Renault Kwid Zen 0 km ou Fiat Mobi Way On 2017
No duelo de baixinhos ‘low cost’, veja qual mais prático para te atender no dia dia; ambos estão na faixa de preço de R$ 35 mil a R$ 38 mil
No duelo de baixinhos ‘low cost’, veja qual mais prático para te atender no dia dia; ambos estão na faixa de preço de R$ 35 mil a R$ 38 mil
Eles chegaram recentemente com a proposta de serem de baixo custo e para quem está atrás do primeiro carro – ou que quer praticidade no dia dia das grandes cidades. Kwid e Mobi fazem justamente de suas dimensões enxutas e da economia as razões de compra. Só confira e compare se vale a pena ter o subcompacto da Renault 0 km ou o pequenino rival da Fiat, um pouco mais equipado só que com um ano de uso.
Renault Kwid | Fiat Mobi |
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3 ★★★☆☆ | 2 ★★☆☆☆ |
Vamos combinar que esse não é o forte de nenhum dos dois. O três cilindros 12V do Renault Kwid se sai melhor nas arrancadas, com mais agilidade nas primeiras relações do câmbio manual de cinco marchas, bem escalonado e com engates firmes – porém, pouco precisos. Mas é preciso sempre manter o pé decidido no pedal do acelerador para desfrutar do melhor rendimento, pois basta qualquer demora ou erro em engatar a marcha que o subcompacto põe a língua para fora.
Em ladeiras leves e retomadas de velocidade, o motor não nega sua alma 1.0 e é preciso reduzir para ganhar algum embalo. Na estrada o modelo leva um tempo até atingir boa velocidade de cruzeiro.
O Mobi também usa um três canecos, só que com duas válvulas por cilindro e com saídas de semáforo mais demoradas. É preciso esticar muito as primeiras marchas no câmbio manual de cinco velocidades para vencer o asfalto. Para complicar, a alavanca tem aqueles engates esponjosos, molengas e pouco precisos típicos dos modelos da marca italiana.
Já nas retomadas o Fire Fly tricilíndrico se mostra levemente mais esperto, com o torque surgindo quase em sua plenitude abaixo das 3.500 rpm. Para chegar a velocidades maiores na rodovia, é preciso pé embaixo e boa dose de paciência.
Renault Kwid | Fiat Mobi |
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2 ★★☆☆☆ | 1 ★☆☆☆☆ |
Outro quesito em que podem dar as mãos e casar para a eternidade. O Kwid só se sai (pouco) melhor por causa dos airbags laterais além dos frontais obrigatórios. No mais, só oferece de equipamentos o Isofix.
Baseado em uma plataforma pensada para a Índia, tem comportamento dinâmico que deixa a desejar em curvas, quando a carroceria inclina bastante – uma barra estabilizadora talvez diminuísse este problema. Em retas a 110 km/h permitidos na rodovia, a direção pede algumas correções, dentro da normalidade, mas a sensação de leveza do carro assusta e os pneus finos (165/70 R14) pouco contribuem.
O pedal do freio é um dos mais estranhos da galáxia automotiva: borrachudo e alto. Mesmo assim, o Kwid teve três estrelas no máximo de cinco nos testes do Latin NCAP para adultos e crianças.
O Mobi sequer tem o Isofix e também aparenta fragilidade no rodar. O pequenino da Fiat usa a mesma plataforma do Uno, mas também carece de uma barra estabilizadora e a carroceria entorta bastante em curvas. A sensação de flutuação incomoda um pouco em altas velocidades, mas até que a comunicação entre volante e rodas dá para o gasto. O projeto tem ao menos barras de proteção nas portas, contudo recebeu uma solitária estrela na proteção a adultos e duas, na proteção a crianças, pelo Latin NCAP.
Renault Kwid | Fiat Mobi |
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3 ★★★☆☆ | 3 ★★★☆☆ |
Não é uma ironia e também nem dá para exigir muito. As dimensões do Kwid entregam espaço justo para pernas do motorista, que resvala o ombro na porta, mas a posição de dirigir alta agrada.
A ergonomia é superior a de outros Renault, apesar do puxador da porta estranhamente baixo. O banco traseiro só leva dois adultos mesmo, com vão bem limitado para joelhos, mas boa altura para as cabeças.
O problema maior do Kwid acaba sendo o nível de vibração forte, sentido nos pedais, no volante e na manopla do câmbio – mesmo com o carro parado. O isolamento acústico também é ruim, ainda mais com o tricilíndrico deveras barulhento.
O vão livre de 18 cm do solo e a suspensão mais firme absorvem razoavelmente os buracos, o que minimiza os solavancos na cabine. A direção com assistência elétrica é bem suave para manobrar. Já o acabamento é o esperado para um segmento onde o preço manda: muito plástico duro, de aparência simples, mas com encaixes corretos e sem rebarbas.
O Mobi é complicado para pessoas com mais de 1,75 m de altura e o espaço para motorista é apertado. Só que é fácil achar uma boa posição de dirigir e com ergonomia intuitiva típica dos Fiat, graças aos ajustes de altura do banco e do volante que o Renault não recebe.
Entrar no banco traseiro exige certo contorcionismo e o jeito dado pela marca foi fazer a porta traseira abrir em ângulo de quase 90 graus, para facilitar a vida do viajante – também só cabem dois adultos ali, e com menos conforto que no rival. O nível de vibração é menor do que no oponente, mas o isolamento acústico é igualmente falho.
Já o acabamento sugere um quê de refinamento com tons mais escuros, moldura preto brilhante ao centro do painel e plásticos mais agradáveis ao toque.
A direção com assistência hidráulica é suave para estacionar – fica bem mole com o modo City acionado – mas o volante herdado do Uno tem pegada ruim. A suspensão é elevada, mas sofre um pouco com os buracos.
Renault Kwid | Fiat Mobi |
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2 ★★☆☆☆ | 3 ★★★☆☆ |
Ambos têm somente o básico para não serem chamados de pé-de-boi. A Zen é a versão intermediária do Kwid e sai de fábrica com ar-condicionado, direção elétrica, vidros e travas elétricos, abertura interna da tampa do porta-malas e do tanque, indicador de troca de marcha, banco traseiro rebatível, aviso sonoro de luzes acesas e para-choques na cor da carroceria.
O ajuste do retrovisor pelo menos tem pitoco para regulagem manual. O rádio é um Continental com Bluetooth, USB e duas caixas posicionadas na frente que revelam uma acústica muito, mas muito, ruim.
A Way é a versão com visual aventureiro do Mobi, o que fica claro nas barras longitudinais no teto, nos acabamentos escuros dos para-choques e molduras das caixa de rodas e nos faróis com máscara negra. Dentro, o quadro de instrumentos tem grafismos exclusivos da versão.
Em equipamentos, tem a mais que o Kwid computador de bordo, capa dos retrovisores na cor do veículo e espelho cortesia no para-sol do motorista. O som era opcional de mais de R$ 2.200 na época e o kit On, que dá origem ao sobrenome da configuração, era o mais interessante. Antes de mais nada, não trata-se de uma central multimídia em si. A tela apenas espelha smartphones, além de trazer Bluetooth e comandos no volante. De quebra, vinha o limpador, lavador e desembaçador do vidro traseiro.
Renault Kwid | Fiat Mobi |
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2 ★★☆☆☆ | 4 ★★★★☆ |
O Renault tem perda acentuada de 10,8% após um ano, segundo a Fipe. A perda do Mobi Way com um ano de uso é de 3%. Por se tratarem de lançamentos recentes, estão longe de sofrerem mudanças visuais. Mas a liquidez ainda é uma incógnita.
Renault Kwid | Fiat Mobi |
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5 ★★★★★ | 3 ★★★☆☆ |
O modelo da Renault chama a atenção pelo baixo valor cobrado nas revisões com preço fixo. O custo das peças também evidencia a proposta racional do Kwid.
Peças | Preços |
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Farol dianteiro direito | R$ 550 |
Retrovisor externo direito | R$ 210 |
Jogo com quatro amortecedores | R$ 999,24 |
Jogo com quatro pastilhas de freio dianteiras | R$ 299 |
Revisão 10.000 km | R$ 371 |
Revisão 20.000 km | R$ 350,40 |
Revisão 30.000 km | R$ 350,40 |
Revisão 40.000 km | R$ 522,10 |
Revisão 50.000 km | R$ 371,10 |
Revisão 60.000 km | R$ 371,10 |
As revisões do Mobi são um tanto puxadas para um segmento onde reais fazem tanta diferença, em especial a visita de 60.000 km, que passa dos R$ 1 mil. O custo dos componentes está de acordo com o mercado.
Farol dianteiro direito: R$ 460,09 |
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Retrovisor externo direito: R$ 324,32 |
Jogo com quatro amortecedores: R$ 1.163,38 |
Jogo com quatro pastilhas de freio dianteiras: R$ 344,50 |
Revisão 10.000 km: R$ 204 |
Revisão 20.000 km: R$ 444 |
Revisão 30.000 km: R$ 684 |
Revisão 40.000 km: R$ 592 |
Revisão 50.000 km: R$ 424 |
Revisão 60.000 km: R$ 1.296 |
Renault Kwid | Fiat Mobi |
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4 ★★★★☆ | 3 ★★★☆☆ |
Kwid Zen 2018 | Médias de consumo |
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Etanol | cidade: 10,3 km/l; estrada: 10,8 km/l |
Gasolina | cidade: 14,9 km/l; estrada: 15,6 km/l |
Nota categoria | A |
Nota geral | A |
Selo de eficiência energética | Sim |
Mobi Way On 2017 | Médias de consumo |
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Etanol | cidade: 8,9 km/l; estrada: 9,7 km/l |
Gasolina | cidade: 12,6 km/l; estrada: 14,2 km/l |
Nota categoria | A |
Nota geral | A |
Selo de eficiência energética | Sim |
*Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular/Inmetro
Renault Kwid | Fiat Mobi |
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3 ★★★☆☆ | 2 ★★☆☆☆ |
Com 290 litros, o Kwid recebe duas malas pequenas e duas mochilas. Já o do Mobi comporta 215 litros e só leva mesmo duas malas na medida.
Renault Kwid | Fiat Mobi |
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24 | 21 |
O Renault Kwid se dá melhor justamente no que faz diferença neste segmento: economia. O pós-venda do Renault é mais em conta e o motor 1.0 12V é mais eficiente que o do rival. Além disso, oferece um pouco mais de espaço e porta-malas, o que pode fazer a diferença para quem quer usar o carro na cidade, mas dar aquela escapada no fim de semana para uma cidade próxima. O Mobi tem suas virtudes na baixa desvalorização e no recheio superior.
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Como não tenho condições de adquirir um carro de luxo, estou com dúvidas entre o kwid e o mob. Valeu, tirei algumas dúvidas.
Adquiri um Kwid Intense. Sensacional o carro. Até o momento, confrontando com diversas opniões pro e contras estou muito satisfeito com o veículo 2019/2020.
Parabéns para a Renaut por ter agregado ao veículo de baixo custo, acessórios para linhas menos econômicas. Gostei!!!
Tenho um Zen. Muito bom na cidade. Ágil. Econômico. Viagens curtas no máximo 100 por hora vai sem problemas desde que com duas pessoas e pouca carga.
Nem de longe da para pegar esse mobi alem de revisões caras o carro é feio d++++++++++