Golf é o primeiro carro 1.0 com preço superior a R$ 100 mil
Na linha 2018, hatch médio tem preço sugerido de R$ 91.790, mas valor pode chegar a R$ 101.240 se o comprador adquirir todos os equipamentos opcionais
Na linha 2018, hatch médio tem preço sugerido de R$ 91.790, mas valor pode chegar a R$ 101.240 se o comprador adquirir todos os equipamentos opcionais
Motor 1.0 já foi sinônimo de carro popular, mas já faz algum tempo que essa relação está mudando. O maior exemplo é o Golf, que acaba de chegar, reestilizado, à linha 2018. Na versão de entrada, Golf 1.0 TSI Comfortline, que é equipada com o propulsor 1.0 turbo de três cilindros (200 TSI, seguindo a nomenclatura da Volkswagen), o preço sugerido é de R$ 91.790
O preço pode chegar a R$ 101.240 se o comprador adquirir todos os itens opcionais: teto solar panorâmico (R$ 4.800), rodas de 17 polegadas modelo Madrid (R$ 2.450) e pintura perolizada (R$ 2.200). Com os mesmos equipamentos, mas com pintura metálica (R$ 1.750), o valor é um pouco menor: R$ 100.790.
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Como antes da reestilização um Golf 1.0 TSI Comfortline custava, sem opcionais, R$ 78.780, o aumento foi de expressivos R$ 13.010, que correspondem a 16,5%. No caso de uma unidade completíssima, que na linha 2018 custava R$ 93.205, o aumento foi menor: 8,6%.
sso porque o veículo ganhou equipamentos de série, dos quais o mais relevante é a transmissão automática de seis marchas (anteriormente, a versão era oferecida unicamente com câmbio manual, também de seis relações).
A versão de entrada também recebeu volante multifuncional revestido em couro com aletas para trocas de marcha, sensores de chuva e crepuscular, faróis com temporizador programável, retrovisor interno eletrocrômico, controlador de velocidade de cruzeiro, câmera de ré e sistema de infotenimento atualizado, com tela sensível ao toque de 8 polegadas.
Em defesa do Golf 1.0 TSI, vale lembrar que, apesar de ele ser o menos potente da gama, seu motor 1.0 TSI está longe da lerdeza associada por muitos aos veículos com essa cilindrada, graças ao emprego de novas tecnologias como turbocompressor e injeção direta de combustível. Desse modo, ele desenvolve 128 cv de potência com etanol e 116 cv com gasolina, a 5.500 rpm.
Segundo a Volkswagen, o modelo é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 10,3 segundos e de atingir a velocidade máxima de 192 km/h. Nada mau! O segredo nem está na potência, e sim no torque de 20,4 kgfm com os dois combustíveis, que é atingido a apenas 2.000 rpm. O fabricante afirma que, a 1.500 rpm, o motor já entrega 90% da força máxima, o que corresponde a 17,8 kgfm.
Para efeito de comparação, tanto a potência quanto o torque são superiores aos do motor 1.6 MSI que foi oferecido, até o ano passado, para o Golf. Com quatro cilindros, 16 válvulas e aspiração natural, ele desenvolvia, no hatch médio, 120 cv com etanol e 110 cv com gasolina, a 5.750 rpm, além de 16,8 kgfm com o combustível vegetal e de 15,8 kgfm com o derivado do petróleo; detalhe que a força máxima chegava apenas a 4.000 rpm.
Outro exemplo, para ficar dentro da linha Volkswagen, é o o sedã Jetta: sua atual geração, lançada no Brasil em 2011, era equipada, nas versões de entrada, com um então ultrapassado motor 2.0 de oito válvulas e aspiração natural, que desenvolvia 120 cv de potência com etanol e 116 cv com gasolina, a 5.000 rpm.
O torque era de 18,4 kgfm com o primeiro combustível e de 17,7 com o segundo, a 4.000 rpm. Trata-se da mesma unidade motopropulsora que equipou ainda a geração anterior do Golf, fabricada no país até 2013: apesar de ter o dobro da capacidade cúbica e um cilindro a mais, era menos potente que o 1.0 TSI que o hatch médio adota atualmente.
Vale lembrar que, desde 2016, o citado motor 2.0 aspirado não é mais oferecido na linha Jetta. Naquele ano, a versão Comfortline do sedã o trocou pelo 1.4 TSI, que proporcionou um verdadeiro salto de eficiência. Mais tecnológico, com turbo e injeção direta, esse propulsor rende 150 cv a 5.000 rpm e 25,5 kgfm a apenas 1.500 rpm.
A ideia de utilizar tecnologias de sobrealimentação para fazer com que motores de baixa cilindrada atinjam números de potência e torque similares a propulsores maiores de aspiração natural não é tão nova assim: chamada de downsizing, essa prática começou a ser aplicada de modo mais generalizado pela indústria automobilística na década passada, especialmente na Europa.
A proposta é reduzir os índices de emissões de poluentes e de consumo sem sacrificar o desempenho.
O Golf não é o único a aderir ao downsizing: concorrentes diretos também se utilizam de motores turboalimentados de baixa cilindrada. Todas as versões do Chevrolet Cruze, por exemplo, são movidas por um 1.4 turbo capaz de render 153 cv de potência com etanol e 150 com gasolina, a 5.600 rpm, além de 24,5 kgfm de torque com o primeiro combustível e de 24 kgfm com o segundo, a 2.100 rpm.
No caso do Peugeot 308, toda a linha é equipada com um 1.6 turbo, que rende 173 cv com etanol e 166 cv com gasolina, a 6.000 rpm, além de 24,5 kgfm com ambos os combustíveis, a 1.400 rpm.
Fotos Volkswagen | Divulgação
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Carro 10 por mais de cem mil reais!!! Agora fiquei em duvida se o problema é o Brasil, pu o povo que compra!!
Esse valor ainda é um absurdo.