No dia da mentira, relembre 5 lorotas que envolvem o automóvel

Listamos algumas lendas que circularam pela internet nos últimos tempos, mas já foram devidamente esclarecidas pelo AutoPapo

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Por Alexandre Carneiro
Publicado em 01/04/2019 às 09h59
Atualizado em 01/04/2019 às 16h58

Quando o assunto é automóvel, as informações falsas não circulam apenas no primeiro de abril. O tempo todo circulam por aí dicas furadas, dados sem comprovação e outras lorotas sobre manutenção, direção, segurança… Porém, é perfeitamente possível separar o joio do trigo: neste dia da mentira, relembramos 5 lendas desmascaradas pelo AutoPapo. Confira:

5. A mentira do século: quem é o verdadeiro “pai” do automóvel?

Dia da mentira: Patent Motorwagen foi o primeiro automóvel?
Mercedes-Benz | Divulgação

A criação do automóvel é geralmente atribuída ao alemão Karl Benz, que registou o triciclo Patent Motorwagen em 1886. Porém, antes dele, dois outros inventores já haviam desenvolvido veículos automotores movidos por combustível líquido. O primeiro foi Siegfried Marcus, um engenheiro alemão de origem judaica, que construiu um carrinho para transporte de materiais em 1870. Entre 1875 e 1888, ele concretizou outro projeto, mais sofisticado, com assentos. Depois, foi a vez do francês Édouard Delamare-Deboutteville, que patenteou um modelo de quatro rodas em 1884.

Por que, então, Carl Benz ficou com os créditos? A explicação passa por várias questões. Primeiramente, Siegfried Marcus não patenteou suas criações. Ademais, o regime nazista exigiu que as enciclopédias da Alemanha apagassem seu nome como inventor do automóvel. Os livros do país, então, simplesmente ignoraram o judeu e substituíram-no pelo alemão.

Já Édouard Delamare-Deboutteville construiu uma única unidade: não produziu o veículo em escala industrial, nem o comercializou. Por outro lado, o Patent Motorwagen e parte da história da Mercedes-Benz e à atual Daimler AG. Uma história digna de dia da mentira, certo?

Vire a página para conhecer a próxima mentira!

4. Economizadores de combustível: eficiência prometida, mas não comprovada

Shutterstock

Existem no mercado uma série de produtos que prometem reduzir significativamente o consumo de combustível do veículo. Nenhum deles tem selo do Inmetro ou eficiência comprovada por entidades especializadas. Apesar de disso, esses produtos, geralmente chamados de economizadores de gasolina ou etanol, não são fantasias do dia da mentira, e sim armadilhas reais. Afinal, são facilmente encontrados à venda na internet, e muitos deles não custam barato.

É fácil imaginar que, se fossem realmente eficazes, tais produtos viriam de fábrica em praticamente todos os veículos. Afinal, os fabricantes gastam muito dinheiro e tempo para reduzir consumo e emissões de seus veículos. Geralmente, com ganhos muito pequenos. O AutoPapo testou um desses economizadores e confirmou: ele não propiciou qualquer alteração no gasto de combustível.

3. Nissan afirma que Frontier vem equipada com suspensão multilink, mas não é bem assim

Dia da mentira: Nissan Frontier tem suspensão multilink?
Nissan | Divulgação

As suspensões multilink (ou multibraço, em português) estão entre as mais eficientes do mercado. Geralmente, são utilizadas em modelos sofisticados, devido ao maior custo de produção. A Nissan afirma que a Frontier é equipada com um conjunto desse tipo. Mas não é bem assim… Na verdade, a picape tem eixo rígido na traseira, ligado ao chassi por braços múltiplos. Eis o mote da fabricante japonesa para chamar o sistema  de multibraço. E olha que nem era dia da mentira quando o modelo foi lançado no Brasil!

Ocorre que a arquitetura multilink pressupõe suspensões independentes. E isso não ocorre em veículos equipados com eixo rígido, sistema muito comum em picapes, inclusive na Frontier, no qual o movimento de uma roda interfere no da outra. A solução adotada pela Nissan é até avançada em comparação aos conjuntos utilizados em outras caminhonetes. Porém, multilink ela não é.

2. Encosto de cabeça serve para quebrar vidro, só que não!

Dia da mentira: encosto de cabeça serve para quebrar vidro?
Shutterstock

Na internet, circula uma miríade de informações. Muitas delas são úteis e verdadeiras, mas várias outras não passam de boatos. Uma dessas “notícias”  circula de tempos em tempos no WhatsApp e em outras redes sociais: trata-se de um alerta de que o encosto de cabeça é um item próprio para quebrar os vidros após um acidente, caso algum ocupante fique preso no veículo.

O AutoPapo consultou especialistas e comprovou: trata-se de um boato digno do dia da mentira. O encosto de cabeça é sim um item de segurança, mas sua função é outra: ele impede o efeito chicote, no qual a cabeça do ocupante projetada violentamente para trás. Sem a proteção desses equipamentos, a coluna cervical fica sujeita a lesões graves e a consequentes sequelas. Vale ressaltar que, em muitos carros, o encosto de cabeça é fixo e sequer pode ser destacado, o que já joga por terra essa “teoria” da utilização para quebrar os vidros.

Talvez você tenha acreditado na primeira mentira; vira a página e descubra qual é!

1. Redução no valor do DPVAT é desconto? Não: trata-se de medida compensatória após fraude

Dia da Mentira: redução do valor do DPVAT é só um desconto?
AutoPapo

Quem está com o carro regularizado, percebeu que o valor do DPVAT, o seguro obrigatório, ficou até 79% mais baixo neste ano. Em dezembro passado, circulou no  WhatsApp a “informação” de que esse abatimento era um desconto: para ter direito a ele, o proprietário deveria efetuar o pagamento até o dia 2 de janeiro. Quem deixou para quitar a dívida após tal data já sabe tratar-se de um boato. Afinal, o abatimento não ficou limitado aos primeiros dias deste ano. Isso porque ele não é fruto de desconto, e sim de um reajuste geral.

Mas, afinal, por que o valor do seguro obrigatório foi reajustado? Simples: a Seguradora Líder, um consórcio de companhias de seguro que administra os fundos do DPVAT, cobrou valor maior do que o necessário dos contribuintes ao longo dos últimos anos. Enquanto isso, foi alvo de diversas fraudes, que acabaram resultando em uma operação da Polícia Federal, batizada de Tempo de Despertar.

Como arrecadou mais que deveria, a Seguradora Líder acumulou um enorme fundo. Diante da descoberta das irregularidades, teve que baixar o valor do DPVAT, até porque o fundo administrado por ela está bastante inflado e pode cobrir as perdas resultantes dessa redução. Os motoristas, assim estão sendo compensados de algum modo, embora fosse justo que recebessem indenizações.

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4 Comentários
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Andrade 14 de abril de 2020

Vamos lá… a suspensão traseira da Frontier é sim do tipo multlink, modelo five link. Existem diversos tipos de suspensões multilink, e o modelo five link é utilizado onde se exige mais robustez, o que é esperado em uma caminhonete.
O “encosto de cabeça” pode sim ser utilizado para quebrar os vidros do carro depois de um acidente. Ele não nasceu com esse objetivo, mas ganhou essa possibilidade de uso. Basta retirá-lo do banco, o que é muito simples de ser feito na maioria dos veículos, e utilizar as suas ponteiras metálicas pera romper os vidros. Não existe nenhum outro componente da parte interior do veículo que pode ser utilizado para este fim.

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Joe Germano Dietze 1 de abril de 2019

Outra mentira é que Parati turbo é boa.
Quem teve uma como eu sabe a encrenca pra consertar está bixeira. Agora vem renovada com o TSI Kkkk.

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Odilon 1 de abril de 2019

Tudo balela.

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José Ricardo 1 de abril de 2019

Conforme já citado fz uma pergunta e não fui correspondido. Era sobre a melhor opção custo benefício entre um tigo5x ou um captur semi novo CVT
Aguardo CTT

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