7 carros vendidos no Brasil por 20 anos ou mais
Eles ignoraram a obsolescência programada e se mantiveram no mercado por décadas graças à aceitação do consumidor
Eles ignoraram a obsolescência programada e se mantiveram no mercado por décadas graças à aceitação do consumidor
Atualmente, um carro costuma permanecer no marcado por cinco ou seis anos. Depois disso, ele é substituído por um descendente ou por um produto inédito. Mas nem sempre foi assim: há os que perduraram por muito mais tempo. Nessa linha, enumeramos 7 carros vendidos no Brasil por 20 anos ou mais.
A lista inclui apenas automóveis: utilitários como Volkswagen Kombi, Toyota Bandeirante ou a linha C14 da Chevrolet disputam outra faixa de mercado. Também não consideramos modelos que mantiveram o mesmo nome, mas foram reprojetados a partir do zero a cada nova geração: levamos em conta apenas produtos que permaneceram fiéis ao mesmo projeto do início ao fim. Confira:
O Fusca foi produzido no país durante nada menos que 30 anos: as primeiras unidades legitimamente brasileiras, com índice de nacionalização superior a 50%, saíram da fábrica de São Bernardo do Campo em 1959. A produção seguiu ininterrupta até 1986, quando o simpático carrinho saiu de linha. Mas a história não acaba aí, pois, graças a um pedido do então presidente Itamar Franco, a fabricação foi retomada em 1993 até ser definitivamente descontinuada, em 1996.
Quando foi lançado, em 1984, o Uno se destacou pelo bom aproveitamento do espaço interno e pelo design incomum para a época. Mas o sucesso comercial veio mesmo em 1990, quando o hatch estreou o segmento de populares com motor 1.0. A motorização se tornou tão dominante que fez a Fiat até mudar o nome do modelo, que passou a chamá-lo simplesmente de Mille. A produção encerrou-se em 2013, por uma questão legal: a partir de janeiro de 2014, todos os carros vendidos no Brasil seriam obrigados a ter airbags frontais e freios ABS, impossíveis de se adaptar ao projeto.
Um dos automóveis nacionais mais queridos foi também um dos mais longevos: foram 24 anos de carreira. Lançado em 1968, foi o primeiro carro de passeio fabricado pela Chevrolet no Brasil. Ao longo da trajetória, passou por inúmeras reestilizações e modernizações, que todavia sempre foram feitas sobre a carroceria original. O Opala se despediu em 1992, já bastante ultrapassado, mas ainda posicionado como modelo luxo entre os veículos vendidos no Brasil.
O primeiro carro nacional de luxo da Volkswagen nasceu em 1984. Era o Santana, que acabou permanecendo no mercado por 22 anos e só saiu de linha em 2006. O sedã passou por uma grande modernização em 1991, mas o projeto não foi feito a partir do zero: além da plataforma e da mecânica, o modelo mantinha toda a estrutura da carroceria e até as portas do modelo anterior. Do início de carreira como automóvel de luxo, acabou se tornando um sedã de preço acessível no fim da trajetória, tendo como clientes mais fiéis os taxistas de várias cidades do país.
Pode-se dizer que o Palio seguiu os passos de seu pai, o Uno. Lançado com diferentes opções de motorização e acabamento, em 1996, terminou a vida como modelo de entrada da Fiat. Assim como o antecessor, também foi muito bem-sucedido comercialmente: sempre teve aceitação consideravelmente maior que a nova geração do modelo, que veio em 2011. A produção foi encerrada em 2017; em 2018, o sucessor também era descontinuado. Vale lembrar que dois de seus derivados ainda estão entre os carros vendidos no Brasil zero-quilômetro: a Weekend, cujo projeto data de 1997, e a Strada, que chegou em 1998.
Ele nasceu como uma derivação do Corsa hatch de 1994, mas teve uma carreira bem mais longa que o modelo que lhe deu origem: lançado em 1995, só saiu de 2016. Àquela altura, já havia sido reestilizado e até mudado seu nome para Classic, mas era, na essência, o mesmo. A aceitação foi tamanha que ele sobreviveu ao seu sucessor, o Corsa Sedan de segunda geração, cuja produção foi de 2002 até 2012.
Outro carro da Chevrolet que teve vida longa foi o Chevette. Entre o lançamento, em 1973, e a saída do mercado, em 1993, passaram-se 20 anos. Na década de 80, o modelo chegou a ter uma família completa em produção, com configurações hatch, perua (Marajó) e picape (Chevy). O mais popular, porém, sempre foi o sedã de suas portas, ao contrário do de quatro, que é o derivado mais raro. Chegou a ser o líder de mercado entre os carros vendidos do Brasil, mas por apenas um ano, em 1983.
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De 2014 pra cá eu tenho comprado carros novos e completos, atualmente tenho um Voyage 18/19 super equipado com computador de bordo GPS de fabrica com comando de voz e no volante mídia completa com comando no volante, é um muito confortável pra viajar eu viajo muito com ele, é muito econômico, mas confesso que tenho saudades do meu pointer, vendi com 64 mil km rodado, nunca fiquei em lugar nenhum parado por falha de motor ou outro item.
O melhor de todos carros que eu possui foi um pointer ano 1994 dois ponto zero direção hidráulica freios a disco nas quatro rodas um computador de bordo não era como os de hoje mas para o seu tempo era muito avançado, era carro que mas estradas não deixava a desejar nem passar vergonha diante de várias marcas e modelos, motor GTI dois ponto zero que me dava prazer viajar com ele, econômico muito macio .
Primeiro devia ser a Kombi já que foi por mais de 50 anos.
Olá, Natanael.
Logo no início do texto, explicamos que “a lista inclui apenas automóveis: utilitários como Volkswagen Kombi, Toyota Bandeirante ou a linha C14 da Chevrolet disputam outra faixa de mercado”.
Abraço!
Faltou o Gol. Que até o G4 em 2014 usava uma estrutura melhorada do G1. O G5 sim veio completamente diferente.
Verdade. Se contarmos desde o primeiro, que é de 1980, até o G4, de 2014, são 34 anos.
Olá, caros Maurício e Tiago.
Tanto em termos de estrutura quanto de carroceria, o Gol G1 tem diferenças muito significativas em relação ao G2: por isso, consideramos que são gerações completamente distintas. Até mesmo a plataforma foi bastante modificada, ganhando, inclusive, maiores largura e distância entre-eixos. Já do G2 ao G4, sim, trata-se de mesma geração, apenas com reestilizações. Porém, nesse caso, o período de produção foi de 19 anos.
Abraço e obrigado pelos comentários.
Cade o monza ?
O Monza foi fabricado de 1982 a 1996, ou seja 14 anos. Por isso não aparece aí na lista.
Exatamente, Tiago.
O melhor carro que tive até hoje, foi um Chevrolet Corsa Sedan 2008.
tenho admiração por carros antigo
Carro antigo é bacana mesmo. Também curto.
O fusca é um carro muito bom. O uno também. O palio tem uma carroceria boa e resistente.
Dois carros da Chevrolet que tive e sinto saudades : Um Opala 87 é um Omega 97.
Duas naves. Você foi bem servido com esses dois carros. Na minha opinião, o Opala Diplomata de 1985 e 86 é o mais bonito dos Opalas.