[0 km x usado] JAC T40 1.6 CVT ou EcoSport 1.6 Powershift 2017
Você confiaria R$ 71 mil em um utilitário esportivo chinês que está em evolução ou apostaria na liquidez do EcoSport
Você confiaria R$ 71 mil em um utilitário esportivo chinês que está em evolução ou apostaria na liquidez do EcoSport
A JAC foi a que mais sofreu com o IPI extra de importação, que impactou em cheio certas marcas, em especial as chinesas. Mesmo assim, os carros da fabricante evoluíram e o T40 é o exemplo disso. O SUV (ou hatch parrudo) já se equivale a rivais nacionais e até bota as manguinhas de fora com o câmbio CVT. Mas será que supera um seminovo brasileiro como o Ford EcoSport em sua versão mais bem sucedida Freestyle?
T40 | EcoSport |
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3 ★★★☆☆ | 4 ★★★★☆ |
Pode-se cravar sem medo que o JAC T40 é o modelo mais bem resolvido da marca chinesa no país. Essa constatação começa no conjunto mecânico bem acertado com o motor 1.6 a gasolina de 138 cv (com comando variável na admissão e no escape) e o câmbio CVT – bem melhor que o 1.5 flex, que só trabalha com o câmbio manual de cinco marchas. Não é o supra-sumo do desempenho, mas anda legal em altas rotações e conduz o JAC T40 com agilidade competente na cidade.
A transmissão continuamente variável (CVT) do T40, da JAC, tem calibragem que busca o conforto e a ausência de trancos e, por isso mesmo, tem comportamento linear – que incomoda aos mais afoitos, apesar das seis marchas simuladas. As retomadas é que são afetadas pela falta de força em baixos giros e pela característica da caixa, que segura a rotação até o modelo desenvolver. Outro porém é a assistência da direção em altas velocidades, muito leve e com folgas.
O EcoSport 2017 trabalha com uma evolução do 1.6 Sigma com variação nos comandos na admissão e escape, bomba de óleo variável e componentes de menor atrito. Tem rodar menos áspero, mas o câmbio automatizado de dupla embreagem estica bem as primeiras marchas, justamente devido à também pouca força em baixa. Mas a transmissão é esperta nas mudanças e nas retomadas, sem imprecisões, o que passa mais tranquilidade nas ultrapassagens – depois das queixas e relatos de superaquecimento, e até de travamento do câmbio nos primeiros Powershift, a Ford disse ter recalibrado a caixa.
T40 | EcoSport |
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3 ★★★☆☆ | 4 ★★★★☆ |
Em equipamentos o modelo da JAC merece aplausos. É equipado com controles de estabilidade e de tração, assistente à partida em rampas, sistema de monitoramento dos pneus, câmera de ré, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, Isofix, luzes diurnas, repetidores de setas laterais e regulagem de altura dos faróis. Em airbags, só os dois frontais obrigatórios. Na estrada, acima dos 100 km/h, há sinais de flutuação e o comportamento dinâmico deixa a desejar. Nas curvas, a carroceria também torce um bocado e a suspensão não ajuda muito na aderência, apesar das barras estabilizadoras no conjunto.
Em relação ao T40, o Ford deve sensor de obstáculos na frente, câmera de ré, monitoramento dos pneus e ajuste de altura dos faróis. O acerto dinâmico, contudo, é superior. Apesar da altura de 1,69 m, a carroceria mostra boa rigidez nas curvas e o acerto firme da suspensão ajuda a manter o SUV no chão. Nas estradas, só acima de 110 km/h a direção pede algumas discretas correções. O Eco passou pelos testes do Latin NCAP em 2013, quando recebeu o máximo de cinco estrelas na proteção a adultos e três, para crianças.
T40 | EcoSport |
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3 ★★★☆☆ | 2 ★★☆☆☆ |
No T40, motorista e passageiro desfrutam de bom espaço para pernas e ombros, mas a posição de dirigir exige certa adaptação. A ergonomia é satisfatória na maior parte do tempo, só que o isolamento acústico é deficiente em velocidades mais altas, quando o nível de vibração na cabine também incomoda. O acabamento revela o maior capricho dos chineses, com detalhes de couro no painel e fechamentos corretos na maioria das peças. Atrás, dois adultos e uma criança viajam bem, mas a suspensão por eixo de torção na traseira merecia melhor calibragem: os amortecedores dão fim de curso nos buracos, o que compromete o conforto de quem vai atrás.
A posição de dirigir elevada e com boa visibilidade frontal é o destaque do Eco, apesar de as colunas dianteiras ainda atrapalharem a visão do motorista em saídas de cruzamento. Os joelhos do condutor tendem a esbarrar em parte do painel, enquanto os bancos poderiam segurar melhor o corpo. O acabamento tem muito plástico e continua falho em alguns encaixes do painel e das portas. O banco traseiro acomoda dois adultos e uma criança, que sofrem com o vão ruim para joelhos e pernas. A suspensão traseira (eixo de torção) não filtra bem as imperfeições da pista e reflete isso em quiques na cabine.
T40 | EcoSport |
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4 ★★★★☆ | 3 ★★★☆☆ |
Custo-benefício é com os chineses e o JAC não foge à regra. Ar-condicionado automático, direção elétrica, trio, computador de bordo, ajustes de altura do volante e do banco do motorista, revestimento de couro, sensores de luminosidade e de chuva, sistema start/stop, controle de cruzeiro, faróis de neblina e rodas de liga-leve aro 16” estão entre os itens de série. A central multimídia usa tela de 8”, tem entradas USB e auxiliar, Bluetooth e ainda há a câmera para gravar o percurso da viagem. Mas não espelha smartphones.
Na FreeStyle, o Eco tem a mais que o T40 a chave presencial e o porta-luvas climatizado, mas deve start/stop e o couro. O sistema de som é da linha Sync, com Bluetooth, USB, volante multifuncional e comandos de voz. Central multimídia mais equipada, seis airbags e couro só na Freestyle Plus, que custa entre R$ 2 mil e R$ 3 mil a mais.
T40 | EcoSport |
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1 ★☆☆☆☆ | 3 ★★★☆☆ |
Carros de marcas chinesas penam nesse quesito e o T40 sofre depreciação acentuada de 13% no primeiro ano, segundo a Fipe. Além disso, são modelos que enfrentam liquidez ruim. O Eco, pelo contrário, é fácil de vender, ainda mais a versão FreeStyle, uma das mais vendidas da linha. Porém, o câmbio Powershift, devido aos problemas do passado, tende a ter uma desvalorização um pouco maior. E a linha 2018 ganhou reestilização e novos motores 1.5, o que explica a perda de 7,8% do modelo 2017 após um ano.
T40 | EcoSport |
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3 ★★★☆☆ | 2 ★★☆☆☆ |
Com seis anos de garantia, as primeiras revisões com preço fixo do T40 ficam entre R$ 480 e R$ 680 e somam “normais” R$ 3.228 no total das seis visitas até os 60.000 km. Nas peças externas, o farol custa R$ 679, o retrovisor, R$ 510, e a lanterna, R$ 448. Já o jogo com quatro amortecedores sai por R$ 1.220 e o kit com quatro pastilhas de freio, R$ 469.
Ainda com boa parte da garantia de três anos pela frente, o SUV da Ford cobra mais caro nas visitas. Dos 20.000 km aos 70.000 km, as seis revisões com preço fixo somam R$ 4.660. O EcoSport se sai pouco melhor na cesta de peças. O farol tem valor de R$ 680, o retrovisor custa R$ 411 e a lanterna sai por R$ 262. Já os preços do jogo com quatro amortecedores fica em R$ 1.250 e o com quatro pastilhas, R$ 468.
T40 | EcoSport |
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3 ★★★☆☆ | 3 ★★★☆☆ |
O T40 só bebe gasolina e, com a ajuda do sistema start/stop, anotou média de 11,6 km/l na cidade. Na estrada, contudo, decepciona: 12,1 km/l pelo Inmetro, notas C na categoria e no geral. O Eco, com gasolina, obteve respectivos 10,2 e 12,1 km/l. Com etanol, ficou em 7,2 e 8,3 km/l, notas A na categoria e C, no geral.
T40 | EcoSport |
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3 ★★★☆☆ | 2 ★★☆☆☆ |
O espaço do T40 leva 450 litros e acomoda duas malas médias e alguns volumes. O Eco oferece um porta-malas estreito, de 362 litros, que leva apenas uma mala média e pequenas bagagens.
T40 | EcoSport |
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23 | 23 |
O empate mostra que cada um dos modelos se sobressai discretamente em alguns quesitos. O T40 0 km tenta vencer a desconfiança do mercado com bom recheio de equipamentos, garantia extensa, conjunto bem equilibrado, mas ainda esbarra na desvalorização alta, na rede de concessionárias limitada e na liquidez. Já o EcoSport se vale do poder do nome e da marca, do comportamento dinâmico ajustado e do passado de boas vendas que lhe confere ótima reputação no mercado de seminovos.
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