‘Filme queimado’: veja 5 carros que fracassaram devido a ‘rótulos’
Mercado brasileiro já viu alguns veículos sofrerem rejeição por motivos fúteis; felizmente, maioria deles pertence a um passado já distante
Mercado brasileiro já viu alguns veículos sofrerem rejeição por motivos fúteis; felizmente, maioria deles pertence a um passado já distante
Uma campanha que a Volkswagen fez para o Polo em rede social tem rendido muitas reações homofóbicas na internet, que vão desde piadinhas até comentários raivosos. Alguns já chegaram a propor boicotes tanto aos modelos da gama quanto aos demais carros da marca. Mas será que certos estigmas podem afetar tanto assim o desempenho comercial de um produto?
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Esse não parece ser o caso do Polo, que segue com boa busca em sites de classificados. As vendas do hatch no mercado de zero-quilômetro também não mostraram variação. Entretanto, no mercado brasileiro, alguns veículos chegaram, sim, a ter o desempenho comercial prejudicado devido a rótulos, muitas vezes injustos.
O AutoPapo enumerou 5 modelos de carros que ficaram marcados por determinados estigmas. Quase todos eles pertence a um passado já distante e são, atualmente, veículos antigos. Confira o listão!
A primazia da oferta de teto solar entre os carros nacionais foi do Fusca. A então novidade tinha acionamento manual e era de chapa, sem a lâmina de vidro dos modelos atuais. Em tese, deveria fazer sucesso: afinal, tinha tudo a ver com o clima tropical do Brasil. Mas aconteceu justo o contrário: veículos equipados com o item encalharam nas concessionárias, e a Volkswagen logo deixou de oferecê-lo. Tudo isso porque o modelo ganhou fama de ser “carro de corno”.
Há quem diga que o apelido “Cornowagen”, na verdade, foi um golpe de marketing da concorrência: um executivo da Ford é quem teria criado esse estereótipo e o espalhado. Seja como for, o fato é que o estigma pegou: o teto solar demorou mais algumas décadas até cair nas graças dos consumidores locais.
O Fusca com teto solar não foi o único dos carros da Volkswagen a ficar estigmatizado. Também na década de 1960, a marca lançou o sedan 1600: mais sofisticado, ele deveria ocupar uma posição superior na gama. Porém, o modelo acabou igualmente rejeitado. Dessa vez, a culpa era do design quadradão, que, segundo os consumidores da época, lembrava um esquife. As maçanetas externas destacadas seriam alças do esquife.
O veículo acabou recebendo o apelido de Zé do Caixão, em alusão ao personagem funesto criado pelo ator e cineasta José Mojica Marins. No fim das contas, o Volkswagen 1.600 saiu de linha precocemente: permaneceu no mercado apenas entre 1968 e 1970.
A Volkswagen sofreu com estigmas durante as década de 1960, mas a concorrência também enfrentou esse tipo de fenômeno. O Dauphine e o sucessor Gordini, da Willys, ganharam o apelido de “Leite Glória”. Tudo porque tais carros, que, na verdade, eram modelos semelhantes, com pequenas diferenças, “desmancham sem bater”, como dizia o slogan desse alimento lácteo.
Consta que essa fama decorria de falhas no processo de tropicalização: o projeto, originário da francesa Renault, não recebeu aperfeiçoamentos para as condições de rodagem do país. Consequentemente a suspensão sofria com a buraqueira das vias nacionais, assim como o sistema de arrefecimento, insuficiente para o clima das regiões mais quentes.
Um dos maiores atributos do Simca Chambord, na ocasião do lançamento, era o motor V8. Mas havia um “detalhe”: a unidade tinha baixa cilindrada. Eram apenas 2.351 cm³, posteriormente ampliados para 2.414 cm³. Além do mais, o propulsor era ultrapassado já para os padrões da época, pois baseava-se em um projeto Ford da década de 1930.
A potência bruta não chegava sequer a 100 cv, o que deu ao Chambord a fama de veículo lento. O estigma acabou gerando um apelido: Belo Antônio. Era uma referência a um filme estrelado por Marcello Mastroianni, que interpretava um personagem bonitão, mas… Impotente!
Entre os carros deste listão, os dois modelos da gama Marea, sedan e Weekend, são os mais novos. Contudo, nem por isso ficaram livres dos estigmas. Basta citar qualquer um deles nas redes sociais e já surgem uma série de comentários chamando-os de “bombas”: o bullying parece não ter fim!
A má fama é fruto dos motores de cinco cilindros que equiparam várias das versões da gama. Tecnológico para os padrões da época, exigia capacitação e ferramentas adequadas dos reparadores. Além do mais, era importado e ocupava praticamente todo o espaço do cofre. Isso fazia com que o Fiat Marea tivesse custo de manutenção elevado para a categoria na qual se inseria. Porém, ao contrário do que diz o senso comum, era bastante confiável se bem-cuidado.
Tem antipatia por alguma marca de carro? Então cuidado: assista ao vídeo com Boris Feldman!
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kkkk compa um polo kkkkkk
Grande Bóris Feldman, como sempre uma boa matéria. Mas não posso deixar de puxar a brasa para a minha sardinha e registrar o equívoco quanto à cavalaria sob o capô: lançada em 1964, a linha Simca Tufão oferecia 110 hp no Chambord e na Jangada, 112 na Rallye e na Présidence. Em 1966 o Simca Emi-Sul ofereceu opções de 130 e 140 hp, sendo considerado em teste da revista 4 Rodas “um senhor automóvel”, o que se comprovou após o primeiro recall da indústria automobilística brasileira (eixo virabrequim quebrava). Quanto ao estigma de Belo Antônio, não há o que contestar pois a primeira impressão ficou.
Os Willys (Gordini, Dauphine, 1093 e Interlagos) eram mesmo muito ruins que justificaram o apelido de “Leite Glória – Desmancha sem bater”.
Não era só a suspensão delicada que exigia constantes reparos e, nem o problema de frequentes ocorrências de superaquecimentos que empenavam os cabeçotes. Também os componente elétricos davam muito problemas (limpadores de pára-brisas, dínamos, motores de partida, marcadores de combustíveis, setas, etc.).
Afirmo isso por experiência própria porque trabalhei como eletricista numa concessionária Willys/Ford de 1965 a 1970.
Comparando com os carros de hoje, quase todos os carros nacionais da época, inclusive os Willys, eram muito ruins. A única exceção foi o Ford Galaxy que raramente apresentava algum problema.
O problema do Fiat Marea foi ser disponibilizado para um povo atrasado e burro como é o brasileiro acostumado a Fusca e Brasília. A Fiat nunca deveria ter lançado uma nave no país das carroças sem preparo anterior.
Claro que os preconceituosos tinham que vir aqui postar bobagens a respeito do VW Polo..
Perfeito terem colocado essa foto do Fusca. Esse modelo possuía meio teto de vinil (ou algo do tipo) ou é algum efeito da foto?
O Fusca e um senhor carro imagine quanto tempo já se passaram e o Fusca continua cendo Fusca eu particularmente já tive 11 Fusca e pretendo ter mais uns antes de morrer kkkkk amo Fusca
Como no fusca de corno..nao emplacou as vendas pois a pessoa na hora da sua escolha nao queria ser taxada de corno mesmo q nao fosse ou pensando ja na revenda..o Polo nao vai vender pra galera que nao quer ser taxada de gay. Na mesma analogia. So que do Vw com teto solar foi o concorrente q fez a contra propaganda..nessa foi a propria Vw. Nao seria mais inteligente um casal homem e mulher e um casal gay entrarem no carro juntos e sairem de role? Estaria bem mais alinhado ao conceito de ser tudo igual.
Quem fala com muito mi-mi-mi
Do polo não tem nenhuma bicicleta .
Alguém ajuda o Santos a vender o Polo G dele. Tá difícil de passar pra frente, né? Kkkkkkkk
Cara vc é muito gay enrustido, só de ler suas palavras ja se nota o nível de homossexualidade, te liberta cara, senão vais entrar em parafuso psicológico!
Bom o vídeo, e concordo com vc, quando vc diz que as vendas do POLO G não estão caindo. Estão DESABANDO. Se eu entrar numa concessionária Volkswagen, já vou avisando o vendedor, não vim ver Polo. Quem diria que o Polo G vai sair de linha que o ultrapassado Gol.
De onde você obteve as informação de que as vendas do Polo estão “desabando”?
Se foi nas diversas fake news publicadas na mídia, como que os preços estariam despencando, que os concessionários estavam implorando para retirada da veiculação da propaganda ou que a quantidade de anúncios das vendas aumentou enormemente, saiba que todas foram desmentidas e que aparentemente as vendas não estão sendo afetadas de forma alguma, segundo algumas mídias e concessionários da VW.
Também não sei de onde você obteve a informação infundada de que o modelo sairá de linha, ainda mais considerando que alguns portais fizeram publicações recentes do modelo reestilizado continuando em testes para lançamento próximo.
Deveria comentar fatos e não apenas achismos baseados na sua opinião ou de uma minoria inconformada atoa.
O problema foi fazer uma propaganda para enfiar goela abaixo a agenda glb………
Pessoas compram carros, e a partir do momento que você se volta para um grupo, e pequeno de 9essoas, e diz que eles são a evolução, quem não se identifica, não compra mais seus produtos, simples.
Se uma marca fizer uma propaganda enaltecendo, por exemplo, os escravagistas, ou que ser gay é errado e merece morrer, tenho certeza que vai ser repudiada da mesma forma.
o polo só vai mudar de donos , dos heteros , para seu publico alvo ! mas vai continuar vendendo………………
O comentário a seguir eh de alguém que está com dificuldade de passar o Polo G pra frente. Ajudem está pobre alma.
Acredito que não só o modelo, mas também o preço do “Zé do Caixão” não condizia com o que o carro deveria apresentar.