Fantasia de carnaval: carros ‘fazem de conta’ com alegorias
Listamos cinco modelos que evocam esportividade, capacidade off-road e outras características apenas por meio de suas roupagens
Listamos cinco modelos que evocam esportividade, capacidade off-road e outras características apenas por meio de suas roupagens
Vestir uma fantasia de carnaval não exclusividade dos seres-humanos: determinados carros também usam trajes alegóricos, inclusive fora do período festivo. Existem diferentes tipos de simulacros, que os fazem parecer ter qualidades além do que suas características de projeto permitem. O AutoPapo listou cinco caracterizações desse tipo, acompanhadas de um exemplo veículo que as utilizam. Confira:
Vários carros sem nenhuma preparação mecânica utilizam adereços esportivos. Desse modo, ficam com visual agressivo, ainda que o desempenho seja pacato. Há vários exemplos no mercado, como o Chevrolet Onix Effect, o Toyota Corolla XRS e o Fiat Argo HGT. Porém, o modelo mais esdrúxulo é, provavelmente, o Renault Sandero GT Line, movido por um nada empolgante motor 1.0 de três cilindros, capaz de gerar 82 cv de potência e 10,5 kgfm de torque com etanol. Os números caem ainda mais com gasolina: 79 cv e 10,2 kgfm.
É verdade que a fantasia de carnaval ao menos é caprichada: inclui para-choque frontal redesenhado, rodas de liga leve de 16 polegadas e spoilers laterais e traseiro. Além disso, o hatch tem baixo custo, pois seu preço é de R$ 49.290.
Há de se considerar que o Sandero GT Line também é comercializado com motor 1.6, que lhe dá mais vitalidade. Porém, quem quer real esportividade deve partir para a versão RS. Ela sim é legitimamente picante, com motor 2.0, câmbio de seis marchas e suspensão e freios aperfeiçoados.
Quem lançou a moda do off-road de mentirinha no Brasil foi a Fiat, com sua linha Adventure, quase 20 anos atrás. Desde então, praticamente todos os outros fabricantes entraram na onda, com modelos ornamentados com muitos adereços plásticos, mas sem real capacidade fora do asfalto. Alguns deles, pelo menos, trazem suspensão elevada, que ajuda um pouco na hora de transpor valetas e outros pequenos obstáculos. Outros, nem isso: têm apenas a caracterização visual típica, sem qualquer outra alteração. É esse o caso do Cross Up!, mecanicamente idêntico a outras versões.
Faz menos sentido ainda ao se considerar que o up! é um subcompacto desenvolvido com foco na utilização urbana. Desse modo, seu habitat natural é o asfalto das grandes cidades, e não trilhas estradas rurais. Mesmo assim, a Volkswagen deu a ele uma fantasia de carnaval bastante chamativa, com direito a pintura prateada nos para-choques e apliques inferiores que imitam chapas protetoras. Racks no teto e molduras plásticas nos paralamas arrematam o visual.
Pelo menos, ninguém vai se queixar do desempenho, já que a configuração Cross é movida pelo motor 170 TSI. Trata-se de um 1.0 turboalimentado capaz de render 105 cv de potência com etanol e 101 cv com gasolina. O torque é de 16,8 kgfm com os dois combustíveis. São números mais que suficientes para o carrinho, que pesa menos de 1 tonelada.
Já reparou que as montadoras enchem as versões top de linha de seus automóveis de cromados? É que o brilho prateado desses elementos parece transmitir uma ideia de sofisticação e luxo aos consumidores. Nem modelos de entrada escapam dessa tática: hatches e sedãs compactos ganham resplandecência, às vezes até exagerada, com vários apliques metalizados. Um dos que mais abusa dessa tática é o Hyundai HB20 Premium, cujo visual parece até excessivamente carregado.
Nenhuma outra fantasia de carnaval parece ter tanto brilho como a da versão top de linha do HB20. A Hyundai não economizou nos cromados, que estão presentes na grade, maçanetas, moldura das janelas e régua acima da placa traseira. Até as rodas têm acabamento diamantado. Haja avenida para o compacto exibir seus paetês!
O HB20 Premium tem a mesma mecânica disponível para as versões Comfort Plus, Style (disponível apenas com carroceria sedã) e R-Spec (apenas hatch). O motor é um 1.6 16V, que desenvolve 128 cv com etanol e 120 com gasolina. O torque é de 16,5 kgfm com o primeiro combustível e de 16 kgfm com o segundo. O câmbio é sempre automático de seis marchas.
Em vez de cromados, há quem recorra a elementos pintados de preto para transmitir aquela ideia de sofisticação. Vira e mexe, o mercado ganha alguma série especial com rodas, retrovisores, teto e outros elementos escurecidos. Porém, a marca que mais tem lançado veículos com essa característica é a Chevrolet, como o Tracker Midnight. Vale lembrar que a marca oferece ainda a S10 Midnight e o Cruze Black Bow Tie, que seguem exatamente a mesma fórmula.
O Tracker Midnight abusa do look ao estilo “pretinho básico” em sua fantasia de carnaval. Nele, tudo é negro, desde a cor da carroceria até os emblemas de identificação. A monocromia segue no interior, que repete a mesma cor no painel, nos bancos e nas forrações das portas.
Sob o capô, o Tracker Midnight traz o mesmo conjunto presente nas demais versões da linha. O motor é um 1.4 turbo de 153 cv e 24,5 kgfm quando abastecido com gasolina, ou 150 cv e 24 kgfm com etanol. A única opção de transmissão é a automática de seis velocidades. Assim como a maioria dos SUVs compatos, o modelo tem tração dianteira.
Carnaval é época de fazer de conta: homens se vestem como mulheres, plebeus usam fantasia de reis… O que vale é chamar a atenção e dar asas à criatividade. Apesar de ser vendido durante todo o ano, e não apenas nos dias de festa, o Honda WR-V segue exatamente essa lógica. Ele é anunciado como SUV, tem adereços de SUV e preço de SUV (a partir de R$ 82.100), mas não passa de uma derivação do Fit.
É fácil notar que o WR-V e o Fit são, a grosso modo, o mesmo carro. Basta olhá-los de perfil: sob esse ângulo, é possível observar que eles compartilham várias peças de lataria. As quatro portas, os para-lamas traseiros e toda a capota são rigorosamente iguais nos dois modelos. Por dentro, eles também são idênticos, com direito até ao mesmo painel. Todavia, a Honda aplicou uma remodelação na dianteira de seu pseudo-SUV: faróis, para-choque, paralamas e capô são exclusivos. Na traseira, o para-choque e a tampa do porta-malas também têm desenho próprio.
Na parte mecânica, o WR-V até tem algumas diferenciações em relação ao monovolume que lhe originou. Mas não espere por grandes mudanças: há apenas suspensão elevada e um eixo traseiro proveniente do HR-V. Esse último, vale lembrar, também utiliza a plataforma do Fit, embora tenha elementos estruturais e carroceria próprios. O motor é o mesmo nos dois veículos, um 1.5 que entrega 116 cv com etanol e 115 cv com gasolina, além de 15,3 kgfm com o primeiro combustível e de 15,2 kgfm com o segundo. Em ambos, o câmbio é automático do tipo CVT.
E você, se lembra de mais algum tipo de fantasia de carnaval utilizada pelos carros?
Fotos Divulgação
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Que artigo idiota. O Cross nesse modelo do VW Up! é muito mais um tema, um estilo, do que um apelo para a prática off road. Inclusive, no website da Alemanha, a versão Cross é a única versão comum entre os modelos vendidos aqui e lá na Europa.
pergunta. posso adaptar em qualquer carro o sistema de partida em rampa.aguardo resposta.