10 carros que teriam notas baixas no Carnaval
Conheça os automóveis que perderiam pontos em quesitos importantes do tradicional desfile das escolas de samba
Conheça os automóveis que perderiam pontos em quesitos importantes do tradicional desfile das escolas de samba
O Carnaval foi cancelado, mas para quem tem saudades do Jorge Perlingeiro anunciando as notas dos jurados do Desfile das Escolas de Samba do Rio, um alento: selecionamos 10 carros que dariam passos feios na Sapucaí e perderiam pontos importantes nos principais quesitos da apuração.
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Imagine o locutor, com sua indefectível voz gutural e a clássica peruca, falando dos automóveis? Bem, “vamos às notas!” – que estão bem abaixo das permitidas pela Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa)… Confira o listão!
O sedã compacto entrou na avenida em 2007 bastante controverso por dentro e por fora. Projeto de baixo custo da romena Dacia (marca pertencente à Renault), o formato quadradinho e o conjunto ótico sem qualquer inspiração remetiam aos carros baratos dos anos 70. Tanto que sua proposta era ser um veículo racional e, de fato, nisso era imbatível no segmento.
Perde nota nas alegorias e também nos adereços. Isso porque o Logan chegou com um padrão de acabamento interno bem sofrível. Plásticos mal encaixados e com aparência de baixa qualidade e o quadro de instrumentos âmbar davam um ar vintage e extremamente simples ao mesmo tempo. A posição de dirigir ainda era esquisita. Nota, 5.8.
O Etios caiu na boca de Matilde quando chegou, em 2013. Apesar de mecanicamente ser um bom carro, tinha desenho para lá de controverso e acabamento muito abaixo dos padrões Toyota da época. Não satisfeita, a marca ainda resolveu lançar uma versão “aventureira” do hatch compacto, e a emenda saiu pior que o soneto.
É como se você tascasse mais e mais botox em um rosto que já está meio comprometido, tal qual a socialite suíça Jocelyn Wildenstein (dá uma “googlada” que você vai entender sobre o que estou falando, ops, escrevendo). Os aparatos e adereços aventureiros do Etios Cross estragaram uma já ruim fantasia e resultaram em um dos carros mais feios que o mercado brasileiro já viu. Nota: 4.3.
Na boa, quem vê o Eclipse Cross de frente acha que o cara largou o projeto e chamou um estagiário de finanças para cuidar da traseira. Os desenhos não combinam nem um pouco.
Tanto que a Mitsubishi já fez uma remodelação em seu SUV médio e mudou radicalmente a parte de trás – que ficou menos esquisita, mas continua carecendo de harmonia. Quesito harmonia: nota 5.2.
O hatch era bem moderno para a época. Fez sucesso no Brasil, onde começou a ser produzido em 2001, graças ao desenho diferente do segmento de compactos e ao acabamento bem mais caprichado. Mas depois de alguns anos ao volante do 206, a batucada ruim ressoava na cabine.
Com problemas crônicos no projeto de suspensão, os 206 mais rodados incomodavam os seus donos com uma bateria que atravessava constantemente o ritmo em um simples paralelepípedo. Nota: 6.9.
Vamos combinar que a funcional multivan – que ainda resiste no mercado brasileiro – perde pontos em muitos quesitos, mas a comissão de frente talvez seja a categoria mais alvo de críticas. Visto de frente, o mini furgão parecia disforme. No modelo de 2002, a grade estreita e os faróis conferiam um desenho estranho, que contrastava com o estilo caixote e largo do restante do carro.
Veio o face-lift de 2009 – enquanto uma nova geração era lançada na Europa – e pouco ajudou. Suavizou as formas do Doblò, mas a dianteira continua mal resolvida. Beleza pode até não ser primordial em carros utilitários, mas os feios que me perdoem… Nota 5.7.
Poucas vezes este que vos escreve dirigiu um carro tão mal resolvido na vida. O subcompacto chinês da fase pré-Caoa da Chery era um desastre por completo. Além de feio por fora e apertado por dentro, tinha acabamento ruim. A carroceria aparentava fragilidade em qualquer tipo de curva e os pedais pareciam que iam desmontar.
Para completar, os motores (1.1 inicialmente e depois, 1.0) eram fracos e barulhentos. Um conjunto que não deixará saudades. Nota 3.2.
Os julgadores deste quesito no desfile das Escolas de Samba analisam dois aspectos principais: a ideia do tema apresentado e se a agremiação explicou-o de forma correta, criativa e original. Pois bem, depois de um bem resolvido primeiro HB20 (2013-19), a Hyundai vacilou neste aspecto.
O desenho frontal pecou pelo excesso de ousadia, o acabamento ainda é bom, mas poderia ter ficado mais moderno, e o acerto da carroceria e da suspensão continua “Palio dos anos 1990 demais”, de tão suave. Nota 7.6.
O Ka vinha bem na avenida. O compacto estava entre os três mais vendidos do país, a linha 2019 deixou a gama com um acerto dinâmico bem mais aprumado e os motores três-cilindros Dragon estavam entre os melhores da categoria. Aí veio a Ford e… atravessou o samba.
A marca norte-americana cantou errado e pecou na letra ao anunciar o fim da produção do modelo – e de qualquer outro automóvel ou motor no país. O público não cantou junto e a escola foi vaiada antes de chegar à Praça da Apoteose. Nota 4.2.
A picape compacta da General Motors era outra que mandava bem nos desfiles. Apesar de não conseguir tirar o título de campeã da passarela da Fiat Strada, usava a base do Corsa de segunda geração (de 2002), tinha construção sólida, boa capacidade de carga e dirigibilidade elogiável.
Em 2008, a Chevrolet mudou a Montana por completo e usou a plataforma do Agile, derivado do primeiro Corsa, de 1994. Além de regredir na mecânica, adotou uma fantasia que também desagradou à boa parte dos jurados: eles não hesitam em colocar a picape no rol dos carros (muito) feios. Nota 5.1.
Quando a Porta-Bandeira é muito boa, mas o Mestre Salas se atrapalha com as pernas ao sambar, de nada adianta e a dupla perde pontos. Com o Up ocorre mais ou menos isso. O subcompacto da Volks é um excelente modelo, com bom comportamento dinâmico, acerto afinado de suspensão e direção e ainda tem um valente e econômico motor turbo.
Só que… o pessoal de vendas não acompanhou o ritmo da engenharia. O carrinho, além de caro, nunca teve desempenho comercial condizente. Sobreviveu 2020 às custas de estoque da linha 2019, foi “re-homologado” para quatro passageiros, não somou nem 7 mil emplacamentos no ano passado e não deve entrar na avenida em 2022. Nota 7.2.
O hatch compacto demorou a entrar na avenida e perdeu pontos importantes na concentração. E não foi pequeno o atraso não. O Rio era prometido pela marca sul-coreana para o Brasil desde 2010, quando estava em outra geração.
Só chegou no primeiro trimestre de 2020 e em versão única, com motor 1.6 do HB20 e câmbio automático de seis marchas. Emplacou 370 unidades nesses nove meses de venda em 2020. Perde 1 ponto pelo atraso.
Kia Rio 2020 consegue enfrentar Onix, Polo e Argo? Boris Feldman testou o hatch: assista ao vídeo!
Fotos: Divulgação
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Discordo completamente, em especial ao Etios. Não sei quem escreveu essa matéria, mas poderia repensar.
Quais carros nacionais que vocês acreditam serem lindos e bons , visto que conheço dois de Oficinas mecânica e auto elétrico e divergem muito da opinião de vocês
Gostaria de saber sobre o Creta.
Se vai parar a fabricação.
SsangYong não entrou porque é hors concours…
E no quesito beleza (ou falta de) temos ainda Spin, March e Versa (versão anterior).
A spin foi remodelada, assim como versa… e com isso melhoraram muito. O march saiu de linha. Por isso provavelmente não estão na lista.