Os carros nacionais que merecem medalha olímpica
Nas Olímpiadas do AutoPapo, esses modelos merecem medalhas em diversas categorias; confira quem foi ouro, prata e bronze
Nas Olímpiadas do AutoPapo, esses modelos merecem medalhas em diversas categorias; confira quem foi ouro, prata e bronze
Os Jogos Olímpicos de Tóquio estão aí e a madrugada é uma criança para quem curte o maior evento esportivo do planeta. Mas você já parou para pensar se existisse a Olimpíada Automotiva? Pois é, nós fizemos essa analogia jocosa, e você não precisa ficar acordado nem zapear como um psicopata o controle remoto da TV para descobrir quais carros ganharam medalha.
Já te adiantamos os resultados dos modelos que levam o ouro, a prata e o bronze em cada modalidade. Mas assim como o COI estabelece as regras da Olimpíada, nós também temos nossos critérios. Consideramos apenas os carros produzidos no Mercosul e de marcas genéricas – ou seja, as delegações premium da Alemanha, Suécia e Grã-Bretanha foram barradas.
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Tem automóvel feito no Brasil que corre tão rápido quanto o Usain Bolt. E esse atleta tem alma romena. Trata-se do Renault Sandero RS, que é o carro mais rápido produzido no país, com o 0 a 100 km/h em 8 segundos cravados. A performance digna de medalha de ouro é garantida pelo motor F4R que equipava o Duster, e que foi recalibrada para a versão esportiva do hatch.
Mas o Sandero RS também teve de se preparar como um velocista para subir no lugar mais alto do pódio. Além do propulsor 2.0 16V de 150/145 cv, o compacto recebeu ajustes mais firmes na suspensão e na direção, e ganhou freios maiores. Combinado ao baixo peso de 1.161 kg, chega na frente de atletas renomados, como Volkswagen Polo GTS e Chevrolet Cruze Sport6.
Correr 42 km e cruzar a linha de chegada em primeiro não é para qualquer um. Para o carro, o desafio é percorrer essa distância com o menor consumo de combustível possível. E nessa modalidade, a Renault se garante com dois lugares no pódio e o ouro.
O hatch subcompacto da marca francesa é equipado com o motor 1.0 três-cilindros aspirado de 70/66 cv, e faz médias urbanas de 14,9 km/l, segundo medições do Inmetro para o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV). Desta forma, gastaria menos de 3 litros para correr a maratona.
*Critério: apenas médias na cidade aferidas pelo Inmetro de automóveis de passeio com motores a combustão – híbridos não foram considerados
Aqui, as picapes são o destaque. Feitas com foco também no trabalho, elas têm de garantir carga útil boa para valer seu custo/benefício. E neste esporte a Ranger é a que levanta, ou melhor, carrega mais peso e a que exibe com orgulho a medalha de ouro na grade dianteira.
A picape média da Ford, em sua versão XLS cabine dupla com motor turbodiesel de 160 cv e 39,3 kgfm e câmbio automático de seis marchas, é capaz de levar 1.168 kg. Também se vale de uma caçamba com 1.180 litros e tração traseira para vencer Amarok e S10.
Achar o design de um carro bonito ou feio é subjetivo – e gosto “não se discute”. Mas nas Olimpíadas algumas modalidades têm seus jurados para avaliar, com notas, a performance dos atletas – como a ginástica Então, o corpo de jurados do AutoPapo avaliou os modelos mais bonitos produzidos na região.
O ouro ficou com sobras para o Peugeot 208, graças ao seu estilo arrojado, elegante e harmonioso ao mesmo tempo. A nova geração do compacto, agora feita na Argentina, tem linhas angulosas, carroceria repleta de vincos e o detalhe do conjunto óptico que remete às presas de um tigre de sabre. Ganhou, com sobras, de Nivus e Toro.
Aqui, méritos para os carros (e marcas) que acertam o alvo. Pois é, carro que vende bem geralmente é sinônimo de custo/benefício atraente e boa oferta no mercado. A Strada arrebatou o ouro no embalo de mais de 61 mil emplacamentos no primeiro semestre de 2021, segundo dados da Fenabrave.
A picape compacta desbancou o grande favorito Onix, mas isso porque a delegação da Chevrolet falhou na preparação e, por falta de semicondutores, a produção do compacto está parada há três meses. Sorte da Strada, do HB20 e do Argo, que compõem o pódio.
O novo motor GSE da Stellantis garantiu o ouro ao Jeep Compass. O SUV médio produzido em Goiana (PE) foi remodelado, ganhou o 1.3 turboflex e ficou mais potente para poder ir no lugar mais buscado do pódio.
Com 185 cv de potência com etanol e 180 cv, com gasolina, superou os campeões anteriores, como Corolla e a dupla HR-V e Civic – que, nos critérios de desempate, superou o Citroën C4 Cactus THP, que só atinge a mesma potência de 173 cv com álcool.
*Só carros de passeio e com motores flex ou a gasolina
No revezamento, um atleta passa a vez da corrida para outro. No setor automotivo, os carros passam por remodelações – ou por uma ou outra geração – para se manter no mercado. E cruzar a linha de chegada. Nessa prova, o Gol é quase um expert.
O hatch compacto passa o bastão de roda e roda por mais de 30 anos. Já teve três gerações e mais de quatro reestilizações para se manter, ainda, entre os carros mais vendidos do país. A Strada, outra experiente na modalidade, ficou com a prata.
Enquanto uns modelos se revezam, outros dão um salto em termos de tecnologia para avançar. Neste quesito, os japoneses são especialistas: em cada troca de geração, saltam mais e mais. Obviamente, a dupla Corolla e Civic sempre protagonizam uma disputa ferrenha pelo ouro, e desta vez o primeiro lugar fica com o Toyota.
A nova geração do Corolla não só evoluiu em desempenho e conectividade, como adotou um conjunto híbrido flex. Ganhou o ouro e deixou o arquirrival da Honda com a prata. Completa o pódio o Polo, que também deu um belo salto recentemente.
Toyota insiste em iludir o consumidor com o Corolla da Stock Car. Veja opinião do Boris Feldman
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Parabéns ao autor da matéria. medalha de ouro pela criatividade.