” nas medições de consumo, embora menos gritantes que as de desempenho: ele bebia menos gasolina do que o normal, outra prova que ali havia algo errado.

Depois de constatarmos as “artimanhas”, documentamos e fotografamos tudo, sem esquecer de nenhum detalhe. Remontamos o carro e o devolvemos para a fabricante, alegando que aquele estava fora das especificações oficiais. Como resposta, conseguimos uma das desculpas mais esfarrapadas que ouvi em todos os meus anos de vida: nos informaram que o veículo em questão tinha caído nas nossas mãos por engano, e que aquele era um protótipo da engenharia que fazia testes de desempenho. E, por um acaso, justamente aquele 1.0 poderoso da engenharia tinha vindo parar nos testes da maior revista automotiva da época.

Não sei o que seria pior: confirmar que modificaram o motor para que o carro fosse bem nos testes, ou contar essa história do protótipo de engenharia entregue para a imprensa por engano. Os dois motivos são péssimos…

Tanto esses fatos são verdadeiros, que as unidades do tal carro 1.0 que recebemos para avaliações, comparativos e testes seguintes, eram muito mais lentas que aquela primeira: demoravam de quatro a cinco segundos a mais na prova de 0 a 100 km/h, e perdiam, pelo menos, 7 km/h de velocidade máxima. Esses sim eram carros normais, com desempenho real, igual aqueles que o consumidor encontrava nas concessionárias. Aquela primeira unidade testada tinha muito veneno, de fato.

fiat uno mille
Uno Mille “voador” foi devolvido para a fábrica e outro (sem veneno) foi enviado para finalmente ser avaliado

Mas, você leitor, agora deve estar se perguntando: por que então não envenenar todos os carros de produção, para que eles fiquem tão bons quanto aquele testado? Na realidade, numa fábrica onde se produz mais de mil carros por dia, é humanamente impossível escolher peças e montar motores só com o que há de melhor. Eles custariam caríssimo, e a fábrica perderia muito. Por isso, nas linhas de montagens existem tolerâncias, para mais ou para menos, em todo o processo de produção.

As fábricas, de certa forma, trabalham de maneira aleatória com esses números de tolerância. Isso explica o motivo de às vezes existirem dois carros idênticos, com mesmo motor, câmbio, peso, potência e torque declarados, só que um é mais ágil e bom de guiar que o outro. Assim como nós humanos, é difícil encontrar dois carros 100% iguais: eles sempre vão mudar alguma coisinha, seja nos milímetros de vãos pela carroceria, numa taxa de compressão do motor, ou no peso de um conjunto pistões/bielas.

É como você comparar os engenheiros que saem de uma mesma sala de aula: todos cursaram a mesma coisa, alguns serão excepcionalmente bons, a maioria mediana e um ou outro, péssimo. Assim são os motores, mas não vale exagerar no veneno!

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23 Comentários
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Janos Markus 29 de outubro de 2024

Seria interessante detalhar essa receita de bolo. Ainda existem muitos motores fiasa rodando por aí.

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Polvo 29 de outubro de 2024

Excelente matéria! Eu lia muito a Quatro Rodas nessa época. Lembrei do Monza que a revista testou nos 50 mil km onde aparentemente o motor havia sido retificado em segredo pela GM, algo assim. Sobre o Uno e o carro popular com motor 1000cm3 eu acho que teve um lobby muito forte da Fiat na definição dessa cilindrada, pois como foi dito na matéria, a Fiat já tinha o carro pronto e saiu em grande vantagem. Quem teve carro mil nessa época sabe o quanto esses carros eram ruim de andar, desempenho totalmente inadequado para carregar quatro pessoas. Talvez o ideal seria uma capacidade de 1,2 ou 1,3 litro. Enfim, a Fiat conseguiu vender a ideia os milzinho estão aí até hoje.

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Marcon dos santo 29 de outubro de 2024

Eu, tenho que aprender esses exames do carro desmonta ! Tudo analiza percas por percas show! Muito bom !! Fala do produto e saber sobre ! Top demais assim nos ficamos mais atento nas aquisao do bem!!

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Morcego 29 de outubro de 2024

Viajei muito com um Mille Fire sempre abastecido com etanol, pense num carrinho andador. Na BR101 próx. a Criciúma, quando ainda estava sendo duplicada, dava 180 km/h no plano.

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jose Augusto Alves cardoso 28 de outubro de 2024

Quanto custa um uno elx hoje

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Itamar Suckow 28 de outubro de 2024

Provavelmente naquela época muitos dos testes da 4rodas foram maquiados. Em meados de 1976 foram comparados Maverick V8, Dodge Charge RT e Opala 250S. Os números obtidos pelo Opala nunca mais foram replicados em todos os outros testes efetuados. Depois desse ano o Opala voltou a apresentar seu desempenho normal, o Maveco foi descontinuado e o Dodge “amansado”. Mas o relato ficou. Tem gente que não viveu aquela época e que afirma até hoje, de gorma insana,ue o Opala batia o V8.

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Cicero3 28 de outubro de 2024

Tive um uno Mille ET 1995, por 10 anos. Nunca havia feito revisão no motor nem na suspensão. Só troquei o disco de embreagem.

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Eric Rosa 28 de outubro de 2024

O Uno jamais deveria ser descontinuado mas sim melhorado com um câmbio automático, alguma multimídia, sensores de ré, farol melhor e direcioná-lo para frotistas, empresas. Era muito melhor que fusca, Gol, Corsa etc. Pra vendedores não havia melhor. Se fosse diretor da Fiat decidiria voltar com ele.

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Bruno 27 de outubro de 2024

Poxa, que matéria agradável!
Eu sou do final dos anos 80 e tive o privilégio de de gastar parte da minha infância lendo as matérias da quatro rodas e afins durante esse tempo e matérias, ou boas histórias como essa, foram se perdendo ao longo do tempo pela mudança da dinâmica da mídia e redes sociais.
Douglas, escrava outras assim, certamente vou ‘seguir’ sua coluna.
Abs
Bruno

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Santiago 29 de outubro de 2024

Sim! A Quatro Rodas era excelente de se ler, inclusive porquê havia uma grande variedade de modelos.
Mesmo que na época eu não tivesse grana nem pra sonhar em comprar um automóvel, eu não deixava de ler.
Nos dias de hoje a qualidade da Revista continua tecnicamente muito boa. Porém o conteúdo, por ter de acompanhar aquilio que há no mercado, está cada vez mais sem graça: Elétricos à bateria, Suvs-fake, e vez por outra super carrões pra milionários. Sinal dos tempos.

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Ricardouiz Torelli 27 de outubro de 2024

Uno 1.0L andando mais que carro com motor 1.8L. Que mentira

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Alex Sandro Gomes da Silva 27 de outubro de 2024

Isso sem citar o Mille ELX
Toda essa engenharia foi parar nele..
Lembram o primeiro popular nacional
Com ar condicionado ,trava vidros elétricos, limpador e desembaçador do vidro traseiro e outros mimos mais que na época era luxo
Sem contar as quatro portas começou a reposição do país,
E acredito eu acho que tinha como opcional roda de liga leve direção hidráulica
Eu morava no interior de São Paulo esse carro foi a sensação tanto quanto era o Opel Chevrolet GM Ômega, Vectra Corsa e afins

Não me esqueço nunca como esse carro andava andava com ômega GTI

Logo veio o processo da Fiat
Mas aquele momento ela conseguiu revolucionar um projeto dos anos

O maior chefe minha estava voltando para o namorado dela para o interior de São Paulo ela passou pelo radar e nem viu quando chegou no posto policial na Raposo Tavares próximo de Sorocaba
Aonde a a senhora vai com essa pressa
Ela respondeu para o policial mas eu não tava correndo é um carro meu
Ele só respondeu para ela você passou lá atrás a 172 por hora
Ela não sabia nem onde enfiar a cara
Mas ficou só pela advertência

Uno Mille ELX
0 o melhor de todos

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Miguel Dubek 27 de outubro de 2024

A Fiat entrou no Brasil para revolucionar a fábrica de auto, está em primeiro porque tem os melhores autos do Brasil, América latina e do planeta terra 🌎🌍

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Victor Hugo 27 de outubro de 2024

O mais irônico sobre o texto ao alegar que os consumidores
ficariam ” pensando que estavam sentados em uma verdadeira Ferrari “, é que esse motor Fiasa era mesmo um projeto da Ferrari… Foi sufocado pra contenção de custos mas de fato andaria muito se seguisse as especificações originais que iriam usar na Ferrarina…

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Silvio Torres 27 de outubro de 2024

Interessante, mas tempos depois o uninho virou realmente um foquetinho, tanto que tem dono de ferrari que tem menos temor de um porche na traseira do quê um uno com escada no teto.

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Cláudio Ferreira 27 de outubro de 2024

Excelente artigo, mostrou a competência e compromisso da revista com a verdade e respeito a seus leitores, e o desrespeito da montadora aos consumidores brasileiros.

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Carlos gara junior 27 de outubro de 2024

Parabéns…mesmo assim um dia pedi aos meus dois filhos que fosse. De SP a Uberlândia MG para pegar umas chaves urgente..já que eu estava em viagem..irresponsáveis naquela época me confidenciaram que o ponteiro do velocímetro bateu no 180 km ..nas baixadas da anhanguera..fiquei bravo , mas como passou tudo ok…mas uma coisa ficou claro carrinho forte e andou muito..abc.

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Valtemir batista do nascimento 27 de outubro de 2024

Ótima reportagem, foram corretos na honestidade, deve ter dado um trabalho danado pra achar as modificações desonestas por parte da Fiat, fizeram feiúra, o uno original ainda hoje é super procurado não precisava mexer pra ter resultados nas vendas !

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Fábio 27 de outubro de 2024

Muito bom esse artigo, texto e tudo

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Arlindo Junior 27 de outubro de 2024

Realmente isso é mais que possível. Eu comprei um Mille zero na época, que andava muito mais que os outros e veio com um painel de instrumentos mais completo e um adendo ao Manila sobre o painel. Realmente o meu Mille branco pé de boi era um foguetinho Ganhou rodas de liga leve, pneus 165, retrovisores com controle interno em ambos os lados (só vinha com retrovidor no lado esquerdo) e apoio de cabeça. Ficou bem bacana! Bons momentos com o meu foguetinho de 4 marchas!

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Marcos 27 de outubro de 2024

De fato no quesito resistência era incomparável, principalmente as suspensões. A economia era boa.
Tive um uno 1992, no manual estava descrição de 46 CV, o meu fazia 11 km/l na cidade. Obrigado por sua explanação e resultado da investigação. Abraços e sucesso.

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Marcos 27 de outubro de 2024

Especialmente qual ano e qual o modelo desse carro saiu com esse motor mais forte

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Jooj 27 de outubro de 2024

Leia a matéria novamente até entender. Pelo amor de Deus !

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