Renault lança Captur para disputar as vendas no concorrido segmento dos utilitários-esportivos compactos até R$ 80 mi
A Renault lançou o primeiro modelo da trinca prometida desde o ano passado, que objetiva renovar o portfólio da marca francesa no Brasil. O Captur é um SUV compacto que chega para disputar mercado com os campeões de venda Honda HR-V e Jeep Renegade, além do recém-lançado Hyundai Creta. O concorrido segmento dos utilitários-esportivos tem ainda Chevrolet Tracker, Nissan Kicks, Peugeot 2008 e em breve o renovado Ford EcoSport.
São duas versões produzidas na fábrica paranaense da Renault, com o motor 1.6 (120cv) e 2.0 (148cv). A primeira parte de R$ 78,9 mil e a segunda de R$ 84,5 mil, valores competitivos quando comparados à concorrência. O SUV tem um design típico, que destoa das linhas mais angulosas dos rivais, que almejam passar robustez. Com grande área envidraçada e arestas curvas, o Captur é um indefectível adepto das linhas dos carros franceses.
O design é fruto da parceria do escritório francês com o Renault Design América Latina, localizado em São Paulo. Na dianteira, destaque para as luzes diurnas de LED, que formam a letra C ao redor dos faróis de neblina. As rodas são de 17”, com duas opções de desenhos, e, na traseira, a moldura da ponteira do escapamento cromada é o charme. É possível escolher a pintura saia e blusa, chamada de biton pela Renault, que custa R$ 1,4 mil como opcional.
Vale destacar, entretanto, que a plataforma, os motores, o sistema multimídia e boa parte da suspensão são os mesmos do Duster. O modelo com motor 1.6 é oferecido em três versões: uma com câmbio manual e duas com o câmbio CVT, sendo que as últimas só chegam ao mercado no segundo semestre. Já o 2.0 é equipado com o câmbio automático de quatro marchas. Todas as versões são equipadas, de série, com controles eletrônicos de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampas, chave cartão, retrovisores elétricos rebatíveis e quatro airbags.
As medidas do Captur são boas para o segmento: 4,33m de comprimento e 2,67m de entre-eixos, que permite três pessoas no banco traseiro com razoável conforto. A Renault faz questão de frisar a altura do solo do modelo, 21,2cm, que deixa o motorista em uma posição elevada, o que transmite confiança no trânsito cotidiano. A capacidade do porta-malas é de 437 litros, mesma capacidade do Honda HR-V e bem maior que o Jeep Renegade (260 litros).
O Media Nav, equipamento de infotenimento, é disponível em todas as versões com tela touch de 7”, com GPS integrado, bluetooth e câmera de ré, com comandos disponíveis também no volante. A direção, aliás, é eletro-hidráulica, com necessidade de assistência determinada com base na velocidade do veículo.
Além do controle eletrônico de estabilidade (ESP) há também o controle eletrônico de tração (ASR) como equipamento de série em todas as versões. São quatro airbags (dois frontais e dois laterais) de série e sistema de fixação ISOFIX para duas cadeirinhas infantis no banco traseiro. Luzes de rodagem diurna LED (DRL), freios ABS, auxílio de frenagem de emergência (AFU) e distribuição eletrônica de frenagem (EBD) também são itens de segurança de série em todas as versões.
O motor 1.6 16V Sce, lançado no final do ano passado, oferece 120cv a 5.500 rpm, quando abastecido com etanol, e 118cv a 5.500 rpm com gasolina, sendo que 90% do torque do motor é oferecido a 2.000 rpm. Já o 2.0 16V tem 148 cv a 5.750 rpm quando abastecido com etanol e 143 cv a 5.750 rpm quando abastecido com gasolina. O torque é de 20,9 kgfm a 4.000 rpm, quando abastecido com etanol, e 20,2 kgfm a 4.000 rpm com gasolina.
De acordo com os testes do Inmetro, o consumo do modelo equipado com motor 1.6 é de 10,9 km/l (gasolina) e 7,6 km/l (etanol) em trajetos urbanos. Na estrada, os resultados são: 8,0 km/l (etanol) e 11,3 km/l (gasolina). No 2.0, o consumo na cidade é: 6,2 km/l (etanol) e 8,8 km/l (gasolina). Na estrada: 7,3 km/l (etanol) e 10,8 km/l (gasolina).
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