Venda de veículo a gasolina e diesel pode ser proibida no país

Projeto de lei do senado prevê que medida entre em vigor em 2030; em 2040, ficará proibida a circulação de carros com motor à combustão

motor a combustão
Por AutoPapo
De Agência Senado
Publicado em 13/02/2020 às 10h43

Daqui a 10 anos será proibida a venda de veículos novos movidos a combustíveis fósseis, como gasolina ou diesel. É o que estabelece projeto de lei que institui uma política de substituição de automóveis movidos a combustíveis fósseis a partir de 1º de janeiro de 2030, aprovado nesta quarta-feira (12) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Os veículos movidos a biocombustíveis, como o etanol, ou os carros elétricos continuarão liberados.

O PLS 304/2017, que segue agora para votação na Comissão de Meio Ambiente (CMA), determina ainda que a partir de 2040 ficará proibida a circulação de qualquer automóvel de tração automotora por motor a combustão.

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Exceções: carros de coleção e outros

São abertas, no entanto, algumas exceções à regra. Pelo projeto, automóveis de coleção, veículos oficiais e diplomáticos ou carros de visitantes estrangeiros poderão continuar circulando no país, ainda que usem combustíveis fósseis.

Proibição em outros países

Segundo o autor da proposta, senador Ciro Nogueira (PP-PI), outros países estão tomando decisões semelhantes. O Reino Unido e a França querem proibir a venda de veículos movidos a combustíveis fósseis a partir de 2040, a Índia, a partir de 2030, e a Noruega, já em 2025.

Ele afirma que esse tipo de veículo é responsável por um sexto das emissões de dióxido de carbono na atmosfera, gás proveniente da queima de combustíveis fósseis e importante agente causador do efeito estufa, que leva ao aquecimento global.

Ciro sustenta que já se encontram disponíveis soluções tecnológicas que permitem o enfrentamento dessa questão.

As principais são os automóveis movidos a eletricidade, carregados pelas tomadas da rede elétrica, como já ocorre em outros países, e, sobretudo no Brasil, os automóveis movidos a biocombustível.

Boris explica que novas tecnologias aumentam eficiência dos motores a combustão. Veja:

O relator, senador Fabiano Contarato (Rede-ES), observa que a reorientação do mercado de uma cadeia produtiva insustentável é permitida pela Constituição.

“Segundo nossa Lei Maior, a ordem econômica tem como princípio, entre outros, a defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação”, aponta no relatório.

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Fonte: Agência Senado

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6 Comentários
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Maxwel Ferreira de Oliveira 17 de fevereiro de 2020

Eu concordo

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Jonatas 14 de fevereiro de 2020

Tem q falar p esse deputado que com certeza deve morar em outro país nem estrada tem.
No Brasil não conseguiram nem fazer regulamentar o euro6 que ja funciona na Europa a 4 anos

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Fernando Roberto Welber 14 de fevereiro de 2020

Depois que causaram um desequilíbrio irreversível, os malditos se preparam para tentar remediar a desgraça que fizeram com o planeta.

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Carlos Alberto Lopes 14 de fevereiro de 2020

As usinas hidrelétricas já não suportam o consumo atual. Imagina quando milhares de automóveis estiverem gastando!

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Marco André Bonotto 14 de fevereiro de 2020

Esse projeto deve ser de um maluco querendo impor agendas ambientais que só ferram com a economia. Imagina a quantidades de empregos girando em torno do petróleo (que alia são reservas de bilhões que jogariamos fora!) que serão eliminadas! Maluco ambiental detectado!!!

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Dheny Kowalsky 13 de fevereiro de 2020

Acho uma ideia precipitada e até megalomana… Temos caminhões da década de 70, 80, circulando em condições ainda. Temos veículos novos com bom aperfeiçoamento de emissões de poluentes. Não temos como produzir tanto biocombustível em detrimento à alimentação (teremos que trocar área plantada de alimentos para combustíveis). Baixar índices de emissão, incentivar a eletrificação da frota, promover financiamentos para que a população possa trocar seus veículos por outros mais eficientes, são medidas mais positivas do que a radicalização do boicote aos combustíveis fósseis.

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