Óleo em carros mais velhos deve ter maior viscosidade?

Os carros com a quilometragem mais alta podem exigir cuidados específicos na hora da troca e escolha do óleo lubrificante

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Por Boris Feldman
Publicado em 27/06/2018 às 12h29
Atualizado em 20/02/2020 às 16h48

Alguns indicam dicas especiais para o óleo em carros mais velhos. Um leitor da coluna tem um Fiat Uno que já rodou cerca de 80 mil quilômetros.

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Ele se diz muito cuidadoso com o carro e troca o óleo do motor com frequência até maior que a recomendada pelo fabricante: a cada 5 mil quilômetros ele substitui o óleo e o filtro.

Sua dúvida: como o carro já chegou a 80 mil quilômetros, ouviu de um amigo e confirmou com um mecânico a sugestão para usar um óleo de maior viscosidade, que se chama popularmente “óleo mais grosso”.

Como ele sempre usou o óleo 5W30, a sugestão é que ele passe para o 15W40. Vale a pena?

oleo troca vareta motor óleo em carros mais velhos

Depende: se, mesmo tento atingido essa elevada quilometragem, o motor estiver funcionado normalmente, sem nenhuma anormalidade e excesso de consumo do óleo do motor, não há necessidade de aumentar a viscosidade do óleo em carros mais velhos.

Entretanto, esta recomendação vale para motores que já estão nitidamente cansados e já dando para perceber uma fumacinha extra saindo pelo escapamento.

E pela vareta: caso o consumo de óleo, de um litro a cada 5 mil quilômetros, já tenha aumentado para cerca de um litro a cada mil quilômetros. Neste caso vale a pena usar um óleo mais viscoso.

Outro problema com o óleo em carros mais velhos e/ou com a quilometragem mais alta é que, ao se puxar a vareta para se conferir o nível no cárter, pode-se perceber o óleo ligeiramente esbranquiçado e com pequenas bolhas.

Que pode ser um péssimo sinal, pois este esbranquiçado e as bolhas sinalizam a presença de água junto ao óleo. Essa água vem de onde? Do sistema de refrigeração (radiador).

E como chega ao cárter? Por um problema na junta do cabeçote ou alguma trinca no motor. Porém, se o carro é flex e sempre abastecido com etanol, em algumas situações o óleo pode aparecer ligeiramente esbranquiçado na vareta.

Seja lá como for, diante desse sintoma é sempre importante levar o automóvel na concessionária ou oficina de confiança para verificar a existência ou não de um problema grave. Desnecessário lembrar que o óleo contaminado com água perde suas funções de lubrificação.

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Boris Feldman

Jornalista e engenheiro com 50 anos de rodagem na imprensa automotiva. Comandou equipes de jornais, televisão e apresenta o programa AutoPapo em emissoras de rádio em todo o país.

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1 Comentário
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Celio* 27 de junho de 2018

Meu Palio Essence está perto dos 100.000 km e sempre usei óleo recomendado pela fábrica e efetuo a troca a cada 10.000 km.
Meu carro anterior era um Astra 2006 que rodei até os 140.000 antes de vendê-lo e que não tinha nenhuma redução de óleo.
Tudo é uma questão de saber usar o pé, haha…

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