Dieselgate no Brasil: Volkswagen deve pagar multa de R$ 7 milhões
É a segunda vez que a marca é punida por fraudar testes de emissão de poluentes no país, pagando R$ 7,2 milhões à Secretaria do Consumidor
É a segunda vez que a marca é punida por fraudar testes de emissão de poluentes no país, pagando R$ 7,2 milhões à Secretaria do Consumidor
Em 2015, A Volkswagen foi protagonista do escândalo do Dieselgate: ela fez uso de componentes eletrônicos que falsificavam os testes de emissão de poluentes em seus carros a diesel. Em alguns casos, eram emitidos até 40 vezes mais químicos que o permitido. Os danos foram menores por aqui, e afetaram apenas o modelo Amarok. Agora, Volkswagen paga mais uma multa pelo Dieselgate no Brasil, arcando com seus erros no país.
A decisão foi tomada pela Secretaria Nacional do Consumidor, esta semana. O órgão faz parte do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Foram vendidas 17.057 unidades da picape com o software do Dieselgate no Brasil, fraudando os níveis de emissões.
Agora, a justiça entendeu que as ações da montadora alemã podem ser vistas como “configurando a violação da boa-fé que o fornecedor deve buscar nas relações de consumo”. A Volkswagen tem 10 dias para recorrer à decisão.
Em novembro de 2015, a fabricante já havia sido condenada a pagar ao Ibama, parte do Ministério do Meio Ambiente, a multa de R$ 50 milhões. Além disso, a Volkswagen também teve que corrigir a irregularidade nas picapes afetadas pelo Dieselgate no Brasil.
Foi feito um recall do Dieselgate no Brasil, convocando todas as 17 mil Amarok, que foram fabricadas em 2011 e 2012.
No mundo, a empresa já gastou bilhões de dólares para arcar com as penalizações decorrentes das fraudes. Além disso, executivos do Grupo Volkswagen que comandavam Porsche e Audi foram presos e estão sendo investigados até hoje.
A emissão ilegal de poluentes por seus motores a diesel foi encarado como um problema sério nos Estados Unidos e Europa. Além de uma legislação ambiental mais exigentes, estes países não proíbem carros de passeio com motores a diesel, como ocorre no Brasil.
Assim, são vendidos, por lá, modelos como o Volkswagen Golf, Jetta, Passat; ou Audi A3, A6, A7 e A8. Todos estes estavam emitindo mais gases tóxicos do que se pensava. No mundo, foram 11 milhões de veículos irregulares, parte de uma fraude que começou em 2009. Na Europa, calcula-se que a poluição gerada pelo conjunto pode ter causado até 5 mil mortes.
Com relação à mais recente penalização, a Volkswagen do Brasil afirma que o Dieselgate, no Brasil, tem uma relação diferente com a legislação do que em outros países. De acordo com a fabricante, os níveis de poluentes (óxidos de nitrogênio expelidos pela queima do diesel, referidos como NOx) emitidos pela Amarok, mesmo equipada com o software de fraude, ainda estavam dentro do permitido pela legislação brasileira.
Confira a nota divulgada pela Volkswagen na íntegra:
No Brasil, o tema Diesel difere de outros mercados, uma vez que o software não otimiza os níveis de emissões de NOx das picapes Amarok comercializadas no mercado brasileiro com o objetivo de atender os limites legais. Portanto, o os carros envolvidos atendem a legislação brasileira mesmo antes dos softwares serem removidos destes carros.
Em 2017, a Volkswagen convocou os modelos Amarok para substituir o software da unidade de comando eletrônico do motor visando retomar a confiança dos consumidores. O recall foi iniciado em 3 de maio de 2017 e envolve um total de 17.057 veículos.
Com relação à sansão divulgada nessa segunda-feira (4 de fevereiro), a Volkswagen tomou conhecimento pelo Diário Oficial da União e entrará em contato com o DPDC para entendimento das razões da decisão.
Saiba tudo sobre o Dieselgate no Brasil e no mundo:
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