8 carros nacionais colecionáveis (e ainda com preços razoáveis)
Separamos alguns modelos icônicos da indústria brasileira com “potencial colecionável” e com preços ainda decentes
Separamos alguns modelos icônicos da indústria brasileira com “potencial colecionável” e com preços ainda decentes
Se os carros 0 km que você admirava na adolescência se tornaram clássicos, é sinal que você está velho mesmo… ou melhor, se tornou um clássico também. Muitos automóveis que a galera dos 40 e 50 anos babava nas revistas automotivas começam a atiçar a cobiça de colecionadores. Separamos alguns carros nacionais com “potencial colecionável” e com preços ainda decentes. Também apontamos versões e anos de clássicos estabelecidos, como Fusca, Opala e Maverick, mas que ainda não estão custando um rim e um pulmão para levar para sua garagem.
Anos: 1987 e 1988 |
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Preços: de R$ 7.000 a R$ 15 mil |
Versões legais: SE e SL/E |
Atenção: distribuidor baixo deixa o veículo vulnerável em trechos alagados
Essa “segunda geração” do Chevette – lançada em 1983 – pode não ser a mais clássica, mas ainda tem preços atraentes e preserva a tração traseira que empresta ao sedã uma robustez peculiar.
Com frente meio mini-Monza e grade herdada do Opala, esse Chevette também trouxe mudanças na cabine, com novos padrões de revestimento, volante maior e quadro de instrumentos remodelado. Outra peculiaridade não tão nobre foi preservada: a coluna de direção torta em relação aos pedais e ao banco – algo que perdurou até no Corsa!
Entre as virtudes, boa estabilidade em curvas beneficiada pelo curto entre-eixos, direção precisa e o câmbio manual que parece ter trambulador de algodão de tão macio. O Chevette 87 usava motor 1.6 com 73 cv.
O Chevette 88 , contudo, ganhou novo fôlego. A engenharia adotou novo coletor de admissão, além de bielas e pistões mais leves e carburador de corpo duplo. O 1.6 passou a gerar 81 cv e ficou mais econômico.
Anos | 1981 e 1982 |
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Preços | de R$ 10 mil a R$ 17 mil |
Versões legais | Racing e Top |
Atenção | câmbio |
A Fiat acaba de fazer um barulho pelos 40 anos de lançamento do então Cachacinha, apelido que o 147 ganhou por ser o primeiro carro movido a álcool fabricado no mundo. Baseado no italiano 127, o Fiat 147 era revolucionário para a época, por isso está entre os carros nacionais colecionáveis.
Foi pioneiro entre os modelos nacionais a usar motor transversal. A suspensão independente nas quatro rodas compensa no comportamento dinâmico, uma vez que é um carro leve (menos de 800 kg) e usa pneus aro 13”.
No habitáculo, destaque para a ergonomia, com muitos comandos no painel, apesar do volante não ser 100% centralizado em relação ao banco. O drama do caixotinho estava na transmissão manual de quatro marchas. Para quem quer fazer musculação, é uma maravilha: os engates são duros e pouco precisos – e não se envergonhe se você for testar um e arranhar as primeiras mudanças.
Já o motor 1.3 Fiasa quando projetado para o álcool gera 62 cv, 1 cv a mais que a versão a gasolina, o suficiente para mover o compacto.
Boris dirigiu um dos primeiros Fiat 147 a álcool. Veja o vídeo!
Anos | 1977, 1978 e 1979 |
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Preços | de R$ 60 mil a R$ 90 mil |
Versões legais | LDO e Super Coupé |
Atenção | freios originais subdimensionados |
Ok, o Maverick 2.3 de 4 cilindros não tem a mesma graça, virulência ou ronco do “vê-oitão”. Mas só assim para comprar a nossa versão brasileira do Mustang por menos de R$ 100 mil. Então, aprecie mais o desenho inigualável do muscle car, e esqueça que o motor 2.3 de 99 cv da Rural tinha desempenho só pouco melhor que o de um… Chevette.
No Maverick 2.3, o que importa é tirar onda no domingo desfilando com o cupê de duas portas e apreciar a própria cabine, com couro, volante de dois raios e instrumentos circulares. O porte robusto e esportivo chama tanto a atenção que o pessoal menos atento – ou com problemas auditivos – nem vai se ligar que trata-se da versão quatro cilindros.
Anos | 1988 e 1989 |
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Preços | de R$ 20 mil a R$ 40 mil |
Atenção | freios originais eram pouco eficientes |
A GTS é uma das versões mais legais daquele que foi o carro mais vendido do Brasil por mais de duas décadas. Para muitos, o Gol GTS é até mais emblemático que o GTI já pelo desenho.
Lançado em 1987, o Gol GTS chamava a atenção pelos faróis mais largos do Voyage, lanternas traseiras maiores e luzes de neblina e de milha. Também tinha molduras laterais, para-choques proeminente, spoiler traseiro e rodas diferenciadas.
A proposta esportiva ganhava reforço na frente 5 cm mais baixa. Faz coro o motor 1.8 cuja potência de 99 cv era maquiada: na verdade, o propulsor gera até 110 cv, o que, na época, colocaria o Gol GTS em outro patamar tributário e o deixaria mais caro.
Contribui ainda para a pegada arrojada o câmbio bem escalonado de cinco marchas com cursos curtos, além da direção precisa e pedais justos. Dentro, bancos Recaro, volante do Santana e painel do GT. As linhas 1988 ganharam manopla do câmbio que remetia a uma bola de Golf e quadro de instrumentos mais moderno.
Anos | 1981 e 1982 |
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Preços | de R$ 10 mil a R$ 20 mil |
Versão legal | GL |
Atenção | é um Fusca, pô! |
O Fusca está mais valorizado do que nunca, mas ainda restam safras com preços que não façam você hipotecar a casa. Os modelos 81 e 82 – que ainda eram designados formalmente pela marca como VW Sedan – usavam motores 1.3 (este com opção a álcool) de 46 cv e 1.6 de 67 cv (os carros 1.600 eram diferenciados pelas famosas lanternas Fafá).
O modelo dispensa apresentações: é o Fusca icônico que mescla robustez e mecânica simples – e fácil de encontrar peças até hoje. O Fusca GL que surgiu em 1982 tem mimos como rádio, encostos de cabeça dianteiros, desembaçador traseiro, vidros de trás basculantes e frisos de borracha nos para-choques
Anos | 1981 e 1982 |
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Preços | de R$ 15 mil a R$ 30 mil |
Atenção | consumo e problemas na… tração! |
A Belina 4×4 oi a sacada da Ford para atrair a turma da fazenda que usava picape, mas queria um modelo versátil e confortável. Sem diferencial central, acabou se tornando a primeira e única station wagon brasileira com tração nas quatro rodas. O engate é feito através de uma alavanca ao lado do câmbio.
Com suspensão por eixo rígido e molas helicoidais, a Belina 4×4 consegue encarar lama, barro e buraqueira sem pedir arrego. Dentro, mantém o mesmo conforto, porta-malas de 569 litros e acabamento primoroso que a linha ostentava – bons tempos em que a Ford se preocupava com isso.
Fora, chama a atenção na Belina 4×4 o “copinho” no cubo das rodas, justamente devido ao sistema de tração com rodas livres na traseira. O motor é o 1.8 de 71 cv que se mostra pouco econômico com o 4×4.
Anos | 1982 e 1983 |
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Preços | de R$ 10 mil a R$ 16 mil |
Atenção | painel rachado |
Não dá para ter um Passat Pointer e continuar jantando na vida, por isso o Passat LS é uma dica para quem curte o Volks e quer manter suas três refeições diárias.
Quando lançado, em 1974, O Passat foi um daqueles modelos revolucionários para o mercado brasileiro, em especial pela tração dianteira com juntas homocinéticas e suspensão traseira por eixo de torção.
A linha 82 já usava motor 1.6, mas é em 1983 que o propulsor passa a gerar 96 cv que ajudam a frente do carro dar aquela levantadinha bacana nas arrancadas e deixam o Passat com desempenho bem próximo ao de modelos maiores e mais potentes.
Anos | 1981 e 1982 |
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Preços | de R$ 15 mil a R$ 20 mil |
Versão legal | Comodoro Sedan 2.5 |
Atenção | parte elétrica |
Opalão é Opalão e sempre será quase uma religião, por mais que a herege da sua mulher reclame de gastar dinheiro com uma “banheira”. Tornou-se um clássico não só valorizado, como cultuado, mas ainda é possível ter algumas versões menos divertidas, porém tão icônicas como o modelo.
Falamos dos sedãs Comodoro com motor 2.5 de quatro cilindros e 90 cv fabricados entre 1981 e 1982. Já vêm com os faróis retangulares da reestilização de 1980 e caixa manual de quatro marchas – antes era a caixa de três marchas na maneira configuração com banco dianteiro inteiriço e alavanca na coluna de direção.
Como era uma configuração intermediária de um sedã mais requintado, muitos ostentam toca-fitas original e ar-condicionado funcionando. O teto revestido de vinil e o volante de dois raios dão um toque especial, assim como o novo quadro de instrumentos retilíneo adotado em 1981.
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Pow…. esqueceram o esportivo conversível dos anos 70/80?
rsrsrs…
Minha Puminha GTS 80 com mecânica VW faz sucesso ?
Tenho um Vw1600 ze do caixao pra negocio
tenho um Ford verona 2.0 I sport 95! Interior do xr3. Completo. Se alguém souber a quantidade que foi fabricada, favor me informar
Não Sabia que o Ford Belina Existia!
Isso são preços razoáveis? kkkk
Somente uma correcao: o motor 2.3 OHC do Maverick nao era o mesmo da Rural. O da Rural era o 6 cilindros em linha que, segundo a epoca, andava como um 4 cilindros e bebia como o V8.
Carlos , só para constar, a Rural , o Jeep e a F -75 nos últimos anos de produção, também saíram de fábrica com o motor 4 cilindros o 2.3 OHC ,se não me engano nos modelos 1977 ou 1978 ( chegou a ter até versões a álcool ) . antes disso sim era todos 6 cilindros , só nos primeiros Jeep 1951 era 4 cilindros más daí já era outro motor .
Não Sabia que o Ford Belina Existia!
A Rural 4 cilindros existiu sim, era 4 X 2, câmbio de 4 marchas na coluna de direção, cheguei a dirigir uma que era de um tio.
Eu tive uma Rural F-75 de 4 cilindros
Ha muito ( desde 1971) sou fã incondicional da linha Opala, o primeiro foi um 2500 Especial verde sevilha 4 portas, depois vieram as divertidas Caravans, e tenhoi duas, 87 seis canecos com meu filho e 89 4 canecos comportada SLE, e segundo minhas informação foram produzidas 200 e poucas, pode me confirmar essa informação. Forte abraço
Eu tenho um Kwid. E um Chevette. Com este vou e volto pro trabalho, 20km por dia. Vou ao mercado. Não me deixa na mao. Custo benefício sensacional. Não pago mais IPVA, só o DPVAT. Nem está com aquela aparência de impecável, mas não vendo. O RJ é uma estrada de buracos com algum asfalto. As peças de suspensão são baratas. Alinhamento custa 50.
Poxa vida, amigo, que tristeza. Tem dois carros que, juntos, não valem por um.
Inveja mata hein… respeite o outro pois o que você acha o máximo prós outros nada vale…