Conheça 5 erros que podem transformar seu carro turbo numa bomba
Os motores turbinados vieram para ficar, mas exigem cuidados específicos para não cobrarem uma conta salgada no final
Os motores turbinados vieram para ficar, mas exigem cuidados específicos para não cobrarem uma conta salgada no final
Você com certeza já recebeu um meme com um Marea Turbo explodindo ou sendo usado como ataque balístico em alguma guerra. A verdade é que qualquer automóvel sem (a devida) manutenção pode virar um problemão – o sedan e a station-wagon da Fiat são exemplos clássicos disso até hoje. Ainda mais carro turbo, que pode ser bastante durável, mas também pode virar bomba: tudo depende de revisões e de cuidados específicos.
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Em tempos nos quais os modelos com motor turbo são uma alternativa para as montadoras conseguirem melhor eficiência em seus projetos, é preciso ficar atento às revisões, troca de lubrificante e até hábitos ao volante que podem fazer o motor durar mais e funcionar perfeitamente. Veja como evitar 5 erros que vão transformar seu carro turbo numa bomba!
Talvez este seja o ponto mais sensível para o carro turbo não se transformar em uma bomba. Se no automóvel com motor aspirado a troca de óleo deve ser religiosa, no turbinado esse item merece devoção total do dono. Respeite os prazos para a substituição do produto, já que o lubrificante velho pode obstruir os dutos e não resfriar a turbina adequadamente.
Ao mesmo tempo, o carro turbo costuma consumir mais óleo do que o aspirado – em média, 1 litro a cada 1 mil km -, devido principalmente ao aumento de pressão dentro do cilindro. Por esta razão, respeite o lubrificante pedido pelo fabricante para o seu veículo, ainda mais quanto às especificações de origem e viscosidade.
E não faça economia boba. Apesar de muitos especialistas e até fabricantes afirmarem para trocar o filtro a cada duas trocas de óleo, faça a reposição da peça a cada renovação do lubrificante. Isso vai garantir que ele impeça que as impurezas afetem a lubrificação do conjunto.
Tem mais: filtro com muito tempo de uso vai trazer resquícios do óleo velho, contaminando o produto novo. Sem falar que a peça pode transformar o carro turbo numa bomba literalmente. Se ela estourar, vai fundir o conjunto, cujo reparo é ainda mais caro no caso de veículos sobrealimentados.
Troca de óleo do motor por tempo é picaretagem? NÃO! Boris Feldman explica em vídeo:
A troca correta deste componente é fundamental, principalmente para os modelos com injeção direta de combustível. Os parâmetros de injeção nesses casos são mais precisos e qualquer impureza da gasolina pode afetar o funcionamento do motor.
Em carro turbo com motor Ciclo Otto o filtro de ar (elemento) deve ser substituído dentro dos prazos recomendados pelo fabricante. Se o veículo já passou da garantia, mantenha os prazos estipulados, mas se tiver mais de cinco anos, faça as substituições em intervalos menores (a cada 7 mil km ou 10 meses).
O filtro de ar desgastado vai permitir a entrada de partículas abrasivas no sistema. Isso vai gerar a degradação das paletas do turbocompressor.
Essa vale para qualquer modelo de automóvel, mas em especial para carro turbo não se transformar numa bomba. Acabou de ligar o motor? Não é necessário aguardá-lo esquentar, mas convém esperar uns 30 segundos antes de partir. Apesar dos sistemas avançados e dos óleos com fluidez cada vez melhor, aguente um pouco até que o lubrificante atinja todas as partes do conjunto.
E nada de acelerar como um esganado com o motor ainda frio. Evite passar das 2.500 rpm nos primeiros dois ou três minutos de viagem. Isso vai preservar a turbina e o conjunto como um todo.
Essa é para carro turbo com câmbio manual. Evite fazer as trocas da transmissão em rotações muito baixas e fora do tempo correto. Como os motores sobrealimentados costumam ter força de sobra em giros menores, o carro vai até responder, mas às custas de muita vibração, que pode acelerar o desgaste de vários componentes do motor, da turbina e da caixa.
Tente abastecer sempre nos postos nos quais você confia na procedência do combustível. Acompanhar os relatórios no site da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que informam estabelecimentos interditados e com bombas lacradas, também é uma opção. Além disso, você pode exigir o teste do combustível in loco, que é garantido por lei.
A gasolina adulterada ou com muitas partículas altera os padrões do sistema de injeção direta, afeta o conjunto e compromete a vida útil da turbina. Já o etanol adulterado, com muita água em sua composição, vai acelerar a corrosão de vários componentes.
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O problema não são os motores turbo, são os usuarios desleixados e pão duros.
Eu tive uma pick up diesel 98 que na época ainda não era equipado com turbina.
Depois do fim da garantia, instalei a turbina e ela ficou muito melhor.
Na empresa que fiz a instalação ouvi a recomendação para aguardar, em marcha lenta, pelo menos uns 30 segundos antes de desligar o motor. Isso garantiria a lubrificação do eixo da turbina que continuaria girando por um tempo, mesmo se o motor fosse desligado.
Estou curioso em saber se essa orientação ainda existe nos novos carros com turbina ou se nos novos carros já existe um sistema que mantem a lubrificação até a parada da turbina.
Isso se deve para resfriar a turbina caso ela esteja muito quente. Imagino que seja em caso de uso rodoviário em que são atingidas rotações mais elevadas e constante… como por exemplo velocidade de cruzeiro na Rod. Ayrton Senna – SP 070 – a 120 km/h, salvo melhor juizo. Pior ainda que anda feito piloto de F1.
Sugiro quando você comprar outro carro turbo de fábrica leia o manual se existe esta necessidade de deixar 30 segundos funcionando.
Em motores turbo modernos existe, além da galeria de óleo, uma galeria de água em torno do mancal do turbocompressor, para resfriá-lo. Há uma bomba d’água auxiliar (pelo menos nos THP e TSi), elétrica, que alimenta essa galeria e continua funcionando por alguns segundos após o motor ser desligado.
O grande problema desses motores turbo realmente é a manutenção preventiva como citado na materia, pois como são motores muito justos, não podem ter retífica o que, de certo modo, se torna uma bomba relógio.
Que irá explodir no 3º, 4º dono.
Os carros de hoje em dia turbinado ou não saem de fábricas com data de validade, convênio vitalício com concessionária e não sobrevive sem um scanner. Consumismo puro.