Carros da Volkswagen clássicos estão em garagem secreta
Acervo conta com exemplares fabricados na planta de Anchieta e inclui protótipos nunca lançados, como VEMP e Projeto BY
Acervo conta com exemplares fabricados na planta de Anchieta e inclui protótipos nunca lançados, como VEMP e Projeto BY
Recentemente, a Volkswagen revelou sua “garagem secreta” com alguns raros automóveis produzidos na fábrica de Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP). A Garagem VW, localizada na Ala 5 da planta, reúne 20 modelos em perfeito estado de conservação. E esses carros da Volkswagen parecem novos devido a um trabalho meticuloso de preservação e restauração realizado ao longo dos últimos 15 anos, relata a marca.
A exibição foi aberta na ocasião da celebração dos 60 anos da linha de montagem, pois conta com modelos que marcaram a indústria automobilística nacional. Entre eles, há até alguns exemplares zero quilômetro.
Os carros da Volkswagen foram separados por época: de 1950 a 1980, foi a era dos os automóveis refrigerados a ar, a fase da Autolatina, união da Volkswagen com a Ford, e também projetos de carro e protótipos. No Rolimã deste domingo, selecionamos alguns dos carros mais clássicos dessa coleção. Confira:
Ela é um projeto totalmente nacional idealizado em 1973 por engenheiros e técnicos brasileiros, e nome homenageia a capital do país. A Brasília contava com traços do designer Marcio Piancastelli, inéditas e inovadoras inclusive para a Volkswagen na Alemanha.
O projeto foi desenvolvido em torno da plataforma do Sedan (Fusca), já com o ganho em tamanho viabilizado pela introdução do 1600 (em 1968).
Embora 13 mm mais curto que o Fusca, oferecia muito espaço na cabine, com grande área envidraçada. O motor era o 1.600 cm³ de 60 cavalos – em 1975 veio a versão com dois carburadores, elevando a potência para 65 cv.
O modelo já trazia recursos de segurança como painel acolchoado, freios a disco na dianteira, trava especial no capô dianteiro e estrutura já desenvolvida para absorver a energia cinética em caso de colisão – preservando o habitáculo e a segurança dos ocupantes.
A Brasília em exposição na Garagem VW é de 1981, guardada diretamente da linha de produção para o acervo. O exemplar tem menos de 500 quilômetros rodados e nunca saiu da Fábrica de Anchieta.
Ele é visto por muitos “antigomobilistas” como o mais belo entre todos os carros da Volkswagen. E assim como a Brasília, o SP1 foi totalmente pensada e produzida em terras brasileiras. A apresentação dos modelos SP1 (1.6) e SP2 (1.7) aconteceu em junho de 1972, e a produção foi até 1976, com o SP2.
O destaque do SP1 é o apelo esportivo com boa aerodinâmica e baixo centro de gravidade. Os carros eram esportivos com detalhes exclusivos para a época, como instrumentos integrados ao painel, bancos esportivos forrados de couro e volante com desenho exclusivo.
Com menos de 100 unidades produzidas, o SP1 é um dos raríssimos carros da Volkswagen.
A unidade em exposição é de 1971 e passou por diversos departamentos na fábrica de Anchieta, ficou guardado por anos, foi encontrado, totalmente recuperado e integrado ao acervo.
Junto ao Fusca, a Kombi marcou o início das atividades da Volkswagen no Brasil, há 60 anos. O veículo utilitário começou a ser montado em 1953, ainda no bairro do Ipiranga, em São Paulo. Já em 1957, começou a ser efetivamente fabricado no Brasil, em Anchieta.
O nome Kombi é uma abreviação, adotada no Brasil, para o termo em alemão Kombinationsfahrzeug, que em português significa “veículo combinado” ou “combinação do espaço para carga e passeio”.
É claro que, entre os carros da Volkswagen mais clássicos, não poderia faltar o Fusca. Dois exemplares do besouro fazem parte da coleção de Anchieta, incluindo um conversível de 1993, adaptado por uma empresa especializada.
O outro é de 1986, e saiu diretamente da linha de produção para o acervo. Ele foi um dos últimos da primeira fase, de 1959 até aquele ano.
Apelidado de “Zé do Caixão” por causa de seu design quadrado e maçanetas que remetem a um ataúde, o 1600 teve vida curta entre os carros da Volkswagen. Foi desenvolvido por uma equipe de brasileiros e alemães, e lançado em 1969.
Veja outros apelidos de carros curiosos
Ele foi pensado para ser o Fusca de quatro portas, e foi vendido só até 1971. O motor era traseiro, 1.6 refrigerado a ar. A unidade na Garagem VW é de 1970, e foi readquirido pela Volkswagen de um colecionador.
Apesar do nome parecido, o 1600 TL é bastante diferente do 1600. Apresentado em agosto de 1970 para integrar a linha 1971, seu destaque era a carroceria em estilo fastback. Chegou às lojas com duas portas, dois porta-malas, e motor 1.6 de 65 cavalos.
Em 1971, também foi lançada uma opção de quatro portas. A unidade que figura entre os carros da Volkswagen no acervo de clássicos é de 1972, e também pertencia a um colecionador.
A Variant II é a segunda geração da perua de nome alemão, lançada em 1977. Nessa segunda fase, ganhou linhas retas, mais espaço na cabine e inovações técnicas – várias delas introduzidas pelo Passat. O motor era 1.6 de 67 cv.
O exemplar na garagem secreta da marca é de 1980, e foi retirado da linha de montagem diretamente para o acervo de carros da Volkswagen.
Ele foi o primeiro dos carros da Volkswagen com motor refrigerado a água, um quatro cilindros de 1.500 cm³ gerava 78 cv. O Passat foi lançado no Brasil em 1974, apenas um ano após sua chegada na Europa.
No acervo da garagem secreta, está uma unidade do GTS Pointer de 1988, uma das últimas unidades fabricadas em Anchieta.
Outra pérola da marca, o Voyage foi lançado em 1981 com duas portas e versões S e LS, e motores 1.5 a gasolina ou álcool. O sedã permanece sendo oferecido até hoje, e soma mais de um milhão de unidades vendidas ao longo de sua história.
A unidade exposta, versão GL de 1995, foi retirada da linha de produção diretamente para a coleção da Volkswagen.
A perua da Família BX foi apresentada em junho de 1982 como modelo 1983, com motor de 1.6 refrigerado a água e três versões: S, LS e GLS. Sua primeira série especial, Parati Plus, foi adicionada à linha um ano depois. Em 1988 a versão GLS passou a oferecer motor 1.8.
No acervo de carros da Volkswagen, está um exemplar GLS de 1994, outro que saiu diretamente da linha de produção.
Lançado em junho 1984, o Santana marcou a entrada da Volkswagen no segmento de carros de luxo. Com versões CS, CG e CD, e opções de carroceria com 2 e 4 portas, tinha câmbio manual de 5 marchas (havia câmbio automático como opcional) e motor 1.8 que gerava 85 cv na versão a gasolina e 92 cv na a etanol.
Entre seus recursos estavam vidros e travas elétricos e rádio toca-fitas. A unidade no acervo de carros da Volkswagen é da versão EX, ano 1991, e pertenceu à frota de testes da fabricante.
A Volkswagen mostou ousadia ao desenvolver um projeto para uma licitação do Exército Brasileiro no início dos anos 1970. O texto falava em “veículo todo terreno”, com tração 4×4, e que tivesse capacidade para puxar 500 quilos de carga.
E assim surgiu o VEMP, sigla para Veículo Militar Protótipo. Com construção do tipo carroceria sobre chassi, trazia o mesmo motor 1.6 a ar de outros modelos. A carroceria em aço é de linhas retas e simples, para facilitar a manutenção.
Só existem duas unidades dele, incluindo a exposta em Anchieta.
O projeto de código interno BY foi cancelado em 1987, e dele restou apenas a unidade na garagem secreta da Volkswagen. Ele estava sendo feito como um veículo de entrada, menor que o Gol, mas com a mesma dianteira que este.
Da coluna B para trás era diferente, mais curto. O projeto BY também tinha algumas melhorias mecânicas em relação ao Gol, mas foi anulado devido à falta de proporção da carroceria. A culpa de ele nunca ter sido um dos carros da Volkswagen, segundo a própria, foi do motor AP 1600, que desequilibrava sua dianteira.
Fotos Volkswagen | Divulgação
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Gostaria de saber como faço para ir até o acervo e se aberto ao público
Garagem irada, modelos bacanas que fizeram nossa historia. Esse sp2 eh show ate nos dias de hoje, imagine colocar motor ap1.6 e rodas bbs nele…
Onde passa o programa rolimã ?
Esse BY é uma mistura de gol com uno rs
Esse gol seria um gremilin da VW Brasil se tivesse nascido, apesar da traseira legal, a frente espichada não combina mesmo …
Sou apaixonado tenho um fusca 84 meu sonho restaurar.tenho o previlgio de ter andando mais 1000000 de quilómetros de fusca sou representante muita emoção. De 1992 a 2003 dentro de um fusca todos os dias da semana .previlegio pra poucos. Abraços .Depois passei para Parati e tive Passat .