Honda Accord dá fim ao conservadorismo com motor 2.0
Totalmente reprojetado, sedã trocou o motor V6 3.5 por um 2.0 turbo de quatro cilindros, capaz de gerar 256 cv de potência e 37,7 kgfm de torque
Totalmente reprojetado, sedã trocou o motor V6 3.5 por um 2.0 turbo de quatro cilindros, capaz de gerar 256 cv de potência e 37,7 kgfm de torque
A décima geração do Honda Accord, que foi lançado pela primeira vez em 1976, mudou radicalmente. Linhas conservadoras deram lugar a estilo mais arrojado com inclinação do vidro traseiro que remete à carroceria cupê. Isso está na moda do mundo do automóvel e se aplica até aos utilitários-esportivos.
O comprimento do Honda Accord diminuiu, mas a distância entre-eixos, 5,5 centímetros maior, aumentou o espaço interno. Lanternas traseiras em forma de bumerangue são a nova assinatura da marca para os sedãs, a exemplo do Civic.
Faróis estreitos totalmente em LED, auxiliares também, e cromados na dianteira com grade enorme. Solda a laser da carroceria dispensa guarnição para encobrir união entre teto e painéis laterais.
O Honda Accord está à venda em versão única de acabamento e três cores: preta, prata e branca. Não há opcionais e o preço sugerido é de R$ 198.500.
Em vez do motor V6 aspirado de 3.5 litros, o novo Accord é equipado com o 2.0 turbo a gasolina de menor potência (256 cv contra 278 cv do V6), mas com torque maior (37,7 kgfm diante de 34,8 kgfm do V6).
Além disso, o torque máximo está disponível desde 1.500 rpm. O torque máximo do motor V6 se dá a 4.900 rpm. Câmbio automático de 10 marchas desenvolvido pela Honda, com ênfase na economia a partir da sétima marcha, em vez do anterior também automático de seis velocidades.
De acordo com o Inmetro, o consumo do Accord é de 9,3 km/l na cidade e 12,3 km/l na estrada.
Ao rodar com o Honda Accord na cidade, percebe-se logo que as rodas grandes de 19 polegadas combinadas com pneu de perfil baixo (40) geram desconforto nos remendos e ondulações do asfalto.
A Alavanca de marchas foi substituída por comandos eletrônicos muito fáceis de operar. A direção leve em manobras tem mais peso com o aumento da velocidade e é boa a sensibilidade.
O nível baixo de ruídos internos do Accord também é percebido de imediato. Três microfones captam o som dos ruídos de rolamento enviando frequência sonora oposta anulando o incômodo.
No modo esportivo, tecla S, há interferência no motor e na direção, que fica mais firme. O turbo joga o tronco contra o encosto do banco. E o carro vai muito rápido. Há ainda o modo econômico. Pode-se trocar a marcha por meio de aletas no volante, que tem boa pega. Revestimento liso provoca deslizamento das mãos.
Apesar de suas dimensões, o Accord é agradável na estrada. Responde rápido aos comandos do acelerador e há ligeiro retardo quando se pisa fundo no acelerador. Ligeiro mesmo. Nem parece caixa automática com conversor de torque.
A sensação é a de que o sedã está sempre na mão com comportamento dinâmico previsível.
Acabamento interno esmerado com material macio no painel central e forrações de porta. Arremates e encaixes bem-feitos. Bancos dianteiros com regulagens elétricas, ventilação e memória. Quadro de instrumentos tem velocímetro digital fixo, mas o conta-giros pode ceder lugar a outras configurações com informações de navegação, consumo, entre outros.
Acima do painel central do Accord está a tela de oito polegadas do sistema multimídia. Informações diversas são projetadas no para-brisa. Recarga de celular é por indução.
A Honda tem ambições com a nova geração do Accord para concorrer com BMW Serie 5 e Mercedes Classe E. Se há muito espaço para pernas no banco traseiro, é preciso abaixar para entrar justamente por causa da caída do teto para torná-lo mais elegante. Assentos deveriam ter um pouco mais de comprimento para apoiar totalmente as pernas.
Em um carro deste nível não faltam assistente de frenagem de urgência, de permanência na faixa de rolamento, aviso de ponto cego por meio de câmeras ao sinalizar a direção, controle de distância em relação ao carro da frente. São oito airbags, incluindo o de joelho para motorista e passageiro dianteiro. Controles de tração e estabilidade.
Ficha técnica | Honda Accord |
---|---|
Motor | de quatro cilindros em linha, 1.998 cm³ de cilindrada, 16 válvulas, turbo, gasolina, de 256 cv de potência máxima a 6.500 rpm e torque máximo de 37,7 kgfm de 1.500 a 4.000 rpm |
Transmissão | tração dianteira e câmbio automático de dez marchas |
Direção | tipo pinhão e cremalheira com assistência eletromecânica; diâmetro de giro, 12 metros |
Freios | disco ventilado na dianteira, e disco sólido na traseira |
Suspensão | dianteira, independente, braços transversais; traseira, multibraços, barra estabilizadora; |
Rodas/pneus | 8×18” de liga leve/235/40R18 |
Peso do Honda Accord | 1.530 kg |
Carga útil (passageiros+ bagagem) | 483 kg |
Dimensões (metro) | comprimento, 4,88; largura, 1,86; altura, 1,45; distância entre-eixos, 2,83 |
Capacidades (litros) | Porta-malas, 574; tanque, 56 |
Desempenho | Não divulgado |
Consumo do Accord (km/l) | cidade, 9,3 (g)/ estrada, 12,3 |
Fotos Honda | Divulgação
👍 Curtiu? Apoie nosso trabalho seguindo nossas redes sociais e tenha acesso a conteúdos exclusivos. Não esqueça de comentar e compartilhar.
TikTok | YouTube | X |
Ah, e se você é fã dos áudios do Boris, acompanhe o AutoPapo no YouTube Podcasts:
Podcast - Ouviu na Rádio | AutoPapo Podcast |
Adorei o carro, parece ser um carro de 1ª qualidade e aparentemente, um carro perfeito… uma potência desejável, por qualquer um… eu tenho um Fiat Toro, Wolcano com 9 marchas para frente e uma Ré. 4×4, gostaria até mesmo em trocar, mas como não vi o valor do Civic, deverá ser bem caro, e com isso, minha entrada ficará irrisória. mas gostaria sim, de obter um carro desse para meu uso.
Lembra o db9 de costas, não achei o interior grande coisa.
Bela Máquina !