Novas regras para CNH – de produção e expedição – são suspensas

Comissão de Viação e Transportes considera que mudanças trariam muito transtorno aos Detrans; decisão ainda não é definitiva

cnh nova
A Comissão de Viação e Transportes aprovou proposta que anula os efeitos da Resolução 718/17 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) (Foto Detran-DF | Divulgação)
Por AutoPapo
Publicado em 28/10/2019 às 10h24
Atualizado em 21/09/2022 às 13h36

A Comissão de Viação e Transportes aprovou proposta que anula os efeitos da Resolução 718/17 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). O texto previa novas regras para a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) – de produção e expedição – e estabelecia que os órgãos de trânsito deveriam se adequar às exigências até dezembro de 2022.

Entre as mudanças suspensas está a substituição do papel-moeda por plástico – similar a um cartão de crédito –, que teria mais recursos antifraude e reuniria dados cadastrais do motorista tanto na parte impressa quanto na memória digital. Esses dados poderiam ser lidos por aplicativos de celular.

A resolução também simplifica o processo de emissão da carteira. Pelo texto, os motoristas teriam que fazer exames médicos a cada cinco anos, sem que seja necessário pagar taxa, apresentar documentação e tirar outra foto no Detran para receber a nova CNH.

Com isso, o motorista deveria economizar, a cada cinco anos, o valor da taxa de emissão e de entrega do documento.

O relator, deputado Sanderson (PSL-RS), defendeu a anulação da resolução que previa novas regras para CNH conforme determina o Projeto de Decreto Legislativo 958/18, do deputado Jerônimo Goergen (PP-RS). Sanderson argumenta que a medida causa transtornos aos Detrans:

O Brasil é um País de grandes desigualdades, e medidas de âmbito nacional, como essa, geralmente não são adequadas para todos. Certamente os departamentos de trânsito dos estados das regiões Norte e Nordeste terão mais dificuldades operacionais para implantar o novo modelo de CNH do que aqueles das demais regiões

Segundo o relator, o custo para fabricação do novo modelo será maior que o atual, e os órgãos de trânsito repassarão o custo aos condutores, onerando ainda mais o orçamento familiar, sobretudo das famílias de baixa renda.

“Esta Casa tem o dever de zelar pelos direitos dos cidadãos brasileiros e atuar como freio contra exorbitâncias do Poder Executivo”, finalizou.

Para virar lei, a suspensão das novas regras para CNH deve ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e, em seguida, pelo Plenário da Câmara dos Deputados.

As novas regras para CNH suspensas pela Comissão

A Resolução 718/17 prevê que a nova CNH seja dotada de um microchip que contém informações sobre o condutor. O formato do documento seria similar ao de um cartão de banco – de plástico e com as seguintes dimensões:

  • Comprimento – 86,6 mm (+ 0,12/- 0,13 mm);
  • Largura – 53,98 mm (+ 0,05/- 0,16 mm);
  • Espessura – 0,76 mm (+ 0,08/- 0,08 mm);
  • Cantos arredondados com o raio de 3,18 mm (+ 0,30/- 0,30 mm).

O QR Code possibilitaria outras experiências, como auxiliar no pagamento de pedágios e de transportes públicos, no controle de acesso a prédios públicos e também para identificação biométrica. As digitais estariam carregadas no chip, fazendo com que a identidade fosse validada em inúmeros serviços.

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4 Comentários
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MARIA CARLA CAMPOS MOREIRA 12 de abril de 2020

gostaria de saber oque é preciso para eu adquirir o veiculo com a isenção ,para outra pessoa dirigir ,pois eu não tenho condiçoes de dirigir.

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Ricardo 18 de novembro de 2019

Pra mim o atrasado é esse relator, tem medo de revolucionar o sistema por causa dos pobres, o custo das mudanças é do estado, eles que parem de desviar verbas e direcionem para o que precisa ser feito

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Joaquim Carlos Moreira Da Cunha 29 de outubro de 2019

E pais do futuro!temos que se adaptar as novas tecnologias.

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Marcelo Barreto livio 28 de outubro de 2019

Se o governo subsidiar, e essa alternativa for viável até o carro social popular e limpo ,que não pului chegar, para que possamos comprar …no caso os pobres …e não depender do precário transporte público é valida a ideia.

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