FCA e Renault podem se unir, dando origem a gigante do setor
Proposta de fusão foi apresentada pela Fiat Chrysler Automóveis (FCA) nesta segunda-feira (27); aliança com as marcas Nissan-Mitsubishi também é estudada
Proposta de fusão foi apresentada pela Fiat Chrysler Automóveis (FCA) nesta segunda-feira (27); aliança com as marcas Nissan-Mitsubishi também é estudada
A Fiat Chrysler Automóveis (FCA), dona das marcas Fiat, Jeep, Dodge, RAM, entre outras, apresentou, nesta segunda-feira (27), um projeto de fusão para a fabricante francesa Renault. A ideia, que já vinha sido discutida pelos profissionais das companhias FCA e Renault, seria responsável por criar o terceiro maior grupo do setor.
Os termos da aliança consideram que tanto FCA quanto Renault tenham 50% das ações da nova joint-venture. Em comunicado, a empresa francesa afirmou estar examinando com interesse o projeto de fusão.
Mesmo com a possível mudança, a parceria Renault-Nissan-Mitsubishi continuaria intacta. Segundo a FCA, um trabalho em conjunto, considerando todas as marcas envolvidas, poderia render uma economia de cinco bilhões de euros.
Ainda de acordo com a dona da Fiat, não haverá, com a aliança, cortes de empregos ou fechamento de fábricas.
As fabricantes Nissan e Mitsubishi ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o assunto.
Juntas, FCA e Renault venderam 8,7 milhões de automóveis em 2018. O número perde apenas para os da Volkswagen e da Toyota, que totalizaram, respectivamente, 10,6 e 10,59 milhões de veículos no ano passado.
Com a notícia, as cotações das empresas FCA e Renault nas bolsas de Nova York e Milão chegaram a subir até 18%.
Desta vez o governo Francês, que possui 15% da Renault, é favorável à aliança. Por meio do porta-voz Sibeth Ndiaye, a atual gestão da França afirmou que “é necessário que as condições da fusão sejam favoráveis ao desenvolvimento econômico da Renault e evidentemente aos funcionários da fabricante”.
Quando a parceria começou a ser pensada, ainda com Carlos Ghosn liderando a Renault, o governo tinha afirmado que estava com foco exclusivo na parceria Renault-Nissan-Mitsubishi.
Fiat e Renault fabricam automóveis de diversos segmentos. Em muitos dos veículos, seria possível compartilhar avanços tecnológicos.
A Renault, por exemplo, poderia compartilhar com a FCA seus motores elétricos. FCA, por sua vez, poderia somar com toda tecnologia 4×4 empregada nos Jeep e picapes Fiat.
Por outro lado, perde-se em concorrência. O monopólio concentraria muito e poder e, consequentemente, controlaria com mais facilidade os preços de mercado.
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