Nissan Leaf: carro elétrico passa pelo Salão antes de chegar às lojas
O carro elétrico mais vendido do mundo chegará, finalmente, ao mercado brasileiro - confira tudo o que sabemos sobre ele até agora
O carro elétrico mais vendido do mundo chegará, finalmente, ao mercado brasileiro - confira tudo o que sabemos sobre ele até agora
O Nissan Leaf, hoje (26), teve presença confirmada no Salão do Automóvel de São Paulo. O carro elétrico já estava prometido para o Brasil em 2019, quando chegará em sua segunda geração. Confira tudo o que sabemos sobre ele até agora.
O presidente da marca para o Brasil, Marco Silva, comentou os planos em seu perfil no LinkedIn. “A apresentação no evento representa um passo importante rumo à eletrificação da mobilidade no nosso país”, disse ele. “No ano que vem, iniciaremos as suas vendas no Brasil”, continuou Silva.
O Salão de São Paulo estará aberto para o público em geral entre os dias oito e 18 de novembro, no São Paulo Expo. E, no ano que vem, o Nissan Leaf passará a ser vendido no Brasil, aumentando o limitado número de opções de carros elétricos e híbridos no país.
Como a Nissan gosta de anunciar, este modelo compacto é o carro elétrico mais vendido do mundo. A posição campeã, entretanto, é comprovada por números do site especializado Hybrid Cars. Embora, nos últimos anos, o Tesla Model S tenha ultrapassado as vendas anuais do Leaf, o japonês ainda ostentava um número absoluto bastante maior, pelo menos até 2016. Naquele ano, o elétrico atingiu 250.464 unidades vendidas globalmente, de acordo com o site.
O Nissan Leaf foi lançado em 2010 com uma proposta que se transformou em um diferencial: a de, apesar de ser um elétrico, ser um carro simples e acessível, diferente dos que aliam à moderna tecnologia elétrica, o luxo.
Nos Estados Unidos, por exemplo, o Leaf parte de US$ 29.990, o equivalente a R$ 120.823. Enquanto isso, seu concorrente indireto, Tesla Model S, é ofertado por US$ 75.700, o que corresponde a R$ 304.980. A diferença no preço é explicada pela proposta distinta de cada um dos veículos. O Model S é um sedã equipado com inúmeras tecnologias de direção semiautônoma, e um motor potente que lhe confere dotes esportivos.
Enquanto isso, o Nissan Leaf é um carro para o dia a dia com a vantagem de poder ser abastecido na tomada de casa. Em 2017, entretanto, a Nissan lançou a segunda geração do compacto, com algumas melhorias para torná-lo mais adaptado às expectativas que um carro elétrico inspira.
O novo modelo ganhou uma bateria mais potente, de 40 kWh, com autonomia entre cargas de 400 quilômetros, segundo a fabricante. A potência é de 150 cavalos, e o torque de 33 kgfm, com transmissão automática.
A nova geração também ganhou o sistema e-Pedal. Com ele, o motorista é capaz de controlar o carro apenas com o pedal do acelerador. A depender da força aplicada pelo condutor sobre o pedal, ele pode dar a partida, acelerar, desacelerar ou parar.
Para carregar o Leaf completamente, são necessárias 16 horas em uma corrente de 3 kW, ou oito horas se a corrente for de 6 kW. A carga rápida, que chega a 80%, demora 40 minutos, também de acordo com a Nissan.
O Nissan Leaf tem 4,48 metros de comprimento, 1,79 m de largura, 1,54 m de altura e 2,7 m de distância entre eixos. O veículo tem capacidade para cinco passageiros, e recebeu a nota máxima de cinco estrelas em segurança nos testes de impacto do Euro NCAP.
Esta é a geração que chegará ao Brasil em 2019. A marca ainda não informa qual será o preço do carro elétrico por aqui, onde ele não terá nenhum concorrente direto. Atualmente, o BMW i3 é o o único elétrico do mercado brasileiro, e ele tem preço mínimo de R$ 199.950.
Em contato com o AutoPapo, a Nissan comentou que ainda não tem concorrentes definidos, e que talvez eles não existam, já que o alemão é um modelo voltado para um público diferente daquele do Leaf.
A chegada do hatch ao Brasil ocorre em meio à sua estreia na América Latina. No ano que vem, o elétrico também passará a ser oferecido na Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Uruguai e Porto Rico.
Também não temos informações sobre o preço que o carro elétrico terá no Brasil. Embora ele seja um elétrico com proposta acessível, ele ainda é um elétrico, e deve ter um valor elevado se comparado a um hatch comum. Outra coisa que pode elevar o preço do Nissan Leaf é que ele não é produzido em nenhum dos países do Mercosul ou outros que possuam acordos tarifários com o Brasil.
Segundo nos informou a Nissan, o Leaf é fabricado nos Estados Unidos, Inglaterra e Japão, e os custos de transporte, junto aos impostos de importação, podem encarecê-lo no Brasil. Ainda não se sabe quais desses países abastecerá o mercado brasileiro. Por outro lado, o programa com as novas políticas do governo para o setor automotivo, o Rota 2030, estabelece incentivos fiscais para os carros elétricos e híbridos.
Só o futuro dirá, entretanto, se os incentivos serão suficientes para manter o Nissan Leaf como um carro elétrico acessível no Brasil.
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