Porsche Macan elétrico: guiamos a nova geração do SUV
Porsche lança segunda geração do Macan no Brasil, com motorização apenas elétrica, mas com performance a altura da marca do Dr. Ferdinand
Porsche lança segunda geração do Macan no Brasil, com motorização apenas elétrica, mas com performance a altura da marca do Dr. Ferdinand
A Porsche acaba de lançar no Brasil a segunda geração do Macan. O SUV compacto tem preço inicial de R$ 560 mil e tem como principal novidade a motorização 100% elétrica.
Isso mesmo, o principal produto da marca, com quase de 850 mil unidades produzidas desde 2014, acaba de ser totalmente renovado e retira de vez o motor a combustão.
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Apesar de manter as proporções e silhueta semelhante ao primeiro Macan, a nova geração é construída sobre a base Premium Platform Electric (PPE), o Macan é oferecido em quatro versões e com duas opções de motorização. A versão de entrada é equipada com motor síncrono de 360 cv e 57,4 kgfm.
Esse tipo de motor utiliza componentes magnéticos na estrutura em que envolve o eixo. Isso significa que essa parte não precisa ser energizada para gerar campo magnético. Assim há melhor aproveitamento da energia, sem o risco de superaquecer rapidamente, o que reduz a eficiência.
A unidade é montada sobre o eixo traseiro, justamente para entregar performance inerente aos modelos da marca. E apesar de ser elétrico, o Macan (em sua versão de entrada) oferece mais torque que qualquer outra versão a combustão.
Num degrau acima, o Macan 4 (R$ 580 mil) adiciona um segundo motor. A unidade é responsável por tracionar as rodas dianteiras, fazendo do SUV um 4×4. A potência máxima salta para 408 cv e torque vai a 66,3 kgfm. A aceleração de 0 a 100 km/h cai de 5,7 para 5,2 segundos. Já a máxima é a mesma, limitada em 220 km/h.
Já o Macan 4S (R$ 630 mil) entrega 516 cv e 83,6 kgfm de torque, distribuído pelos dois motores. Os números permitem aceleração de 0 a 100 km/h em 4,1 segundos e máxima elevada para 240 km/h.
E por fim o Macan Turbo (R$ 770 mil). A versão topo de linha mantém a denominação clássica da Porsche, apesar de não existir um turbocompressor. E muito menos um motor a combustão para que ele possa jogar ar nas câmaras.
Mas a potência máxima do Macan Turbo é digna dos mais potentes 911. São 639 cv e nababescos 115 kgfm de torque. Tudo isso se traduz numa aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 3,3 segundos e máxima limitada a 260 km/h.
Para se ter uma ideia, ele é apenas um décimo de segundo mais lento que o 911 GT3 RS, da atual geração. Por outro lado, o “venenoso” beira os 300 km/h, já que não precisa se preocupar com a autonomia das baterias.
E por falar em baterias, toda linha Macan utiliza o mesmo pack de 100 kWh (sendo 95 kWh de uso real). A autonomia varia de cada versão. Abaixo os números, segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), do Inmetro:
[Table]
Versão | Autonomia
Macan | 443 km
Macan S | 443 km
Macan 4S | 438 km
Macan Turbo | 435 km
[/table]
O Macan utiliza sistema de 800 V. Isso significa poder carregar em fontes de alta potência de forma bastante rápida. Para se ter uma ideia, numa estação de 270 kW (800 V), em corrente contínua, é possível recuperar 250 km de autonomia em 10 minutos. Em 21 minutos, é possível chegar a 80%.
Já em um carregador de 135 kW (de 400 V), em corrente contínua, que permite recuperar toda carga em cerca de 60 minutos. Em 33 minutos, a Porsche afirma que é possível chegar a 80% da capacidade. E com 10 minutos, o motorista recupera autonomia para 123 km.
No entanto, essas fontes de alta potência são raridade. A realidade de quem tem carro elétrico é disputar pontos recarga públicos ou comprar um WallBox.
Em corrente alternada, numa fonte de 11 kW, a carga completa exige cerca de 10 horas na tomada. Inclusive, o comprador do Macan ganha um carregador de 22 kW (com instalação) e um segundo ponto para ser instalado no escritório, sítio, seja lá onde o cliente quiser.
O Porsche Macan conta com pacote farto de conteúdos. Um carro que oferece assistentes de condução, climatização digital, multimídia (com tela individual para o passageiro), assim como câmeras de manobra, navegador GPS e conexão com smartphones. Teto solar, bancos elétricos também fazem parte do pacote de comodidades.
Mas o Macan pode ser amplamente personalizado. O que não faltam são opcionais que podem fazer com que o preço supere a cifra de R$ 1 milhão.
Itens como Head-Up Display, eixo traseiro direcional, pacote Sport Chrono (com cronógrafo analógico para marcar tempos de volta) e mais uma infinidade de penduricalhos, como emblema monocromático e diferentes tipos de acabamento fazem parte da imensa lista.
Até a paleta de cores impressiona. São 14 tonalidades “básicas” e 59 cores especiais. Isso sem contar as 11 opções de acabamento interno e 10 modelos de rodas, com aros 20, 21 e 22 polegadas.
Ao se acomodar no Macan, a nova geração lembra bastante o modelo original. A diferença está no novo quadro de instrumentos 100% digital e nas telas duplas de multimídia e pelo console central.
A partida (sempre à esquerda do volante) é o primeiro indicativo da mudança dos tempos. Nada de ronco, apenas um sinalizador que o carro está apto a sair.
A falta de ruído faz o Macan parecer um elétrico qualquer. Mas basta selecionar o modo Sport Plus, pelo seletor no volante, que a brincadeira muda.
Além do acerto mais firme da suspensão, com ajuste eletrônico de carga, a Porsche aplicou um ruído interno. Ele não simula o ronco de seus motores (e nem deveria). Mas emite um som que mostra a gradação do comportamento dinâmico do Macan.
E como se trata de um Porsche, ela joga praticamente toda a força nas rodas traseiras. O motor dianteiro está ali para atuar como um auxiliar em situações que exijam tração integral, como em pisos de baixa aderência. Afinal, é um Porsche.
Quando pisa para valer, o Macan acelera de forma absurda. E olha que a versão 4 tem números bem mais modestos. Mas mesmo assim, um carro com coices truculentos.
Em condições de uso normal, é um carro extremamente confortável e prático. Dá para rodar a semana toda numa boa. Mas a pulga que fica atrás da orelha é que estamos falando de um Porsche. E nada mais divertido que usar um Porsche como um Porsche, mesmo que não tenha um Flat Six pendurado atrás do eixo traseiro.
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