Honda CB 650F e CBR 650F: um coração, dois figurinos

Com motor mais potente, nova suspensão dianteira, iluminação em LED e novo figurino, a pelada CB 650F e a carenada CBR 650F ganharam esportividade

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Por Teo Mascarenhas
Publicado em 22/11/2017 às 17h48
Atualizado em 22/10/2018 às 19h33

Quando a Honda encerrou a produção da CB 600F em 2014 – a popular Hornet – ela mudou o foco da sua substituta, a naked CB 650F, para um conjunto mais amigável, com mais torque e menos potência, conservando o icônico motor de quatro cilindros em linha, mas acrescentando 50 cm3 a mais. Agora, em sua versão 2018, a CB 650F, ganha mais esportividade, resgatando parte da agressividade, sem perder a versatilidade, também adotada na CBR 650F, com carenagem esportiva e mesmo conjunto mecânico.

CB 650F Caio Mattos/Honda/Divulgação

As alterações que proporcionaram a maior esportividade começam no motor de quatro cilindros em linha. Ele ganhou nova caixa de filtro de ar, com dutos mais largos, mapeamento eletrônico aperfeiçoado e novo escape com fluxo mais livre, que também calibrou o inconfundível som afinado do propulsor. As modificações acrescentaram 1,5 cv de potência, que passou para 88,5 cv a 11 mil rpm, mantendo o torque em 6,22 kgfm a 8.000 rpm. Para completar, há uma nova relação de câmbio entre a segunda e a quinta marchas, agora mais curtas, que permite acelerações mais vigorosas.

CB 650F Caio Mattos/Honda/Divulgação

Outras mudanças

A suspensão dianteira também ganhou novo sistema. O garfo, embora não invertido como nas superesportivas puro sangue, tem um sistema de válvulas internas, batizado de Showa Dual Bending Valve (SDBV) com tubos de 41 mm e 120 mm de curso.  Ela endurece o funcionamento à medida que vai sendo comprimida deixando a condução mais precisa e obediente nas mudanças rápidas de direção, freadas fortes e entradas de curvas, além de confortável a velocidades mais baixas.

O pacote de mudanças é bem perceptível, deixando os modelos mais fáceis de conduzir em tocadas mais esportivas e agressivas, com consequente maior velocidade. A “pelada” CB 650F, também ganhou um guidão. Agora, ele é um pouco mais baixo e avançado, alterando a posição de pilotagem, que deixa o corpo mais inclinado para frente, em posição de ataque, mais condizente com as novas características mais agressivas. A balança da suspensão traseira, assimétrica para acomodar a ponteira do escape, também foi aperfeiçoada, com suspensão monorregulável na pré-carga e 128 mm de curso.

CB 650F Caio Mattos/Honda/Divulgação

Outras mudanças incluem grafismos redesenhados, novas entradas de ar, desenhos de carenagem na CBR 650F e abas do tanque na CB 650F, pinças de freio com duplo pistão para “morder” os dois discos estilo margarida de 320 mm na dianteira e simples na traseira com 240 mm. Ela têm sistema ABS de 64 Bits, com menor efeito colateral de “trepidação” no manete e no pedal de freio. Os modelos também ganharam novos blocos ópticos, com iluminação em LED, também presente na lanterna traseira. O painel digital, com computador de bordo, porém, não foi alterado, assim como quadro em tubos de aço. O preço sugerido da CB 650F é de R$ 33,9 mil e da CBR 650F, R$ 35,5 mil. Ambos sem frete.

CB 650F Caio Mattos/Honda/Divulgação
17YM CBR650F

Na cola do mestre com a CB 650F

A apresentação das novas Honda CB 650F e CBR 650F, foi no espetacular traçado do Circuito dos Cristais, em Curvelo, com seus, 4.420 metros, 18 curvas e 30 metros de desnível. Exatamente para sentir os efeitos das alterações, em comparação com as versões anteriores, que também estavam disponíveis. Já pilotei em diversos autódromos, porém, nunca com um instrutor do quilate do piloto Alexandre Barros, vencedor de sete GPs no Mundial de Motovelocidade.

CB 650F Caio Mattos/Honda/Divulgação

Barros serviu de guia para puxar meus “cerca” de 80 kg, mal distribuídos em menos de 1,70 m. Mesmo enrolando o cabo na dianteira, ele parecia seguir suave, com linhas perfeitas, e ainda conseguia dosar o ritmo como um gentleman, para me vigiar pelo espelho e avaliar minha tocada, enquanto eu tinha que me virar para seguir o mestre. Nesta “perseguição” pude constatar a melhoria do conjunto, especialmente da suspensão dianteira e da relação do câmbio e ainda curtir um lugar no pódio imaginário.

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