Você sabe qual é o tipo de farol que equipa o seu carro?
Luzes obrigatórias, com fachos alto e baixo, podem ter projetos simples ou sofisticados, que fazem diferença na iluminação
Luzes obrigatórias, com fachos alto e baixo, podem ter projetos simples ou sofisticados, que fazem diferença na iluminação
Item de fundamental importância para qualquer carro, o farol pode ter características de projeto bastante específicas. E isso, claro, faz toda a diferença na capacidade de iluminação do componente.
Vale destacar que o foco aqui está nos faróis principais, com fachos alto e baixo, obrigatórios por lei, e não nos auxiliares, como os de neblina e de milha: não sabe diferenciá-los? Pois o AutoPapo já explicou as diferenças entre todos os tipos de luzes de veículos.
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Na hora de comprar um carro, vale a pena ficar atento às características do farol para assegurar a melhor visibilidade possível. Conheça os principais sistemas de iluminação e saiba quais são as características de cada um.
Nesse tipo de farol, um único refletor em formato parabólico converge e direciona os raios de luz emitidos pela lâmpada (geralmente incandescente, com dois filamentos) . Esse refletor é responsável tanto pelo facho alto quanto pelo baixo: sob o ponto de vista teórico, é o sistema de iluminação mais simples e, consequentemente, o mais em conta para o fabricante do veículo.
Um farol biparabólico também parte do princípio de refletores em formato semiesférico: a diferença é que um deles é responsável unicamente pelo facho baixo e, o outro, pela luz alta. Em tese, trata-se de um componente mais eficiente que o similar monoparabólico, embora a capacidade de iluminação do conjunto dependa de um bom desenvolvimento do projeto.
Em alguns veículos equipados com o sistema biparabólico, o farol baixo se apaga automaticamente quando o motorista aciona o alto. Porém, na maioria dos modelos, os dois fachos permanecem iluminando juntos nessa situação.
Em vez de parábolas, esse tipo de farol de carro utiliza um refletor em formato elipsoidal – o que explica o nome “bloco elíptico” -, associado a uma lente (plana do lado interno e convexa na face externa). Essa lente funciona como anteparo, impedindo que a luz passe para a parte superior e ofusque outros motoristas. Em relação aos similares anteriores, tal solução permite uma iluminação mais homogênea.
Um único “canhão” pode ser responsável pelos dois fachos: nesse caso, um mecanismo elétrico movimenta a lente, retirando-a da frente do refletor quando a luz alta é acionada. Contudo, é mais comum que o bloco elíptico acione unicamente o facho baixo, enquanto um refletor parabólico, à parte, atua na luz alta.
O que caracteriza um farol de carro desse tipo é o tipo de lâmpada: em vez de ser gerada por filamentos, a luz provém da descarga do gás Xenônio (Xe). O sistema inclui ainda um reator, responsável pelo aquecimento desse gás. Em relação aos componentes halógenos, a vantagem mais evidente é a maior luminosidade, além da durabilidade prolongada das lâmpadas e do menor consumo de energia.
Tal sistema pode ser aplicado apenas ao facho baixo ou a ambos: no segundo caso, é chamado de bi-xênon. Geralmente, o farol de descarga de gás é aplicado a refletores do tipo elíptico, justamente para que a maior luminosidade não cause ofuscamento. Entretanto, após a popularização dos faróis de carro em LEDs, os similares em xênon caíram em desuso.
Vale lembrar que a instalação do farol de xênon em qualquer carro que não tenha vindo de fábrica com esse equipamento é proibida pela Resolução Nº 384 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). A legislação brasileira ainda exige que veículos originalmente equipados com esse sistema tenham lavador e regulagem de altura dos fachos.
Isso porque, para permitir máxima eficiência e assegurar que não haja ofuscamento, o componente deve ter sido projetado para a utilização do sistema de xênon. Além do mais, a luz emitida pela descarga de gás tem raios ultravioleta: faróis desenvolvidos para outros tipos de lâmpadas não têm a respectiva proteção.
Nova tendência na indústria automotiva, os componentes de LEDs não utilizam lâmpadas associadas a refletores comuns: são diodos semicondutores que emitem a luz. Do ponto de vista técnico, permitem iluminação mais eficiente que os sistemas halógeno e de xênon.
Além disso, são mais resistentes a impactos e a vibrações, além de permitirem maior liberdade para o formato do farol e, consequentemente, para o design do carro. A durabilidade também é bem maior em relação às lâmpadas, tanto halógenas quanto de xênon, com consumo muito baixo de energia.
Se todos os fachos tiverem esse tipo de iluminação, o farol do carro é do tipo Full-LED. Atualmente, há modelos que utilizam diodos inclusive nas luzes auxiliares, não obrigatórias, como as de neblina. A aplicação também está se tornando comum nas lanternas e até nos spots da parte interna dos veículos.
Tal qual ocorre com os componentes de xênon, os de LEDs só são permitidos se forem originais de fábrica. Desde janeiro de 2021, a Resolução 667 do Contran impede a instalação desse equipamento em carros cujo projeto prevê a utilização de outro tipo de farol. Os problemas são os riscos de ofuscamento e de iluminação inadequada.
Parece coisa de ficção científica, mas esse tipo de farol já existe! Nele, um feixe de laser atinge um conversor fluorescente à base de fósforo (P). O resultado é a emissão de uma luz branca até 10 vezes mais forte que as convencionais. Para evitar lesões ao olho humano, as lentes dos componentes têm proteção especial.
As pioneiras na utilização do farol a laser são as alemãs Audi e BMW. Por enquanto, essa tecnologia está restrita a automóveis muito sofisticados. Porém, a tendência é que ela comece a se popularizar com o passar do tempo.
O princípio desse tipo de farol é o direcionamento do facho à medida que o motorista gira o volante. O objetivo é permitir máxima iluminação em curvas, situação na qual os sistemas convencionais não acompanham a trajetória da pista.
Em tese, o projeto pode prever a utilização de qualquer tipo de lâmpada. Porém, o farol de carro direcional tornou-se mais comum associado a sistemas de xênon. Nesse caso, módulos eletrônicos e sensores acionam motores elétricos, que giram o refletor de acordo com o movimento da direção.
O sistema direcional ganhou novo impulso com os faróis de LED. Neles, o funcionamento é bem mais simples, pois não são necessários motores elétricos: o acendimento coordenado dos diodos já permite que o facho siga a movimentação do volante. Sistemas de última geração têm programas de iluminação específicos para diferentes condições climáticas e de condução.
Você sabe como trocar uma lâmpada de farol? Não? Então, assista ao vídeo!
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O farol baixo do Civic G9 acho fraco, não sei se é pelo fato de ele ser um pouco pequeno e ter o bloco elíptico. Ele ilumina bem menos que o do Focus que tive anteriormente.
Não sei se isto lhe conforta mas o farol do HR-V é bem pior!
Waslon, não sabia disso. O design dos fárois do HR-V e do Civic são lindos, o que peca mesmo é a luminosidade. Uma pena, mas a gente se adapta.
De fato, eu já tive dois Civics (3012 e 2014) e não achava os faróis ruins ao contrário do HR-V.
Troque a lâmpada, eu recomendo a Xtreme Vision da Philips. É halógena e portanto não fere a lei.
Eu troquei as lâmpadas originais um tempo atrás, na época fiquei na dúvida entre estas da Philips e a Osram Night Breaker Silver. Acabei optando pela última. Melhorou, não tanto quanto eu esperava, mas tá bom. Dá a impressão que estes faróis do Civic foram projetados para usar Xenon, sei lá.
… Lâmpadas halogenas são as comuns tanto em caixas mono e dupla ou até tripla parábola como também uso lâmpadas de xenônicas ou até diodos emissores de luz(Led), Farol a laser é tão caro que custariam mais do que um carro zero popular… só para entusiastas endinheirados mesmo.