Autonomia real de carros elétricos: site testa Nissan Leaf e outros
Enquanto fabricantes prometem grandes distâncias entre cargas, testes de uso reais mostraram que a autonomia é sempre menor que o anunciado
Enquanto fabricantes prometem grandes distâncias entre cargas, testes de uso reais mostraram que a autonomia é sempre menor que o anunciado
O site inglês voltado para a defesa do consumidor, What Car?, desenvolveu um teste para descobrir a autonomia real de carros elétricos.Entre os testados, estão diversos modelos vendidos ou prometidos para o Brasil, como Nissan Leaf, Renault Zoe e BMW i3. Em todos os casos, as distâncias que os veículos conseguiram andar antes de precisarem de uma recarga foi menor do que a anunciada.
Para descobrir a autonomia real de carros elétricos, os analistas colocaram cada um dos veículos abaixo em uma série de situações controladas. Em primeiro lugar, o carro é dirigido por um circuito fechado, de propriedade do What Car?, até a bateria acabar.
Depois, ele é recarregado em um ponto de recarga modificado, que contém um medido de energia, e calcula qual a quantidade de energia que o veículo consumiu. Em seguida, os veículos são acondicionados em um ambiente frio, com a temperatura controlada em 18º C, para evitar que a temperatura ambiente altere suas condições.
Após uma noite na câmara fria, pela manhã, os pneus dos carros elétricos são calibrados de acordo com o recomendado pelas fabricantes. Então, os analistas esperam a temperatura ambiente alcançar entre 10 e 15ºC, e carregam o veículo, sempre, com um motorista e um passageiro dianteiro.
Na sequência, o ar-condicionado do veículo é regulado para manter a cabine em 21º C, e os faróis são ligados. Finalmente, os veículos são levados para um circuito fechado, de 31 quilômetros de extensão, para testar a autonomia real de carros elétricos. A pista tem trechos que simulam o trânsito congestionado da cidade, com o “para e anda”, e também trechos rurais e rodovias.
O circuito é feito duas vezes para carros com baterias que aceitam mais que 60kWh, e três para os que aceitam mais que 100kWh. Instrumentos profissionais são usados para garantir que a rota é exatamente a mesma, assim como a velocidade do veículo.
Ao fim dos testes, o veículo é levado de volta para o ponto de recarga, e é medida a quantidade de energia necessária para recarregá-lo. Assim, é possível calcular a autonomia real de carros elétricos.
Confira os resultados abaixo:
Modelo | Autonomia declarada | Autonomia real |
---|---|---|
Hyundai Ioniq | 280 km | 188,2 km |
Volkswagen e-Golf | 300 km | 188,2 km |
BMW i3 94Ah | 313,8 km | 194,7 km |
Nissan Leaf | 270 km | 205,9 km |
Renault Zoe Q90 | 281,6 km | 212,4 km |
Tesla Model S | 539,1 km | 328,3 km |
Tesla Model X | 474,7 km | 374,9 km |
Kia e-Niro | 453 km | 407,1 km |
Jaguar I-Pace | 470 km | 407,1 km |
Hyundai Kona 64kWh | 449 km | 416,8 km |
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As montadoras gastam com transporte de navio ou avião para levar os veículos, elétricos e combustão, para a África e para o leste europeu, com temperaturas de mais de 40º e menos de -20º para testar os carros. Como pode alguém fazer testes em laboratório e considerar isso “testes mais reais” que os das montadoras? Apenas trocando o motorista os resultados mudam, segundo a Fiat meu carro percorre 7,5km/l na gasolina, por mais econômica que seja minha direção não consigo mais de 5km/l, já na estrada, a situação se inverte, pois consegui 10,5km/l, nisso dá pra entender que as montadores apresentam um valor médio para a maioria dos motoristas e situações.
Esse teste foi em condições perfeitas de ambiente. Imagino nas temperaturas brasileiras, com mais de 2 pessoas, trânsito carregado, custo da energia elétrica, tempo de recarga etc, Além do preço absurdo cobrado no Brasil por alguns modelos, a exemplo do RENAULT “ZOEira”. Produtos para europeus.